Em
matéria moral e mesmo ética, pouco se pode esperar - com honrosas exceções - da
atual mídia televisiva brasileira, como também de países tradicionais e
conservadores. Felizmente via redes sociais nos é dado a oportunidade democrática
de saber a verdade através da chamada “boca a boca virtual”. Por esse meio foi
possível arregimentar mais de um milhão de pessoas na tarde de 20/Junho/2015
(num sábado com chuva), para defender a beleza da família, ao dizer não à
pestilenta “ideologia de gênero”, ocorrida na praça de São João de Latrão em
Roma (*). O chamamento para o “defendemos nossos filhos”, com diversos cartazes
“sim a família tradicional”, “a família salvará o mundo”, “vamos defender
nossas crianças”, teve apoio de várias correntes de fé, como cristãos católicos
e evangélicos, muçulmanos e judeus; logicamente, não da grande mídia.
Essa
monumental reação familiar ocorrida na Itália deverá ser um bom exemplo para o
Brasil, pois em muitas das nossas escolas – de modo sorrateiro, quando todo
mundo está plugado nas porno-novelas, e sem qualquer consulta pública aos pais
– nossas crianças estão sendo “doutrinadas” por esta absurda teoria contrária
às leis da natureza, sem qualquer fundamento científico e, muito pior, contra à
Lei Divina para nós cristãos. A ideologia de gênero foi definida pelo Papa
Francisco como um “erro da mente humana”, que ameaça prejudicar a serenidade
psicossexual de gerações inteiras.
Permitimo-nos
tirar algumas contradições dos gurus da dita “ideologia de gênero”. Por
exemplo, dizem: - não existe “homem” e “mulher”; “Sexo” seria um fato biológico
e “gênero” uma construção social. Estranhamente, que construção social seria
essa quando gênero, etimologicamente, nos remete à definição sexual como fato
biológico? Por esse viés, não poderiam existir os conceitos “homossexual” e
“heterossexual”; quer queira ou não, o termo gênero, na ótica social, nos induz
à visão sexual nitidamente biológica. Conclui-se que a “ideologia de gênero”
destrói os mesmos direitos dos “homossexuais” e combate os que lutam pelos
direitos deles.
Outra
contradição (existem “n”), o “gay” não pode mudar de orientação, uma vez que é,
deverá ser sempre, está no seu “dna”; mas o heterossexual pode e até deve mudar
de orientação sexual se isto lhe compraz(?)
Mais
absurdo se torna quando nos deparamos com as condições científicas da
sexualidade humana; o sexo de cada um está codificado em seus genes – XX para a
mulher, XY para o homem. Portanto, é impossível fisiologicamente mudar o sexo
de uma pessoa, pois a identidade sexual “está escrita em cada célula do corpo e
pode ser determinada por meio do teste do DNA”, ou seja, não pode ser mudado. O
procedimento cirúrgico que a moderna tecnologia permite para mudança de sexo é
apenas uma externalidade, jamais mudará seu caráter intrínseco que está nas
células e na sua psique. Por isso, quando se quer identificar o gênero sexual
de uma múmia ou um fragmento de um ser humano de milhares de anos passados
aplica-se o teste de DNA.
A
“Ideologia da Ausência de Sexo”, produzido nos laboratórios de engenharia
social da corrente marxista, evidenciam a rebelião contra um Deus Criador;
segundo suas demências materialistas-ateístas, os dois sexos masculinos e
femininos são construtos culturais, por efeito, sujeitos a modificações de
interesse ao sabor das pessoas envolvidas. Relativismo puro.
A
mensagem ou reivindicação na Itália era de um país real, para a maioria
esmagadora: “a família é aquela que se baseia no casamento entre um homem e uma
mulher, e nossos filhos têm o direito a uma mãe e a um pai” na palavra de seu
organizador Massimo Gandolfini.
Antes que
se alastre esta peste moral e se perca o controle, chegou a hora dos pais das
famílias brasileiras se posicionarem rigorosamente a favor da família, da Lei
de Deus que criou o maravilhoso par humano: homem e mulher. Os inimigos de Deus
querem as almas de nossas crianças... Por isso, ”tirem as mãos sujas dos nossos
filhos”.
Sergio Sebold
Economista e Professor
Independente
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ZENIT
Católicos Online
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