Um Tribunal no Reino
Unido decidiu, na semana passada, que a melhor coisa para uma mulher grávida com
graves dificuldades de aprendizagem é fazer um aborto.
Estima-se que
a mulher não identificada neste caso esteja grávida de 12 semanas. Ela, junto à
terceirizada do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) e o
conselho municipal, não foram assinalados pelo tribunal ou nos relatórios dos
meios de comunicação para proteger a sua privacidade.
A decisão do
tribunal foi emitida na sexta-feira, 11 de outubro, após uma audiência no
Tribunal de Proteção (Court of Protection) do Reino Unido, que trata de casos
que envolvem indivíduos que não têm capacidade mental para tomar decisões por
si mesmos.
A
terceirizada do NHS, responsável pelo cuidado da mulher, pediu permissão ao
tribunal para realizar um aborto, argumentando que a continuação da gravidez
seria prejudicial à mãe.
Eloise Power, a advogada
representante do NHS, comprovou que os médicos e encarregados da mulher apoiam
o término da gravidez.
A mulher mora
no norte da Inglaterra e passou a maior parte de sua vida em lares de cuidados
temporários. Seus encarregados, que se descrevem como "cristãos e
fiéis", apoiam o aborto, de acordo com PA Media, um canal de TV a cabo no
Reino Unido.
Segundo PA
Media, outros 30 profissionais de saúde, incluindo médicos e assistentes
sociais que foram consultados para este caso, também concordaram que o aborto é
o melhor para a mulher.
O juiz David
Basil Williams escreveu em sua sentença que o aborto seria uma
"interferência significativa" na autonomia corporal da mulher, mas
também disse que aceitava que isso era o melhor para ela e que continuar com a
gravidez poderia prejudicar sua saúde mental e física. Também autorizou a
equipe médica a deter a mulher e administrar um anestésico geral durante o
aborto, se necessário.
O Tribunal de
Proteção tem jurisdição sobre esses tipos de casos. A mulher grávida tem cerca
de 20 anos, mas seu intelecto trabalha com uma capacidade severamente
diminuída, informaram meios britânicos.
A polícia
está investigando se a gravidez da mulher foi causada por um ato de agressão
sexual. Como seus cuidadores médicos e sua família adotiva são a favor do
aborto, não se espera nenhuma apelação à decisão.
Este caso é
semelhante ao que apareceu nas manchetes, em junho de 2019, quando o Tribunal
de Proteção decidiu que uma mulher com deficiência intelectual deveria se
submeter a um aborto na 22ª semana de gestação. Esse caso provocou indignação
internacional, pois a mulher e sua mãe se opunham ao aborto por motivos
religiosos.
A decisão
nesse caso foi rejeitada pela família e pelas assistentes sociais da mulher e
foi revogada três dias após a sua emissão.
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ACI Digital
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