Johannes é o
novo nome de um jovem iraniano que se chamava Sadegh. Nascido no Irã, em
família muçulmana, ele hoje também tem novo país e nova fé: mora na Áustria e,
do islã, passou a Cristo. Johannes contou ao jornal britânico The Guardian,
em 6 de junho, como e por que se converteu.
Ele tinha
começado a se fazer perguntas sobre as raízes do islã ainda em sua terra natal,
durante a universidade.
“Descobri
que a história do islã era totalmente diferente do que eu tinha aprendido na
escola. Talvez, comecei a pensar, ela fosse uma religião que se estabeleceu com
a violência (…) Mas uma religião que dá os seus primeiros passos com a
violência não pode levar as pessoas à liberdade e ao amor. Jesus Cristo disse
que quem com espada fere, com espada perece. Isso realmente mudou a minha forma
de pensar”.
Johannes
empreendeu o seu caminho de conversão ainda no Irã, mas logo se viu forçado a
deixar o país.
O
DIREITO DE RECEBER O EVANGELHO
“A Igreja
está crescendo, mas não por fazer proselitismo: ela não cresce por
proselitismo; ela cresce por atração, pela atração do testemunho que cada um de
nós dá ao povo de Deus”, declarou o papa Francisco, esclarecendo os termos
da discussão sobre a conversão religiosa. Em seu centro não está o
proselitismo, e sim a evangelização, essencialmente ligada ao testemunho do
Evangelho a quem não conhece Jesus Cristo ou sempre o rejeitou.
Números oficiais
não existem. Estimativas estatísticas não estão disponíveis. Ainda assim, é
notório que muitos daqueles que não conhecem Jesus ou que antes o rejeitavam “estão
buscando a Deus em segredo, impulsionados pela sede do seu Rosto, inclusive em
países de antiga tradição cristã”, observa o Santo Padre. E “todos têm
o direito de receber o Evangelho”. Não se trata de impor “uma nova
obrigação, mas de compartilhar uma alegria, sinalizando um horizonte belo”.
CONVERSÕES
DE FACHADA?
A Conferência
Episcopal Austríaca publicou no ano passado novas orientações para os
sacerdotes, alertando que muitos refugiados poderiam tentar facilitar o seu
estabelecimento no continente europeu através da suposta conversão. “Admitir
ao batismo pessoas identificadas como ‘não críveis’ implica perda de
credibilidade para a própria Igreja”. Desde 2014, aplica-se na Áustria um
período de preparação em que se verifica o desejo sincero da conversão. “Não
estamos interessados em ter cristãos pro forma”, explica Friederike
Dostal, que coordena os cursos de preparação para o batismo de adultos na
arquidiocese vienense.
Apesar do risco real
das “conversões de fachada”, histórias como a de Johannes se multiplicam tanto
na Europa quanto nos próprios países de origem destes novos cristãos – países
onde a “atração cristã” de que fala o Papa Francisco pareceria impossível. Mas
o Espírito Santo sopra onde quer.
____________________________________
Aleteia
Nenhum comentário:
Postar um comentário