quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Dom Cláudio Hummes, relator do Sínodo da Amazônia, participa de evento contra o governo Bolsonaro


O teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA) hospedou, anteontem, o evento “Direito já”, protagonizado por partidos de esquerda e centro-esquerda, em oposição aos “retrocessos do governo Bolsonaro”.

Ao lado de dezenas de políticos esquerdistas, pousa ninguém menos que o arcebispo emérito de São Paulo, o cardeal Dom Cláudio Hummes, relator do Sínodo Pan-amazônico, a ser realizado dentro de um mês, em Roma.

Numa entrevista anterior ao próprio Estadão, Dom Cláudio, falando sobre as polêmicas entre o Sínodo da Amazônia e o governo, disse que: “Foi na campanha eleitoral que começou tudo isso. O governo, que se diz de direita, considera a Igreja de esquerda. Mas a Igreja não é partido político. Não é de esquerda. Não aceita essa qualificação, essa etiqueta. A Igreja é para todos”. E, mais adiante: “Esse governo apresentou uma questão sobretudo de soberania nacional. Mas todos sabemos que o Sínodo é da Igreja e para a Igreja. Não é para políticos, militares e outros”.

Ainda ontem (03), sempre o próprio Estadão, publicou a notícia de que o Vaticano vetou a participação de políticos com mandato entre os participantes do Sínodo, negando o pedido do governo brasileiro, principal interessado nas discussões, uma vez que a maior parte do território amazônico pertence ao Brasil.

Dias atrás, Dom Cláudio afirmou que quem critica o Sínodo da Amazônia “têm interesses muito fortes que se sentem um tanto ameaçados”.

A presença de Dom Cláudio num evento político de aberta oposição ao governo Bolsonaro compromete não apenas a suposta neutralidade política do Sínodo pan-amazônico, mas desmente as suas próprias declarações anteriores. Um verdadeiro escândalo para os católicos do Brasil.

A notícia de que Dom Cláudio pode ser convocado pelo Senado para esclarecer os propósitos do Sínodo fez tremer. O desespero paira sobre a cúria bergogliana.
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Templário de Maria/ Fratres In Unum/ Estadão

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