Nos Sínodos, os responsáveis pela redação do documento final são os membros da comissão de redação,
que recolhe as contribuições dos círculos menores, mas o que acontece quando os
membros da comissão de redação não estão preparando o documento? A dúvida a
respeito permanece.
O Cardeal Christoph Schönborn, Arcebispo de
Viena (Áustria), eleito diretamente pelo Papa Francisco para ser membro da
comissão de redação do documento final do Sínodo da Amazônia, assinalou que
este grupo não está encarregado de redigir o texto, mas o Relator Geral, o
Cardeal brasileiro Claudio Hummes “e sua equipe”.
“Tenho que tentar fazer uma correção. A
palavra comissão de redação é pouco clara porque, de fato, os rascunhos são do
relator principal e de sua equipe. O papel da comissão de redação é aprovar
imediatamente o trabalho que fazem os relatores. Portanto, nós, a comissão de
redação, não escrevemos o texto”, disse o Purpurado austríaco em uma coletiva
de imprensa realizada em 21 de outubro na Sala Stampa do Vaticano.
ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI,
perguntou ao diretor da Sala Stampa do Vaticano, Mateo Bruni, que explicou o
procedimento oficial da redação. "O briefing de hoje começou com uma
explicação do trabalho no documento e na terça-feira da semana passada
entregamos uma lista das pessoas envolvidas nessa atividade".
“O relator e os secretários especiais preparam
o rascunho do documento baseados nos relatórios dos 'círculos menores' e nas
contribuições dos participantes durante as congregações gerais. Ao fazer isso,
são assistidos pelos chamados ‘especialistas’, incluídos na lista de
participantes do Sínodo, que foi enviada nos dias anteriores ao seu
início", disse Bruni a ACI Prensa.
Em 15 de outubro, o Santo Padre nomeou como
membros da comissão para a elaboração do documento final do Sínodo da Amazônia
o Cardeal Schönborn; Dom Edmundo Valenzuela, Arcebispo de Assunção (Paraguai);
Dom Marcelo Sánchez Sorondo, Chanceler da Pontifícia Academia de Ciências e
Ciências Sociais; e Pe. Rossano Sala (Itália).
Esses quatro membros se uniram aos nomeados em
7 de outubro: Dom Mario Antônio da Silva, Bispo de Roraima (Brasil); Dom Héctor
Miguel Cabrejos Vidarte, Arcebispo de Trujillo e Presidente da Conferência
Episcopal Peruana; Dom Nelson Jair Cardona Ramírez, Bispo de San José del
Guaviare (Colômbia); e Dom Sergio Alfredo Gualberti Calandrina, Arcebispo de
Santa Cruz de la Sierra (Bolívia).
ACI Prensa também entrou em contato com
Mauricio López Oropeza, secretário executivo da REPAM, para perguntar sobre a
participação dos funcionários desta organização na redação do documento final.
Dado que a REPAM participou de maneira
decisiva na redação do controverso documento de trabalho e é presidida pelo
Cardeal Hummes, o organismo pareceria ser a única “equipe” do Purpurado
brasileiro ao qual se referiu o Arcebispo de Viena.
López Oropeza explicou a ACI Prensa que “os
únicos que estão neste trabalho (para redigir o documento final) são os membros
dessa comissão. Sua equipe é a dos secretários especiais, dos comissários
eleitos, dos comissários definidos pelo Papa e dos peritos-especialistas”.
A REPAM recebeu inúmeras críticas pela
realização de eventos polêmicos em torno ao Sínodo da Amazônia, que foram
percebidos como atos de pressão.
Entre esses eventos, estão a cerimônia de 4 de
outubro nos Jardins do Vaticano com o Papa Francisco, os "momentos da
espiritualidade amazônica" na igreja de Santa Maria em Traspontina e a
"Via-Sacra Amazônica", realizada no sábado, 19 de outubro.
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ACI Digital
Porque não se reúnem para mostrar ao mundo as mortes por perseguição dos cristãos pelo mundo?
ResponderExcluirEsse pretexto da esquerda CNBB e comunistas será desmascarada.