O Papa Francisco pediu prudência aos padres
sinodais que participam no Sínodo sobre a Amazônia, que está sendo celebrado,
em Roma, até o próximo 27 de outubro.
No discurso de abertura pronunciado nesta
segunda-feira, 7 de outubro, na Sala do Sínodo, o Santo Padre pediu aos
participantes do Sínodo "delicadeza e prudência na comunicação que faremos
fora", em concreto, com os jornalistas.
Assinalou como legítima "a vocação de
servir" dos jornalistas e sua necessidade de comunicar, mas explicou que
"para ajudar a isso estão previstos os serviços de imprensa, os
‘briefings’” que serão feitos todos os dias para explicar os avanços dos
trabalhos desenvolvidos na Sala do Sínodo.
O
Pontífice justificou esse pedido com a necessidade de custodiar os processos
eclesiais, como o Sínodo. “Têm necessidade de ser custodiados, como o bebê,
acompanhados no início, cuidados com delicadeza. Precisam do calor da
comunidade, precisam do calor da Igreja Mãe”.
“Um processo eclesial cresce assim. Por isso, a
atitude de respeito, de cuidar da atmosfera fraterna, o ar de intimidade é
importante, e trata-se de não ventilar tudo como vem de fora”, destacou.
Defendeu que esse pedido de discrição não se
trata de “quem devemos informar, de um segredo mais próprio das logias do que
da comunidade eclesial, mas sim de delicadeza e de prudência na comunicação que
faremos fora”.
Nesse sentido, advertiu que "um processo
como o de um Sínodo pode ser arruinado um pouco se eu, ao sair da sala, digo o
que penso".
A consequência é a criação de um "Sínodo
de dentro" e um "Sínodo de fora", algo que, lamentou, já
aconteceu em alguns Sínodos passados.
“Um Sínodo de dentro que segue um caminho da
Mãe Igreja, de cuidado dos processos. E um Sínodo de fora que, por uma
informação dada levianamente, dada com imprudência, move as informações de
ofício a erros”, afirmou.
________________________
ACI Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário