Brasil sinalizou interesse de enviar representante a encontro, mas dom Cláudio Hummes afirmou que 'políticos com mandatos' não participarão (Marcelo Camargo/Agência Brasil) |
Ex-comandante do Exército e atual assessor do
Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Eduardo Villas Bôas
criticou, nesta segunda-feira, 2, o Sínodo da Amazônia, e afirmou que o
encontro dos bispos considera “dados distorcidos” e o que “não acontece na
Amazônia”. Villas Bôas também disse que, independente do relatório apresentado,
o governo não admitirá “interferência em questões internas” do país.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo,
Villas Bôas disse que o governo Bolsonaro tem “preocupação” com os temas do
Sínodo, que será realizado em outubro, em Roma, e como isso irá “chegar à
opinião pública internacional porque, certamente, vai ser explorado pelos
ambientalistas”. Na avaliação do atual assessor do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI), o encontro “escapou para questões ambientais e também tem
o viés político”.
Villas Bôas também rebateu uma carta escrita
pelos bispos na semana passada, na qual afirmam que são tratados como “inimigos
da pátria”. “Eles não são inimigos, mas estão pautados por uma série de dados
distorcidos, que não correspondem à realidade do que acontece na Amazônia.
Seria muito mais proveitoso que eles, institucionalmente, procurassem o governo
brasileiro para se inteirar do que realmente está acontecendo, das intenções,
das práticas e o progresso que o governo quer implantar para aquela região”,
afirmou.
Questionado se o Sínodo pode interferir no
clima da Assembleia Geral das Nações Unidas, Villas Bôas disse que há uma forte
ligação “entre os organismos internacionais, sempre com esse viés crítico em
relação ao que acontece no Brasil”. “Constatamos que há uma ação orquestrada.
Depois da fala do Macron, por exemplo, houve uma do secretário-geral da ONU
(António Guterres), na mesma linha do presidente francês”, explicou.
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