O padre polonês Kazimierz Andrzej Wojno, de 71
anos, foi estrangulado com fios de arame e morto na noite de sábado, 21, após
missa na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na Asa Norte de Brasília. De acordo
com a Polícia Civil do Distrito Federal, o crime foi um caso de latrocínio – roubo
seguido de morte. Além de matarem o pároco, conhecido na comunidade como “padre
Casemiro”, os criminosos arrombaram cofres localizados na casa paroquial.
“Foi um crime cruel pela forma que ele foi
executado. Não havia a menor necessidade de cometerem esta barbárie”, afirmou o
delegado Laércio Rossetto, da 2ª Delegacia de Polícia. “Se eles queriam roubar,
podiam ter roubado, poderiam ter mantido ele dentro do banheiro. Não havia
necessidade de matar.”
No início da noite de sábado, o padre celebrou
uma missa na paróquia, às 18h30, e depois se dirigiu à casa paroquial, nos
fundos da igreja. Ao lado da casa, é realizada uma obra de ampliação. Conforme
a polícia, o padre e um funcionário da igreja teriam sido rendidos por pelo
menos quatro criminosos.
Eles amarraram os pulsos, as pernas e o
pescoço do padre, na altura da cervical, enquanto o funcionário José Gonzaga da
Costa, de 39 anos, teve os pulsos e as pernas imobilizados. O padre foi
estrangulado com fios de arame. “Houve arrombamento de mais de um cofre lá (na
casa paroquial)”, disse o delegado. “Encontramos maquinário. Tudo indica que
eles cometeram assassinato para roubar.”
Rossetto não informou exatamente quantos
cofres haviam na casa e se todos foram arrombados. Segundo ele, os detalhes
ainda estão em fase de apuração. O que se sabe até o momento é que os invasores
roubaram objetos do cofre. “Não temos levantamento completo do que foi levado,
mas posso assegurar que são objetos de valor”, acrescentou o delegado.
A polícia trabalha com a estimativa de que os
bandidos permaneceram cerca de três horas no local. Imagens de vídeo obtidas
pela polícia, de câmeras do entorno, mostram que eles saíram do local a pé,
após pularem a cerca que delimita o terreno da igreja. Ainda não se sabe se,
mais adiante, pegaram algum veículo. O funcionário da igreja que foi rendido
conseguiu pedir ajuda a um vigia de um estabelecimento próximo e, a partir daí,
a polícia foi avisada.
“Por conta do requinte de crueldade com que
executaram o padre, a princípio, o crime não tem relação com os roubos
anteriores”, avaliou Rosseto. “Pela situação na qual ele foi encontrado, a
gente pode afirmar que houve sofrimento por parte da vítima”, completou o
investigador.
Rossetto afirmou ainda que a polícia já tem
alguns suspeitos e está colhendo depoimentos, inclusive do funcionário da
igreja. A polícia trabalha com a hipótese de que as pessoas que participaram do
latrocínio tinham conhecimento da rotina da igreja e dos próprios cofres que
estavam na casa paroquial. “Elas vieram determinadas a cometer o roubo e a
matar o padre”, disse o delegado.
Velório e sepultamento
O corpo do sacerdote foi liberado pelo
Instituto Médico Legal (IML), no início da noite desse domingo (22/09/2190), e
seguiu para a funerária. O velório ocorreu na última segunda-feira
(23/09/2019), na Paróquia Nossa Senhora da Saúde (702 Norte).
O corpo do padre Casemiro, como era conhecido,
chegou à paróquia pouco antes das 8h. Frequentadores e amigos do sacerdote
estavam à espera para participar da primeira missa, às 10h. A todo momento,
chegavam mais pessoas, que se aproximavam do caixão para dar adeus ao pároco.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) foi à igreja
pela manhã para acompanhar a cerimônia. De acordo com ele, a morte do padre foi
uma tragédia, não só para a comunidade religiosa, mas para todo o Distrito
Federal. O chefe do Executivo local afirmou que o governo tem se esforçado,
junto à Polícia Civil, para chegar aos autores do crime. “Infelizmente, a
insegurança está muito grande. Conversei com o secretário (de Segurança
Pública) para reforçarmos a segurança, não só nas igrejas, mas em todas as
áreas do DF”, declarou.
Ibaneis ressaltou que o governo adotará
medidas para que casos como o do padre Casemiro não voltem a se repetir: “Vamos
colocar mais viaturas para acompanhar os horários de entrada e saída das
missas. Temos de aumentar o efetivo da polícia no DF. Estou com a academia (de
polícia) lotada, com 750 policiais em treinamento. Eles saem para as ruas a
partir de janeiro e, depois, colocamos outra turma com mais 750. Quero manter
esse ritmo até a gente recompor o efetivo da Polícia Militar e da Civil,
também. Só aí as pessoas vão ter uma sensação de segurança maior”, destacou.
Após o fim da primeira missa, o ex-governador
Rodrigo Rollemberg chegou à paróquia. Emocionado, limitou-se a dizer que o
momento é de tristeza. “Uma violência contra uma pessoa que só fez o bem,
dedicou a vida a acolher os mais pobres, reduzir o sofrimento das pessoas. Tive
um pouco de contato com ele. Uma filha minha casou nesta igreja”, contou.
“Pesar e gratidão imensa”
Durante a tarde, religiosos celebraram outra
cerimônia de despedida do padre Kazimierz Wojno. Por volta das 14h, mais de 1,2
mil pessoas se aglomeraram na Paróquia Nossa Senhora da Saúde. A solenidade,
presidida pelo arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha, começou com louvores
entoados por frequentadores da igreja e durou duas horas e meia. “Estamos
reunidos com muito pesar e dor, mas com gratidão imensa ao padre pelo dom da
vida que ele ofereceu a Brasília. Trazemos no coração a tristeza e um pedido de
misericórdia a Deus por aqueles que praticam a violência e um desejo sincero de
justiça e paz”, enfatizou Dom Sérgio da Rocha.
Servidora pública, Lijerka Leite, 35 anos,
frequenta a Paróquia São Francisco de Assis, na 915 Norte, mas esteve na igreja
Nossa Senhora da Saúde para prestar homenagens a Casemiro. “Ele era um
verdadeiro pai. Uma vez, passamos a tarde inteira conversando e ele me relatou
sua história de vida, de quando veio para o Brasil e as dificuldades que
enfrentou no período pós-Segunda Guerra Mundial, na Polônia. Toda a trajetória
dele é comovente. O que mais me impressiona é ver a pessoa boa que ele se
tornou”, recorda-se Lijerka.
À segunda cerimônia, estiveram presentes o
representante do papa no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello, e seis diplomatas da
Embaixada da Polônia. Marta Olkowska, encarregada do setor de finanças da sede
de representação do país, lamentou o ocorrido e comentou que a instituição
mediou o contato com dois irmãos e um sobrinho de Casemiro, na Polônia. Segundo
ela, a família não pôde comparecer ao velório por causa da distância. “Os
parentes dele vivem em uma área rural do país, a mais de 14 mil quilômetros (do
Brasil). Mas eles nos solicitaram, por e-mail, fotos do funeral como forma de
recordação”, afirmou Marta.
O adeus
Orações, canções religiosas e tristeza
marcaram o momento do sepultamento do padre Casemiro. Por volta das 17h, mais
de 300 pessoas se reuniram no cemitério Campo da Esperança para se despedir do
sacerdote. O vigário episcopal do Vicariato Norte Cristiano Sanches dirigiu a
cerimônia de despedida e fez menção a todos que sofrem e morrem por causa da
violência. Ao final, todos ficaram em silêncio por um minuto, como forma de
homenagear Casemiro.
Caseiro contou que padre Casemiro gritou em
assalto: “Não faz isso”
“Eles amarraram muito forte o arame, que
estava todo torcido. Assisti o policial tentando tirar, porque estava muito
difícil”, conta uma das testemunhas, que chegou com a polícia ao local. Ela
conta que o caseiro José Gonzaga da Costa foi criado pelo pároco desde os 16
anos. Após ser libertado, teria dito, ainda segundo a testemunha. “Pai, você me
deixou”.
Testemunhas disseram que o caseiro estava com
a boca cheia de plástico, também com braços e pernas amarradas. Chegaram a
pensar que ele estava morto.
José participa da despedida do padre na
Igreja, mas não falou com a imprensa até o momento. Segundo uma amiga dele, que
não quis ser identificar, o homem contou que padre Casemiro teria dito no
momento em que os bandidos amarraram ambos. “Não faz isso, não faz isso. Essa
frase não sai da cabeça dele”.
“É uma tragédia o que aconteceu. Prestamos
apoio à família e à comunidade, que rezem muito por paz e possam ser
confortados”, disse o governador Ibaneis. Segundo ele, que o padre Casemiro
possa ser lembrado como exemplo de dedicação e trabalho, pelos serviços que
prestou a comunidade. “Agora vamos focar em reforçar a segurança no DF”,
afirmou.
Ibaneis disse que, apesar de os índices de
violência terem caído, ainda há muita sensação de insegurança no Distrito
Federal.
Insegurança
O padre João Firmino, 46, coordenador da
Comunicação da Arquidiocese de Brasília, lembrou que o reforço na segurança das
igrejas foi uma promessa feita pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) durante o
velório do padre Casemiro, nessa segunda-feira (23/09/2019). “O que a
comunidade precisa agora é, de fato, sentir mais segurança. Vamos ver se vai
ser mantida essa patrulha”, ressaltou. Os bispos devem escolher nesta terça o
nome que vai substituir padre Casemiro na paróquia. Os ossos do religioso devem
ser levados, no futuro, para a igreja.
Morgana Bornes, 56, passou pelo local na manhã
desta terça-feira (24/09/2019). A psicóloga e cateq“A gente vê uista conta que
a insegurança na região é constante. muita coisa por aqui. Viemos um dia para
uma reunião e, na hora de ir embora, o carro da colega estava sem as rodas.
Aqui, tem roubo até em casamento. Levaram o som da igreja em um dos assaltos,
até mudamos tudo de lugar”, relata.
De acordo com frequentadores da paróquia,
faltam iluminação e câmeras de segurança no entorno da igreja. “Parece que o
policiamento é só até amanhã (quarta). Espero que se estenda, porque precisamos
muito de mais segurança. Essa região é muito abandonada”, afirma.
Igrejas, paróquias e templos religiosos do
Distrito Federal estão na mira dos bandidos. Segundo a Secretaria de Segurança
Pública do Distrito Federal (SSP-DF), 163 ocorrências de furtos a santuários
foram registradas só neste ano na capital federal. Se comparado ao mesmo
período do ano passado, quando ocorreram 150 furtos a templos, há um aumento de
8% nesse tipo de crime.
A Paróquia Nossa Senhora da Saúde, por
exemplo, já foi alvo de bandidos por três vezes. A última, no sábado, terminou
em tragédia. Padre Casemiro acabou estrangulado e morto em uma ocorrência
registrada como latrocínio – roubo seguido de morte. O crime chocou pela
brutalidade e também pela localização. A igreja fica a 500 metros de uma
delegacia de polícia, no coração de Brasília, capital da República.
Peritos papiloscopistas do Instituto de
Identificação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) analisam o material
coletado na Paróquia Nossa Senhora da Saúde. O religioso, que morava em uma
casa nos fundos do terreno, foi rendido por bandidos. Na ação, os criminosos
também mantiveram o caseiro refém.
Os profissionais da PCDF recolheram evidências
que podem ajudar na identificação dos assaltantes. Nos próximos dias, os
papiloscopistas concluirão laudos com o resultado da análise de fragmentos de
impressões digitais. A 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) está à frente das
investigações e já tem quatro suspeitos.
Suspeitos
A Polícia Civil afirma já ter nomes de
suspeitos de envolvimento no assassinato do padre Casemiro. Segundo o delegado
Rosseto, as identidades não serão reveladas para não atrapalhar as
investigações. Desde o início da tarde desse domingo (22/09/2019), os
investigadores colhem depoimentos de envolvidos, testemunhas e do caseiro que foi
mantido refém pelos bandidos juntamente com o pároco.
De acordo com a polícia, a casa tinha cofres
modernos e os criminosos estavam preparados para arrombá-los. “Tinha cofre de
um metro e meio de altura”, pontuou. Os bandidos levaram uma “makita”, pé-de-cabra,
barras e picaretas.
As pessoas estão sendo ouvidas e as
informações são conflitantes. Há pontos divergentes e que não estão ainda
esclarecidos. Os suspeitos ouvidos podem não ter atuado diretamente no crime,
mas, sim, de forma indireta. Ainda é cedo e precisamos ter cautela”, afirmou
Rosseto.
A polícia tem imagens da movimentação dos
suspeitos. Uma das gravações mostra o rosto de um investigado. O conteúdo ainda
está sendo analisado e, por isso, ainda está sendo mantido sob sigilo.
Rosseto revelou que uma das linhas de
investigação suspeita de moradores de rua da região. “Ele (Casemiro) era uma
pessoa muito austera e muito correta”, ressaltou. “Estamos checando se houve
desavença com algum morador de rua”, completou.
Prisão
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu,
nesta terça-feira (24/09/2019), em Valparaíso (GO), dois acusados de
envolvimento no assassinato do padre Casemiro.
Um deles admitiu participação no caso. A
corporação está à procura de outros dois suspeitos de participar do crime.
As informações foram dadas em coletiva de
imprensa na noite desta terça, pelo delegado-chefe da 2ª DP (Asa Norte),
Laércio Rosseto. Até o fim da tarde, havia a confirmação de apenas uma prisão.
Com os detidos, a polícia apreendeu dois notebooks, três garrafas de uísque Red
Label, um celular, um moletom, um relógio, uma corrente de ouro e chaves de
carros. Parte dos itens estava na paróquia.
Um dos presos é o desempregado Alessandro de
Anchieta Silva, 19 anos, que não tinha passagens pela polícia. O outro é
Antonio Willian Almeida Santos, 32. Nascido em Januária (MG), ele tem passagens
por homicídio e tráfico de drogas.
Segundo Rosseto, Alessandro admitiu a
participação no crime, porém alegou que não queria a morte do padre. “Contudo
ele estava na cena do crime, com uma arma de fogo. Estava disposto [a matar]”,
pontuou o delegado, acrescentando que o artefato ainda não foi apreendido.
Um terceiro possível envolvido também foi
identificado pelos policiais: Daniel Souza da Cruz, 29 anos, seria o cabeça do
crime, mas segue foragido. “Ele já tem um mandado de prisão, então é
oficialmente um foragido da Justiça”, disse Rosseto. A polícia suspeita que o
quarto envolvido seja menor de idade. Alessandro disse que Daniel o teria
convidado para participar do latrocínio.
De acordo com o delegado, os investigadores
chegaram até os suspeitos após analisarem imagens de câmeras da paróquia. “Mas
o que foi fundamental mesmo é o trabalho de campo realizado pelos
investigadores. Foram várias e várias horas de percursos, diligências e
trabalho do Instituto de Identificação. Assim, conseguimos obter provas
científicas incontestáveis que levaram à prisão temporária deles.”
Para Rosseto, o crime foi premeditado. “O que
entendemos é que eles estavam indo especialmente atrás desse cofre. Eles sabiam
que havia o cofre lá, usaram equipamentos que existem na própria residência, de
maneira que não precisaram levar nada. É um cofre de um metro e meio, de
concreto e aço, com duas portas, isso indica que foi estudado. Eles sabiam o que
iriam encontrar lá”, analisou.
A detenção foi feita por investigadores da 2ª
Delegacia de Polícia (Asa Norte), com apoio da Divisão de Operações Especiais
(DOE) e da Divisão de Operações Aéreas (DOA).
Em sua última missa, padre Casemiro falou
sobre o aumento da violência
O polonês Kazimierz Andrzej Wojno desembarcou
no Brasil há cerca de quarenta anos para cumprir a vocação ao sacerdócio da
Igreja Católica. Aos 71 anos de idade e 46 de batina, tinha como maior
realização a construção da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte. E foi
justamente na área do templo ao qual se dedicou grande parte da vida onde foi
brutalmente assassinado no último sábado (21/09/2019).
Uma das maiores dificuldades iniciais do
religioso quando chegou a Brasília era se fazer compreender, devido ao forte
sotaque. Para se aproximar da comunidade “aportuguesou” seu nome, tornando-se o
padre Casemiro. “No começo, ele tinha problemas com o português. Por isso,
celebrava as missas com anotações. Ele tinha dificuldade de falar e nós de
entender, mas seguimos em frente. E no final até que ele estava falando muito
bem”, conta o paroquiano José Mário dos Santos.
A obstinação do sacerdote era um traço
marcante de Casemiro, contam os fiéis. Com a ajuda de doações, principalmente
da família na Europa, ele construiu a igreja da 702 Norte com as próprias mãos.
“Era o padre engenheiro, o padre peão”, lembrou Santos. Durante a construção do
templo, Casemiro não apenas coordenava os trabalhos, como também colocava a mão
na massa.
Uma das histórias que o clérigo contava era de
que, certa vez, um caminhão foi entregar material de construção. Como ele
estava trabalhando, coberto de cimento, o entregador perguntou: “Onde está o
padre?”. O sacerdote respondeu: “Está falando com ele”. O homem não acreditou.
“Seu peão, diga onde está o padre.” Com toda paciência, Casemiro desceu da obra
e esclareceu a situação.
Fotografia
Casemiro também era adepto de tecnologia e um
de seus hobbies era fotografar. A família chegou a comprar uma câmera de ponta
para ele. Ao receber o presente, sorriu. “Olha o manual da máquina. Parece uma
bíblia”, brincou. Logo depois, o equipamento foi furtado da Igreja. O pároco
ficou três dias abatido quando soube que o item estava sendo revendido em uma
feira.
Segundo os paroquianos, o religioso tinha um
perfil duro, mas acolhedor. “Ele sempre foi sério. Andava com sandálias de
padre. No último sábado, pela primeira vez, vi que ele celebrou a missa de
tênis”, comentou a paroquiana Marlene Barroso.
Segundo a fiel, na última celebração, no
sábado, momentos antes de ser assassinado, o pároco fez uma profunda reflexão
sobre a falta de segurança. “No final, ele falou muito da preocupação com a
violência em nossa cidade, no mundo. Parece que estava prevendo”, desabafou.
A paróquia era muito frequentada por pessoas
carentes e moradores de ruas. Casemiro não fazia doações para ajudá-los, mas
costumava conversar e oferecer oportunidade de emprego, inclusive na própria
obra da Igreja. “Ele era um europeu, duro, mas era querido por todo mundo”,
concluiu Tania Maria, ministra da Eucaristia.
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Veja/ Correio Braziliense/ Metrópoles/ Front Católico
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