segunda-feira, 20 de março de 2017

Homilética: 4º Domingo da Quaresma - Ano A: "A luz que vem de Deus".


Celebrando o 4º Domingo da Quaresma, o Evangelho (Jo 9, 1-41) nos apresenta o tema da Luz.

Jesus unge os olhos do cego de nascença com lama feita a partir da saliva. Jesus como que inicia com um rito. Toca os olhos do cego, concedendo-lhe a visão. E, aos poucos no diálogo com ele, vai- lhe despertando a fé. E o cego acaba vendo, à luz da fé, que Jesus é o Filho do Homem. Acaba dando testemunho dele.

A cura do cego descreve o processo da fé de um homem, que vai passando das trevas da cegueira, para a luz da visão, e desta para a Luz da fé em Cristo. O “Cego” é um símbolo de todos os homens que renascem pela fé, acolhendo Jesus (no Batismo) e deixando-se conduzir pela sua palavra.

Tudo começa por uma pergunta dos discípulos a Jesus: “Por que esse homem nasceu cego?” ”Quem pecou para que nascesse cego: ele ou seus pais ?” (Jo 9,2). Jesus responde: “Nem ele, nem seus pais pecaram…” (Jo 9,3). Com essa resposta Jesus lembra o que os profetas já combatiam que era uma crença popular antiga que pensavam que o cego estava pagando pelos seus pecados ou dos seus antepassados. Trata-se de uma crença errada, semelhante ao absurdo da reencarnação. Esta é uma crença espírita, não é cristã. A Palavra de Deus nos diz: “os homens morrem uma só vez, depois vem o juízo” (Hb 9,27). A reencarnação é uma injustiça! É negar a obra redentora de Cristo e afirmar que é o próprio homem que se salva, por etapa, cada vez mais que se reencarna. É a onda do reciclável, como lixo.

“Nem ele, nem seus pais pecaram…”. Com isso Jesus quer nos ensinar que os segredos da vida pertencem a Deus! Se crermos no seu amor, se nos abandonarmos nas suas mãos, a maior dor, o mais inexplicável sofrimento pode ser confortado pela certeza de que Deus está conosco e nos fortalece. “Se Deus é por nós, quem será contra nós ?” Até na dor e no sofrimento Deus está presente.

O Papa Bento XVI dizia que “o domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: «Tu crês no Filho do Homem?». «Creio, Senhor» (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como «filho da luz»” (Bento XVI, Mensagem para a Quaresma de 2011).

O mundo hedonista, consumista e superficial não compreende isso! O cego é questionado pelas autoridades sobre a origem de Jesus. E ele mostra-se livre (diz o que pensa…); corajoso (não se intimida); sincero (não renuncia à verdade); suporta a violência ( é expulso da Sinagoga). Antes de se encontrar com Jesus, o cego é um homem prisioneiro das “trevas”, dependente e limitado. “Não sabe quem o curou…” Finalmente, encontrando-se com Jesus, que lhe pergunta: “Acreditas no Filho do Homem”, manifesta a sua adesão total: “Creio, Senhor”. Prostra-se e O adora. O caminho de fé do cego é um itinerário para todo cristão! São Josemaria Escrivá, em Amigos de Deus, nº 193, diz: “Que  exemplo de firmeza na fé nos dá este cego! Uma fé viva, operativa. É assim que te comportas com as indicações que Deus te faz, quando muitas vezes estás cego, quando a luz se oculta por entre as preocupações da tua alma? Que poder continha a água, para que os olhos ficassem curados ao serem umedecidos? Teria  sido mais adequado um colírio misterioso, um medicamento precioso preparado no laboratório de um sábio alquimista. Mas aquele homem crê, põe  em prática o que Deus lhe ordena, e volta com os olhos cheios de claridade”. Nesta Quaresma, somos convidados a viver a experiência catecumenal, renovando o nosso Batismo, mediante o Sacramento da Penitência (Confissão).

A Quaresma é um tempo que nos convida a fazermos uma boa Confissão dos nossos pecados, pois eles são a causa da nossa cegueira espiritual. O pecado nubla e ofusca a nossa mente,  mancha a nossa afetividade, debilita a nossa vontade. E assim adoecemos de cegueira espiritual, como este cego de nascença ( Evangelho ), que estava jogado fora do templo, pedindo esmola. Jesus exige que nos aproximemos dEle com fé que gritemos com confiança e que obedeçamos quando nos manda descer para banhar na piscina de Siloé da Confissão.

Quanto mais buscamos Jesus como Luz, mais nossa vida terá sentido! O nosso comportamento de cristão deve ser testemunho do Batismo recebido; devemos testemunhar com as obras que Cristo é para nós, não apenas luz da mente, mas também luz da vida. Não são as obras das trevas – o pecado – as que correspondem a um batizado, mas sim as obras da luz.

Deus conceda que a nossa fé seja mais profunda. Nós, como aquele que fora cego, começamos a ver somente pela iniciativa e pelo poder de Jesus; também foi pela ação misteriosa da graça que nós continuamos a buscar a Cristo e a adorá-lo. Há uma antiga oração da Igreja que pede a Deus que as nossas ações sejam precedidas, ajudadas e terminadas com o auxilio divino mostrando, dessa maneira, a nossa dependência total do Senhor. Seria terrível se algum dia nos invadisse uma espécie de autossuficiência espiritual. Seria o momento no qual Jesus nos diria, como outrora aos fariseus, que a nossa pretensão é o que nos cega (cfr. Jo 9,41).

Não nos consideremos grande coisa só porque participamos de uma determinada pastoral ou de determinado grupo; nem pensemos que seremos salvos porque somos desse ou daquele movimento; tampouco nos apoiemos numas obras que sabemos que são boas, mas que frequentemente estarão manchadas pelo egoísmo e pelo orgulho. A caminhada junto ao Senhor, as contínuas quedas no caminho rumo à santidade, a aparente repetição das lutas interiores que nós não sabemos explicar, deveriam levar-nos a uma profunda humildade, a confiar sempre mais na iniciativa de Jesus, a combater os nossos próprios defeitos em total dependência da ação divina e a adorar a Deus com todo o nosso ser.

Livre-nos Deus de toda pretensão. Ao contrário, devemos reconhecer constantemente que Jesus é o nosso único Salvador. É esse reconhecimento que nos faz fortes e audaciosos, não por nossa própria virtude, mas confiando em Jesus. Aprofundar na fé nos fará ver, cada vez mais, a importância de sermos pequenos diante de Deus. Essa pequenez é totalmente compatível com a visão de águia, ampla e audaciosa, que nós devemos ter.

Não podemos ficar lamentando-nos: “sou um pobre pecador”, “não posso nada”, “pobre de mim”. Não podemos paralisar-nos! Enquanto isso os inimigos de Deus e de sua Igreja trabalhariam para dominar. Não! Sabedores das nossas fraquezas, confiaremos na graça de Deus; conscientes da nossa pobreza, nos enriqueceremos com os tesouros imperecíveis do nosso Pai do céu. O cristão deve ser uma pessoa de fé cada vez mais profunda, humilde, simples; deve ser pequeno diante de Deus. Mas um filho de Deus deve ser também alguém que anda com a cabeça erguida, consciente da sua nobre condição e do seu dever de “comer o mundo”. Um maior crescimento na fé implica uma visão mais ampla das coisas e uma audácia antes não experimentada. Deus conta conosco!


Como o cego, após o encontro com Jesus, iluminado, manifestemos a alegria de sermos cristãos! “A alegria do discípulo não é um sentimento de bem estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar a boa nova do amor de Deus. Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é a nossa alegria” (DA, 29).

Comentário dos textos bíblicos

Leituras: 1Sm 16,1b.6-7.10-13a; Sl 22; Ef 5,8-14; Jo 9,1-41

Caríssimos irmãos e irmãs, neste dia em que a liturgia nos convida à alegria, enquanto continuamos o nosso itinerário penitencial da quaresma, lancemos o nosso olhar para a narração do Evangelho quee nos mostra a cura do cego de nascença (Jo 9,1-41). O milagre narrado pelo evangelista São João, onde mostra a história de um homem que, pelas mãos de Jesus, vai passando das trevas de sua cegueira física para a visão ocular da luz, e desta, para a iluminação da fé em Cristo.

Inicialmente podemos lembrar que os “cegos” faziam parte do grupo dos excluídos da sociedade palestina de então. As deficiências físicas eram consideradas, de acordo com a teologia oficial, como resultado do pecado. Os rabinos da época chegavam a discutir de onde vinha o pecado de alguém que nascia com uma deficiência: se o defeito era o resultado de um pecado dos pais, ou se era o resultado de um pecado cometido pela criança ainda no ventre da mãe.

Segundo a concepção da época, Deus castigava de acordo com a gravidade da culpa. A cegueira era considerada o resultado de um pecado especialmente grave: uma doença que impedisse o homem de estudar a Lei era considerada uma maldição de Deus por excelência. Pela sua condição de impureza notória, os cegos eram impedidos de servir de testemunhas no tribunal e de participar nas cerimônias religiosas no Templo.

Jesus rejeita esta teoria e afirma: “Nem ele, nem seus pais pecaram” (Jo 9,3). Diante do homem marcado por sua limitação e pelo sofrimento, Jesus não pensa em possíveis culpas, mas na bondade de Deus que criou o homem para a vida.  Jesus aproveita esta ocasião para mostrar que a missão que o Pai lhe confiou é a de ser “a luz do mundo” e encher de luz a vida dos que vivem nas trevas. No texto vemos ainda que Jesus passa das palavras aos atos e prepara-se para restituir a vista ao cego (v. 6-7), começando por cuspir no chão, fazer lodo com a saliva e ungir com esse lodo os olhos do cego. O gesto de fazer lodo reproduz, evidentemente, o gesto criador de Deus, que do barro, modelou o homem (cf. Gn 2,7).  A saliva transmitia a própria força ou energia vital, equivalente ao sopro de Deus, que deu vida a Adão (cf. Gn 2,7). Assim, Jesus juntou ao barro a sua própria energia vital, repetindo o gesto criador de Deus. A missão de Jesus é criar um homem novo, animado pelo Espírito de Jesus. No entanto, a cura não é imediata: requer-se a cooperação do enfermo. “Vai lavar-te na piscina de Siloé”; diz Jesus ao cego.

A palavra “siloé” vem do hebraico e significa “enviado”.  O cego, para recuperar a visão deve lavar-se, por ordem de Jesus, na piscina chamada “enviado” e, com isto, o homem começa a ver.  A humanidade, para poder “ver” as obras de Deus precisa também banhar-se no “enviado do Pai” que é o próprio Jesus.  A fé, a aceitação de Cristo como o enviado do Pai e Salvador, abre nossa vida para uma nova visão de Deus e do mundo.

O evangelista São João tem o cuidado de explicar que “Siloé” significa “enviado”, o que parece ser uma alusão à água de Jesus, o enviado do Pai. Essa água que torna os homens novos, livres das trevas; água que traz a vida, como disse à mulher samaritana (cf. Jo 4,5-42).  Mas é pelo sacramento do batismo que saímos das trevas para viver na luz, como homens novos.  Jesus, ao enviar o jovem cego à piscina de Siloé, quer mostrar que os olhos da fé começam a se abrir através do Batismo, quando recebemos precisamente o dom da fé.  Por isso, na antiguidade o batismo se chamava também “iluminação”, e receber o batismo é ser iluminado.

A imagem do cego, dependente e inválido, transformado em homem livre e independente, leva os seus concidadãos a interrogar-se. Essa cura suscita uma discussão, pois Jesus a realiza no dia de sábado, violando, segundo os fariseus, o preceito festivo. Deste modo, ao final da narração, Jesus e o cego são expulsos da sinagoga pelos fariseus: um por ter violado a lei e o outro porque, apesar da cura, é identificado como pecador de nascença.

O caminho do cego no campo da fé é feito por etapas, que começa com o conhecimento do nome de Jesus: “Aquele homem que se chama Jesus fez lodo e ungiu-me os olhos” (v. 11). Posteriormente, mediante as perguntas insistentes dos doutores da lei, passa ele a identificar Jesus como um profeta (v. 17) e, em seguida, um homem que está próximo de Deus (v. 31). Depois de ter sido afastado do Templo, excluído da sociedade, Jesus encontra novamente com o homem que era cego e novamente abre os seus olhos, desta vez para a fé, revelando a sua própria identidade: “Eu sou o Messias”, assim lhe diz. Nesta altura, aquele que era cego exclama: “Creio, Senhor!”, e prostra-se diante de Jesus (v. 38).

Em oposição à fé do cego curado está o endurecimento do coração dos fariseus que não querem aceitar o milagre, porque rejeitam acolher Jesus como o Messias. A multidão, ao contrário, detém-se a discutir sobre o que aconteceu e permanece distante e indiferente. Os próprios pais do cego sentem-se amedrontados pelo juízo dos outros.

A imagem da “luz” e das “trevas”, utilizada no texto, aparecia frequentemente na catequese primitiva. Para o apóstolo Paulo, viver nas “trevas” é viver longe de Deus; ao passo que viver na “luz” é acolher o dom da salvação que Deus oferece, aceitar a vida nova que Ele propõe, tornar-se “filho de Deus”. Os cristãos são aqueles que escolheram viver na “luz” (cf. Ef 5,8-14).  Mais ainda: o cristão não é só chamado a viver na “luz”, mas também a dar testemunho da “luz”.

Também nós, por causa do pecado original nascemos “cegos”, mas na pia batismal fomos iluminados pela graça de Cristo. No rito do Batismo, a entrega da vela, acesa no grande círio pascal, símbolo de Cristo Ressuscitado, é um sinal que ajuda a compreender o que acontece quando recebemos este sacramento.

Hoje, somos convidados a abrir-nos à luz de Cristo para dar fruto na nossa vida. Somos chamados para caminhar decididamente pela vereda da santidade. Ela tem a sua origem no Batismo. Também nós fomos iluminados por Cristo no Batismo, para podermos ser como “filhos da luz” (Ef 5, 8), com humildade, paciência e misericórdia. Nestes dias em que estamos nos preparando para a Páscoa reavivemos em nós o dom recebido no Batismo.

Este encontro de Jesus com o cego de nascença, o fez adquirir tanto a visão física quanto a visão da fé.  Tendo sido procurado por Jesus, e dando-se conta de tratar-se do Messias, prostrou-se diante dele, fazendo sua confissão de fé:  “Eu creio, Senhor!”.  Peçamos também nós ao Senhor que nos cure da cegueira pessoal e da cegueira espiritual, para que possamos abrir os nossos olhos à luz dos valores evangélicos: a vida e o amor, o trabalho e a justiça, a convivência e a solidariedade com os irmãos, para renovarmos assim nossa opção batismal.


Deixemos que o Senhor Jesus também nos cure, Ele que deseja dar a cada um de nós a luz de Deus!  Estejamos também conscientes da nossa cegueira, das nossas miopias, que nos impedem de tomar consciência do nosso próprio pecado (cf. Sl 18,14).  Possamos abrir o nosso coração à luz do Senhor. Confiemos à Virgem Maria o caminho quaresmal que estamos percorrendo neste dias, para que também nós, como o cego curado, com a graça de Cristo, possamos progredir rumo à Luz, que é o próprio Cristo, e renascer para uma vida nova. Assim seja.

PARA REFLETIR

O Evangelho de hoje é mais uma belíssima catequese batismal que nos prepara para a santa Páscoa. Não esqueçamos que em muitas paróquias adultos estão terminando seus preparativos para o Batismo.

No Domingo passado, no Evangelho da Samaritana, vimos que Jesus é o Messias que dá a verdadeira água do Espírito Santo, água que jorra para a vida eterna.

Neste hoje, “ao passar, Jesus viu um homem cego de nascença”. Esse homem simboliza os judeus; pode simbolizar também a humanidade toda. Os discípulos, apegados a uma crença popular antiga, tão combatida por Jeremias e Ezequiel, pensavam que o cego estava pagando pelos pecados seus ou dos seus antepassados. É a uma crença errada, semelhante à superstição da reencarnação: “Quem pecou para que nascesse cego: ele ou seus pais?” Não há resposta, não há explicação! Os segredos da vida pertencem a Deus! Se crermos no seu amor, se nos abandonarmos nas suas mãos, a maior dor, o mais inexplicável sofrimento pode ser confortado pela certeza de que Deus está conosco e nos fortalece: “Nem ele nem seus pais pecaram: isso serve para que as obras de Deus se manifestem nele!” Até na dor e no sofrimento Deus está presente quando somos abertos à sua presença. Pena que nosso mundo superficial e incrédulo não compreenda isso… Se se abrisse para Jesus, o Inocente crucificado e morto… Na sua luz, contemplamos a luz da vida: “Enquanto estou no mundo, eu sou a luz do mundo!” Mas, o nosso mundo se fecha na sua racionalidade cega e orgulhosa…

Jesus, cospe no chão e faz lama. A saliva, para os judeus, continha o espírito; simboliza, então, como a água, o dom do Espírito. Depois, Jesus ordena: “Vai lavar-te na piscina de Siloé!” É a piscina do Enviado de Deus, do Messias, imagem da piscina do nosso Batismo, na qual somos iluminados pelo Senhor que é luz do mundo! Por isso o homem vai e retorna vendo. Eis o que é o cristão, o discípulo de Cristo: aquele que era cego, foi lavado na piscina batismal e voltou vendo. Porque ele vê, os judeus o expulsam da sinagoga, como o mundo também nos expulsa de sua amizade a apreço! Não somos do mundo, como o Senhor nosso não é do mundo; ele nos separou do mundo! Agora, curado da cegueira, aquele que foi iluminado pode ver Jesus; ver com a fé, ver a realidade mais profunda, ver que ele é o Senhor, Filho de Deus: “’Acreditas no filho do Homem?’ ‘Quem é, Senhor para que eu creia nele?’ Jesus disse: ‘Tu o estás vendo; é aquele que está falando contigo!’” Para isso te curei, para isso fiz-te enxergar! “’Eu creio, Senhor!’ E prostrou-se diante de Jesus!”

Também nós fomos iluminados pelo Cristo no Batismo. Para nós valem as palavras de São Paulo:“Outrora éreis treva, mas agora sois luz no Senhor! Vivei  como filhos da luz! Não vos associeis às obras das trevas!” Eis, caros irmãos: iluminados por Cristo não podemos pensar como o mundo, sentir como o mundo, agir como o mundo! Devemos viver na luz e ser luz para o mundo! Mas, não é fácil; não basta querer! Sem a graça do Senhor, nada conseguiremos, a não ser sermos infiéis! Por isso a necessidade dos exercícios quaresmais; por isso a oração, a penitência e a  caridade fraterna, por isso a necessidade da confissão de nossos pecados! Não nos esqueçamos: não poderemos zombar de Cristo: seremos julgados na sua luz: “Eu vim a este mundo para exercer um julgamento, a fim de que os que não vêem vejam e os que vêem se tornem cegos!” – Eu vim para revelar a luz aos humildes, aos que se abrem à minha Palavra e à minha Presença, e vim revelar a cegueira do mundo confiado na sua própria razão, na prepotência de seus próprios caminhos! Porque este mundo diz que vê, que sabe, que está certo, seu pecado permanece! Somente se abrir-se para a luz do Cristo, caminhará na luz e enxergará de verdade!

E nós, caminhamos na luz ou permanecemos nas trevas? Que o Senhor ilumine a nossa vida. Amém!

Um comentário:

  1. obrigado pelos comentários ajudou- bastante na preparação da homilia
    paz e bem.

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