O Papa Francisco pediu perdão àqueles que se
sentiram ofendidos pelo roubo das imagens amazônicas “da pachamama” que depois
foram jogadas no rio Tibre e indicou que estas poderiam estar presentes na
Basílica de São Pedro, na Missa de encerramento do Sínodo da Amazônia, no
próximo dia 27 de outubro.
“Gostaria de lhes dizer uma palavra sobre as
estátuas da pachamama (mãe terra) que foram levadas da igreja em Traspontina,
que estavam ali sem intenção idólatra, e foram lançadas no rio Tibre”, disse o
Santo Padre ao concluir a 15º congregação geral nesta tarde, na Sala do Sínodo,
segundo informa a Sala de Imprensa da Santa Sé.
“Antes de tudo, isso aconteceu em Roma e, como
Bispo da diocese, peço perdão às pessoas que se sentiram ofendidas por este
gesto”, continuou.
Em seguida, o Papa explicou que as cinco
imagens roubadas e lançadas ao Tibre e “que criaram tanto clamor midiático”
foram encontradas sem danos e agora estão “no escritório do comandante dos
carabineiros italianos”.
Finalmente o Santo Padre disse que delega a
decisão de ter as imagens na Missa de encerramento do Sínodo ao Secretário de
Estado para “que responda a isso”.
“Esta é uma boa notícia, obrigado”, concluiu.
As imagens roubadas e jogadas no rio mostram
uma mulher grávida nua que, segundo alguns, representaria "Nossa Senhora
da Amazônia", embora outros tenham afirmado que é um símbolo da
fertilidade e da mãe terra ou pachamama.
A imagem foi vista pela primeira vez durante o
evento celebrado nos Jardins do Vaticano, em 4 de outubro, por ocasião da festa
de São Francisco de Assis. Depois, foi vista novamente na cerimônia de abertura
do Sínodo e ficou instalada definitivamente na Igreja de Santa Maria em
Transpontina, onde diariamente se realizam os “Momentos de espiritualidade
amazônica”.
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ACI Digital
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