Baseado na doutrina de Santo Afonso Maria de
Ligório, doutor da Igreja, o autor, também ele já clássico, nos oferece uma
exposição bastante clara e objetiva do que é a Santa Missa e das suas quatro
finalidades: na Missa, os fiéis louvam a Deus, agradecem-lhe, pedem-lhe perdão
pelos seu pecados e também as graças de que necessitam.
A GRANDEZA
DO SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA
I. É Jesus
Cristo a vítima oferecida na Santa Missa
O Concílio de Trento (Sess. 22) diz da Santa Missa:
“Devemos reconhecer que nenhum outro ato pode ser praticado pelos fiéis que
seja tão santo como a celebração deste imenso mistério”. O próprio Deus
todo-poderoso não pode fazer que exista uma ação mais sublime e santa do que o
santo sacrifício da Missa. Este sacrifício de nossos altares sobrepassa
imensamente todos os sacrifícios do Antigo Testamento, pois não são mais bois e
cordeiros que são sacrificados, mas é o próprio Filho de Deus que se oferece em
sacrifício. “O judeu tinha o animal para o sacrifício, o cristão tem Cristo”,
escreve o venerável Pedro de Clugny; “seu sacrifício é, pois, tanto mais
precioso, quanto mais acima de todos os sacrifícios dos judeus está Jesus
Cristo”. E acrescenta que, “para os servos (isto é, para os judeus, no Antigo
Testamento), não convinham outros animais senão aqueles que eram destinados ao
serviço do homem; para os amigos e filhos foi Jesus Cristo reservado como
cordeiro que nos livra do pecado e da morte eterna” (Ep. cont. Petrobr.). Tem,
portanto, razão São Lourenço Justiniano, dizendo que não há sacrifício maior,
mais portentoso e mais agradável a Deus do que o santo sacrifício da Missa
(cfr. Sermo de Euch.).
S. João Crisóstomo diz que durante a Santa Missa o
altar está circundado de anjos que aí se reúnem para adorar a Jesus Cristo que,
nesse sacrifício sublime, é oferecido ao Pai celeste (De sac., 1, 6). Que
cristão poderá duvidar, escreve S. Gregório (Dial. 4, c. 58), que os céus se
abram à voz do sacerdote, durante esse Santo Sacrifício, e que coros de anjos
assistam a esse sublime mistério de Jesus Cristo. S. Agostinho chega até a
dizer que os anjos se colocam ao lado do sacerdote para servi-lo como
ajudantes.
II. Na Santa
Missa é Jesus Cristo o oferente principal
O Concílio de Trento (Sess. 22, c. 2) ensina-nos
também que neste sacrifício do Corpo e Sangue de Jesus Cristo é o próprio
Salvador que oferece em primeiro lugar esse sacrifício, mas que o faz pelas
mãos do sacerdote que escolheu para seu ministro e representante. Já antes
dissera São Cipriano: “O sacerdote exerce realmente o ofício de Jesus Cristo”
(Ep. 62). Por isso o sacerdote diz, na elevação: Isto é o meu corpo; este é o
cálice de meu sangue.
Belarmino (De Euch., 1. 6, c. 4) escreve que o
santo sacrifício da missa é oferecido por Jesus Cristo, pela Igreja e pelo
sacerdote; não, porém, do mesmo modo por todos: Jesus Cristo oferece como o
sacerdote principal, ou como o oferente próprio, contudo, por intermédio de um
homem, que é, no mesmo tempo sacerdote e ministro de Cristo; a Igreja não
oferece como sacerdotisa, por meio de seu ministro, mas como povo, por
intermédio do sacerdote; o sacerdote, finalmente, oferece como ministro de
Jesus Cristo e como medianeiro ele todo o povo.
Jesus Cristo, contudo, é sempre o sacerdote
principal na Santa Missa, onde ele se oferece continuamente e sob as espécies
de pão e de vinho por intermédio dos sacerdotes, seus ministros, que
representam a sua Pessoa quando celebram os santos mistérios. Por isso diz o
quarto Concílio de Latrão (Cap. Firmatur, de sum. Trinit.) que Jesus Cristo é
ao mesmo tempo o sacerdote e o sacrifício. De fato, convém à dignidade deste
sacrifício que ele não seja oferecido, em primeiro lugar, por homens pecadores,
mas por um sumo sacerdote que não esteja sujeito ao pecado, mas que seja santo,
inocente, imaculado, separado dos pecadores e mais elevado que os céus (Heb 7,
26).
III. A Santa
Missa é uma representação e renovação do sacrifício da cruz
Segundo São Tomás (Off. Ss. Sac., I. 4), o Salvador
nos deixou o Santíssimo Sacramento para conservar viva entre nós a lembrança
dos bens que nos adquiriu e do amor que nos testemunhou com sua morte. Por isso
o mesmo Doutor chama a Sagrada Eucaristia “um manancial perene da paixão”.
Ao assistires, pois, à Santa Missa, alma cristã,
pondera que a hóstia que o sacerdote oferece é o próprio Salvador que por ti
sacrificou o seu sangue e a sua vida. Entretanto, a Santa Missa não é somente
uma representação do sacrifício da cruz, mas também uma renovação do mesmo,
porque em ambos é o mesmo sacerdote e a mesma vítima, a saber, o Filho de Deus
Humanado. Só no modo de oferecer há uma diferença: o sacrifício da cruz foi
oferecido com derramamento de sangue; o sacrifício da missa é incruento; na
cruz, Jesus morreu realmente; aqui, morre só misticamente (Conc. Trid., Sess.
22, c. 2).
Imagina, durante a Santa Missa, que estás no monte
Calvário, para ofereceres a Deus o sangue e a vida de seu adorável Filho, e, ao
receberes a Santa Comunhão, imagina beberes seu precioso sangue das chagas do
Salvador. Pondera também que em cada Missa se renova a obra da Redenção, de
maneira que, se Jesus Cristo não tivesse morrido na cruz, o mundo receberia,
com a celebração de uma só Missa, os mesmos benefícios que a morte do Salvador
lhe trouxe. Cada Missa celebrada encerra em si todos os grandes bens que a
morte na cruz nos trouxe, diz São Tomás (In Jo 6, lect. 6). Pelo sacrifício do
altar nos é aplicado o sacrifício da cruz. A paixão de Jesus Cristo nos
habilitou à Redenção; a Santa Missa nos faz entrar na posse dela e comunica-nos
os merecimentos de Jesus Cristo.
IV. A Santa
Missa é o maior presente de Deus
Na Santa Missa, o próprio Jesus Cristo dá-se a nós.
É uma verdade de fé que o Verbo Encarnado se obrigou a obedecer ao sacerdote,
quando este pronuncia as palavras da consagração e a vir às suas mãos sob as
espécies do pão e do vinho. Fica-se estupefato por Deus ter obedecido outrora a
Josué e mandado ao sol que parasse, quando ele disse: Sol, não te movas de
Gabaon, e tu, ó lira, do vale de Ajalon (Jos 10, 12). Entretanto, muito mais
admirável é que Deus mesmo desce ao altar ou a qualquer outro lugar a que o
Padre o chama com umas poucas palavras, e isso tantas vezes quantas é chamado
pelo sacerdote, mesmo que este seja seu inimigo. E, tendo vindo, se põe o
Senhor à inteira disposição do sacerdote; este o leva, à vontade, de um lugar
para o outro, coloca-o sobre o altar, fecha-o no tabernáculo, tira-o da igreja,
toma-o na Santa Comunhão, e o dá em alimento a outros. São Boaventura diz que o
Senhor, em cada Missa, faz ao mundo um benefício igual àquele que lhe fez
outrora pela encarnação (cfr. De inst. Novit., p. 1, c. 11). Se Jesus Cristo
não tivesse vindo ao mundo, o sacerdote, pronunciando as palavras da
consagração, o introduziria nele. “Ó dignidade sublime a do sacerdote”, exclama
por isso Santo Agostinho (Mol. lnstr. Sach., t. 1, c. 5), “em cujas mãos o Filho
de Deus se reveste de carne, como no seio da Virgem Mãe”.
Numa palavra, a Santa Missa, conforme a predição do
profeta (Zac 9, 17), é a coisa mais preciosa e bela que possui a Igreja. São
Boaventura (De inst. Nov., 1. c.) diz que a Santa Missa nos põe diante dos
olhos todo o amor que Deus nos dedicou e que é, de certo modo, um compêndio de
todos os benefícios que ele nos fez.
OS QUATRO
FINS DO SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA
I. A Santa
Missa é um sacrifício latrêutico
No Antigo Testamento os homens procuravam honrar a
Deus por toda a espécie de sacrifícios, no Novo Testamento, porém, presta-se
maior honra a Deus com um só sacrifício da Missa do que com todos os
sacrifícios do Antigo Testamento, que eram só figuras e sombras da Sagrada
Eucaristia. Pela Santa Missa se presta a Deus a honra que lhe é devida, porque,
por meio dela, Ele recebe a mesma honra infinita que Jesus Cristo lhe prestara
sacrificando-se na cruz. Uma só Missa presta a Deus maior honra que todas as
orações e penitências dos santos, todos os trabalhos dos apóstolos, todos os
sofrimentos dos mártires, todo o amor dos serafins e mesmo da Mãe de Deus,
porque todas as honras dos homens são de natureza finita, enquanto a honra que
Deus recebe pela Missa é infinita, pois lhe é prestada por uma pessoa divina, o
seu Filho.
Devemos por isso reconhecer, com o santo Concílio
de Trento, que a Santa Missa é a mais santa e divina de todas as obras (Sess.
22). Nosso Senhor morreu especialmente para esse fim, para poder criar
sacerdotes do Novo Testamento. Não era necessário que o Salvador morresse para
remir o mundo; uma só gota do seu sangue, uma lágrima, uma só oração teria
bastado para operar a salvação de todos, porque, sendo essa oração de valor
infinito, seria suficiente para remir não só um mundo, mas também mil mundos.
Para criar, porém, um sacerdote devia Jesus Cristo morrer, pois, do contrário,
donde se tiraria esse sacrifício que agora oferecem a Deus os sacerdotes do
Novo Testamento, esse santo e imaculado sacrifício que, por si só, basta para
dar a Deus a honra que lhe é devida? Ainda que se sacrificasse a vida de todos
os anjos e santos, mesmo assim, esse sacrifício não prestaria a Deus essa honra
infinita, que lhe dá uma única Santa Missa.
II. A Santa
Missa é um sacrifício propiciatório
Pode-se deduzir já da instituição da Sagrada
Eucaristia que a Santa Missa é verdadeiramente um sacrifício propiciatório, ou
seja, que inclina Deus a nos perdoar a pena e a culpa dos pecados, que foi
feita especialmente para a remissão dos pecados: Este é o meu, sangue, que será
derramado por muitos, para remissão dos pecados, disse Jesus Cristo (Mt 26,
28). A Santa Missa perdoa até os maiores pecados, não imediatamente, mas só
mediatamente, como afirmam os teólogos, isto é, Deus, em consideração ao sacrifício
do altar, concede a graça que leva o homem a detestar seus pecados e a
purificar-se deles no sacramento da Penitência. Quanto às penas temporais, que
devem ser expiadas depois da destruição da culpa, são elas perdoadas por
virtude da Santa Missa, ao menos parcialmente, quando não de todo. Numa
palavra, a Santa Missa abre os tesouros da divina misericórdia em favor dos
pecadores.
Desgraçados de nós se não houvesse esse grande
sacrifício, que impede à justiça divina de nos enviar os castigos que merecemos
por nossos pecados. É certo que todos os sacrifícios do Antigo Testamento não
podiam aplacar a ira de Deus contra os pecadores. Se se sacrificasse a vida de
todos os homens e anjos, a justiça divina não seria satisfeita devidamente nem
sequer por uma única falta que a criatura tivesse cometido contra seu Criador.
Só Jesus Cristo podia satisfazer por nossos pecados: Ele é a propiciação pelos
nossos pecados (1 Jo 2, 2). Por isso o Padre Eterno enviou o seu Filho ao
mundo, para que se fizesse homem mortal e, pelo sacrifício de sua vida, o
reconciliasse com os pecadores. Esse sacrifício é renovado em cada Missa. Não
há dúvida: o sangue inocente do Redentor clama muito mais fortemente por
misericórdia em nosso favor, que o sangue de Abel por vingança contra Caim.
Este sacrifício pode ser oferecido também pelos
defuntos. Por isso o sacerdote, na Santa Missa, pede ao Senhor que se recorde
de seus servos que partiram para a outra vida e que lhes conceda, pelos
merecimentos de Jesus Cristo, o lugar de repouso, da luz e da paz. Se o amor de
Deus que possuem as almas ao saírem desta vida não basta para purificá-las,
essa falta será reparada pelo fogo do Purgatório; muito melhor, porém, a repara
o amor de Jesus Cristo por meio do sacrifício eucarístico, que traz às almas
grande alívio e, muitas vezes, até a libertação completa dos seus sofrimentos.
O Concílio de Trento declara que as almas que sofrem no Purgatório podem ser
muito auxiliadas pela intercessão dos fiéis, mas em especial pelo santo
sacrifício da Missa. E acrescenta (Sess. 22, c. 2) que isso é uma tradição
apostólica. Santo Agostinho exorta-nos a oferecer o sacrifício cia Santa Missa
por todos os defuntos, caso que não possa aproveitar às almas pelas quais
pedimos.
III. A Santa
Missa é um sacrifício eucarístico
É justo e razoável que agradeçamos a Deus pelos
benefícios que nos fez em sua infinita bondade. Mas que digno agradecimento
podemos dar-lhe nós, miseráveis? Se Deus nos tivesse dado uma única vez um
sinal de sua afeição, estaríamos obrigados a um agradecimento infinito, porque
esse sinal de amor seria o favor e dom de um Deus infinito. Mas eis que o
Senhor nos deu esse meio de cumprir com nossa obrigação e de agradecer-lhe
dignamente. E como? Tornando-nos possível oferecer-lhe na Santa Missa a Jesus Cristo.
Dessa maneira dá-se a Deus o mais perfeito agradecimento e satisfação; pois,
quando o sacerdote celebra a Santa Missa, dá-lhe um digno agradecimento por
todas as graças, mesmo por aquelas que foram concedidas aos santos no céu; uma
tal ação de graças, porém, não podem prestar a Deus todos os santos juntos, de
maneira que também nesse respeito a dignidade sacerdotal sobrepuja todas as
dignidades, não excetuadas as do céu.
Na Santa Missa, a vítima que é oferecida ao Eterno
Pai é seu próprio Filho, em quem pôs toda a sua complacência. Por isso dirigia
Davi suas vistas a este sacrifício, quando pensava num meio de agradecer a
Nosso Senhor pelas graças recebidas: Que darei ao Senhor por tudo que ele me
tem feito? pergunta ele, e responde: Tomarei o cálice da salvação e invocarei o
nome do Senhor (S1 115, 12). O próprio Jesus Cristo agradeceu a seu Pai celeste
todos os benefícios que tinha feito aos homens, por meio deste sacrifício: E,
tomando o cálice, deu graças e disse: Tomai-o e distribuí-o entre vós (Lc 22,
17).
IV. A Santa
Missa é um sacrifício impetratório
Se já temos a segura promessa de alcançar tudo que
pedimos a Deus em nome de Jesus Cristo (cfr. Jo 16, 23), muito maior deve ser a
nossa confiança se oferecemos a Deus seu próprio Filho. Este Salvador que nos
ama roga por nós sem cessar lá no céu (cfr. Rom 8, 31), mas, de modo todo
especial, durante a Santa Missa, em que se sacrifica a seu Eterno Pai, pelas
mãos do sacerdote, para nos alcançar suas graças. Se soubéssemos que todos os
santos e a Santíssima Virgem estão rezando por nós, com que confiança não
esperaríamos de Deus os maiores favores e graças. Está, porém, fora de dúvida
que um só rogo de Jesus Cristo pode infinitamente mais que todas as suplicas
dos santos.
No Antigo Testamento era permitido unicamente ao
sumo sacerdote, e isso uma só vez no ano, entrar no santo dos santos; hoje,
porém, todos os sacerdotes podem sacrificar todos os dias ao Eterno Pai o cordeiro
divino, para alcançar de Deus graças para si e para todo o povo.
O sacerdote sobe ao altar para ser o intercessor de
todos os pecadores. “Ele exerce o ofício de um medianeiro”, diz São Lourenço
Justiniano (Sermo de Euchar.), “e por isso deve ser um intercessor para todos
que pecam”. Dessa maneira“, diz São João Crisóstomo, “está o Padre no altar, no
meio, entre Deus e o homem; oferece a Deus as súplicas dos homens e
alcança-lhes as graças de que precisam” (Hom. 5 in Jo.). Deus distribui as suas
graças sempre que é rogado em nome de Jesus Cristo, mas as distribui com mais
largueza durante a Santa Missa, atendendo às suplicas do sacerdote, diz São
João Crisóstomo; pois essas súplicas são então acompanhadas e secundadas pela
oração de Jesus Cristo, que é o sacerdote principal, visto que é ele mesmo que
se oferece neste sacrifício para nos alcançar graças de seu Eterno Pai.
Segundo o Concílio de Trento (Sess. 22, c. 2), é
especialmente durante a Santa Missa que o Senhor está sentado naquele trono de
graças ao qual devemos nos chegar, diz o Apóstolo, para alcançarmos
misericórdia e encontrarmos graças no momento oportuno (Heb 4, 16). Até os
anjos esperam o tempo da Santa Missa, diz São João Crisóstomo (Hom 13. De
incomp. Dei nat.), para pedirem com mais resultado por nós, acrescentando que
dificilmente se alcançará aquilo que não se consegue durante a Santa Missa.
A Santíssima Virgem, depondo uma vez o Menino Jesus
nos braços de Santa Francisca Farnese, disse-lhe: “Eis aqui o meu Filho;
aprende a torná-lo favorável a ti, oferecendo-o muitas vezes a Deus. Dize, por
isso, a Deus, quando vires presente no altar o divino Cordeiro: Ó Pai Eterno,
ofereço-vos hoje todas as virtudes, todos os atos e todos os afetos de vosso
mui amado Filho. Recebei-os por mim, e por seus merecimentos, que ele mos deu
e, por isso, são meus, dai-me as graças que Jesus Cristo pedir por ruim.
Ofereço-vos esses merecimentos para vos agradecer por todas as misericórdias
que tendes usado comigo e para satisfazer por meus pecados. Pelos merecimentos
de Jesus Cristo espero alcançar de vós todas as graças, o perdão, a
perseverança, o céu, mas especialmente o mais precioso de todos os dons, o
vosso puro e santo amor”.
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Fonte:
LIGÓRIO, Santo Afonso Maria. Escola da Perfeição Cristã. Org: Pe. Saint-Omer.
Tradução:
Quadrante
Disponível
em: Quadrante
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