A missa de corpo presente e o cortejo de Frei
Antônio Moser, 75 anos, foi acompanhado por mais de duas mil pessoas, que ao
longo do caminho, da Catedral de Petrópolis ao Cemitério Municipal de
Petrópolis, não escondiam a emoção e carinho pelo frade, que entre muitos
trabalhos dedicava-se a defesa do ensinamento de Cristo.
Frei Antônio Moser morreu na manhã de quarta-feira,
vítima de assalto na Estrada Washington Luís, que se dirigia para o aeroporto
onde pegaria um avião para São Paulo, quando gravaria sua participação num
programa da Tv Canção Nova.
A missa de corpo presente, celebrada por cinco
bispos, na Catedral de Petrópolis, foi presidida pelo bispo franciscano da
Diocese de Santa Amaro, Dom Fernando Antônio Figueiredo. Entre os bispos
presentes na missa estava Dom Gregório Paixão, OSB, Bispo de Petrópolis. Ele
falou sobre o legado deixado por Frei Moser, seja na área social como na
educação e em diversos trabalhos que desenvolvia, como a direção da Editora
Vozes. “É uma grande perda para Igreja e para cidade. Era um homem de profunda
fé e por isso cuidava com zelo dos mais pobres”.
Dom Fernando Figueiredo iniciou sua homilia lembrando
que Frei Moser era incansável e chegou a brincar dizendo que “ele era
apressadinho”, o que fez com que todos rissem, apesar da tristeza pela morte do
amigo. “Ele era um amigo sincero. Com sua morte ele assumiu a vida eterna e
pela esperança temos a certeza do encontro com este irmão amoroso, carinhoso e
cheio de fé”, disse.
Durante a homilia, um dos momentos de emoção, foi
quando Dom Fernando ao se aproximar do caixão onde estava o corpo de Frei
Moser, agradeceu pela sua amizade. Ao final, o bispo franciscano pediu uma
salva de palmas em homenagem ao frei e emocionado encerrou sua homilia.
Ao final da missa, o Ministro Provincial, Frei
Fidêncio Vanboemmel disse que os frades e toda família franciscana estava muito
triste pela perda de Frei Moser. Frei Fidêncio, assim como outros frades, não
escondeu as lágrimas e emoção ao falar de Frei Moser. “Confesso que nós estamos
muito tristes, que nós frades necessitamos de um tempo de silêncio para nessa
hora discernir a vontade de Deus. Precisamos do silêncio para entender porque
tamanha brutalidade”, comentou o Ministro Provincial.
Frei Fidêncio conduziu as exéquias tendo ao seu
lado todos os frades da Ordem dos Frades Menores. Após esta oração, o caixão
com o corpo de Frei Moser foi levado pelos frades para fora da Catedral de
Petrópolis e, por sugestão de Dom Gregório Paixão, não foi colocado no carro do
Corpo de Bombeiros, mas levado pelos fiéis, amigos e frades pelas ruas de
Petrópolis.
O cortejo seguiu pela Avenida Koeler, passando pela
Avenida Roberto Silveira, seguindo para Rua Sete de Abril e Montecaseros até o
mausoléu dos franciscanos, onde aconteceu uma breve cerimônia, própria dos
franciscanos para o sepultamento de um frade.
Ao longo do cortejo eram muitos comentários e todos
lembravam do funeral de Frei Memória e Pastor Edelto, que teve a presença de
muitas pessoas, com manifestações inclusive no comércio com portas pela metade.
Outra comparação foi com o velório Padre Quinha, pois assim como ele, no
velório e sepultamento de Frei Moser pessoas de todos as classes sociais e
religiões estiverem presente em homenagem ao homem que era ligado a cultura,
artes e movimentos sociais, mas acima de tudo um sacerdote entregue a vontade
de Deus.
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Diocese de
Petrópolis
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