A Conferência do Episcopado Mexicano (CEM)
incentivou, em 14 de outubro, uma "conversão ecológica", que
"deve nos levar à transformação de nossos hábitos de consumo mais simples,
onde o mais importante deles é reduzir antes mesmo que reciclar".
Assim expressaram em um comunicado intitulado
"O Sínodo para a Amazônia", assinado pelo presidente da CEM, Dom
Rogelio Cabrera, pelo secretário da CEM, Dom Alfonso Miranda, e por Dom
Engelberto Polino Sánchez, Bispo Auxiliar de Guadalajara e responsável pela
Dimensão do Cuidado Integral da Criação.
Os bispos mexicanos garantiram que “a Amazônia
envolve todo o mundo, porque nela está refletida a custódia de uma porção
importantíssima da biodiversidade para nossa ‘casa comum’, acolhe diversidade
de culturas e é um espaço onde a Criação se expressa como Deus a pensou”.
“O homem tem a missão de custodiar a Criação,
porque, tendo sido dotado de uma inteligência específica, é responsável por
cuidar para que a 'casa comum' se conserve bela e a serviço de toda a
humanidade, a desta geração e a de amanhã”.
Para a CEM, “a Amazônia merecia um Sínodo”,
porque “os Sínodos respondem à necessidade da igreja de 'caminhar juntos', um
espaço onde se escutem várias vozes e que, através do Espirito Santo,
encontre-se o melhor caminho para que o Reino de Deus se faça presente em todas
as realidades e em todas as pessoas”.
“A Amazônia abriga cerca de 15% da biodiversidade
terrestre, armazena entre 150 e 200 bilhões de toneladas de carbono por ano.
Mas também existem 110 a 130 diferentes povos indígenas vivendo em isolamento
voluntário ou ‘povos livres’, diversidade de culturas e tradições".
Os bispos mexicanos garantiram que a riqueza
que a Amazônia aporta para o mundo "é sem dúvida uma tentação para um
modelo de vida predatório e oportunista".
Deste Sínodo, indicaram, espera-se “fazer
presente o Evangelho de Jesus na Amazônia para reconhecer o Deus criador que
nos convida a estar em harmonia neste triplo relacionamento de Deus, homem e
toda a Criação”, assim como “escutar os clamores daqueles que habitam a
Amazônia e construir com eles os caminhos necessários para proteger sua
cultura, sua biodiversidade, sua história e esse grande pulmão do mundo”.
Os bispos assinalaram, citando São João Paulo
II, que este Sínodo também deve “encorajar a evangelização dos povos, não na
lógica de imposição e retirada do que lhe é próprio, mas em 'um modelo do que
hoje leva o nome de inculturação'”.
A CEM incentivou a promover “a criatividade
para cuidar e proteger a ‘nossa própria Amazônia’, nosso entorno natural mais
próximo: as árvores, as plantas e as flores do parque de nossa colônia; as
lagoas e os rios da nossa região; os animais e nossas relações pessoais e
comunitárias, isso também é ecologia integral”.
"Reconhecemos todos os homens e mulheres
que deram a vida defendendo a terra e encorajamos todos, especialmente a igreja
mexicana, a nunca desvincular a fé e a vida", disseram.
Ao concluir sua mensagem, os bispos pediram
"que São Francisco de Assis nos acompanhe e Santa Maria de Guadalupe
interceda por nós".
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ACI Digital
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