O teatro da Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo (TUCA) hospedou, anteontem, o evento “Direito já”, protagonizado
por partidos de esquerda e centro-esquerda, em oposição aos “retrocessos do
governo Bolsonaro”.
Ao lado de dezenas de políticos esquerdistas,
pousa ninguém menos que o arcebispo emérito de São Paulo, o cardeal Dom Cláudio
Hummes, relator do Sínodo Pan-amazônico, a ser realizado dentro de um mês, em
Roma.
Numa entrevista anterior ao próprio Estadão,
Dom Cláudio, falando sobre as polêmicas entre o Sínodo da Amazônia e o governo,
disse que: “Foi na campanha eleitoral que começou tudo isso. O governo, que se
diz de direita, considera a Igreja de esquerda. Mas a Igreja não é partido
político. Não é de esquerda. Não aceita essa qualificação, essa etiqueta. A Igreja
é para todos”. E, mais adiante: “Esse governo apresentou uma questão sobretudo
de soberania nacional. Mas todos sabemos que o Sínodo é da Igreja e para a
Igreja. Não é para políticos, militares e outros”.
Ainda ontem (03), sempre o próprio Estadão, publicou
a notícia de que o Vaticano vetou a participação de políticos com mandato entre
os participantes do Sínodo, negando o pedido do governo brasileiro, principal
interessado nas discussões, uma vez que a maior parte do território amazônico
pertence ao Brasil.
Dias atrás, Dom Cláudio afirmou que quem
critica o Sínodo da Amazônia “têm interesses muito fortes que se sentem um
tanto ameaçados”.
A presença de Dom Cláudio num evento político
de aberta oposição ao governo Bolsonaro compromete não apenas a suposta
neutralidade política do Sínodo pan-amazônico, mas desmente as suas próprias
declarações anteriores. Um verdadeiro escândalo para os católicos do Brasil.
A notícia de que Dom Cláudio pode ser
convocado pelo Senado para esclarecer os propósitos do Sínodo fez tremer. O
desespero paira sobre a cúria bergogliana.
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Templário de Maria/ Fratres In Unum/ Estadão
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