Uma pintura da Virgem Maria com o Menino Jesus em uma igreja em Qaraqosh (Iraque) se salvou da
fúria do grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS), que costuma destruir imagens religiosas, cruzes e igrejas quando
invade cidades cristãs.
Segundo
indicou o Pe. Luis Montes, sacerdote missionário do Instituto do Verbo
Encarnado (IVE), através de uma publicação em sua conta no Facebook, esta
imagem da Mãe de Deus se encontra em uma parede do pátio da Igreja da
Imaculada, na cidade de Qaraqosh.
Quando o Estado
Islâmico invadiu Qaraqosh em 2014 – que até então era a maior cidade cristã do
Iraque –, destruiu os templos, as casas e as empresas dos cristãos.
Os
jihadistas incendiaram a Igreja da Imaculada e quebraram as imagens. Inclusive
atiraram em várias estátuas.
“Mas essa imagem se
salvou, não sabemos porque. Sim, sabemos que é uma grande alegria vê-la!”,
expressou o sacerdote, que visitou as cidades cristãs de Bartalla e Qaraqosh,
que foram libertadas do controle do ISIS em 2016.
O Pe.
Montes contou que este acontecimento lhe recordou como a Virgem Maria “foi
instruída por Cristo para ser também a nossa mãe. E por amor ao seu Filho, Deus
amou os seus filhos pecadores com um amor incomparável”.
“Ao ver
esta imagem intacta não podia deixar de pensar em sua proteção constante para
conosco. Uma proteção que os cristãos perseguidos conhecem e proclamam
insistentemente”, afirmou o sacerdote do IVE.
Em seguida,
acrescentou: “Não sabemos por que o ISIS a respeitou, mas é como um símbolo do
seu amor de mãe que sussurra no nosso ouvido: ‘Não se preocupe, pois eu estou
aqui’”.
Pe. Montes
também indicou que os membros do Estado Islâmico entraram no Mosteiro de São
Behnam. “Colocaram uma dinamite na tumba do santo e se deram ao trabalho de
destruir com marretas, machados e martelos todas as imagens de pedra de todos
os santos, especialmente os rostos”.
Para seguir
mostrando os atos de vandalismo realizados pelos jihadistas contra lugares
cristãos, o sacerdote publicou outra foto no seu Facebook, a qual mostra a
torre do campanário da igreja de São Behnam e Santa Clara em Qaraqosh.
Em outra publicação em
sua conta do Facebook, o sacerdote argentino expressou como se sentiu ao entrar em uma igreja destruída pelo ISIS na aldeia cristã de Bartalla.
“Entrar ali
causa uma impacto muito forte ao ver o lugar santo queimado, vandalizado,
profanado. Fiquei sem palavras ao ver o que tinha visto nas fotos e
testemunhos. Fiquei impressionado”, afirmou.
“Ao ver o
chão, as paredes e os tetos cheios de cinzas, os bancos jogados em qualquer canto,
as imagens quebradas, espalhadas, pisadas, os livros sagrados queimados,
percebi de maneira muito forte o ódio que causou tudo isso, ódio que é resumido
em uma frase: rechaço a Cristo e a sua cruz. O mesmo ódio que ataca os templos
de Cristo ataca os templos vivos que são cristãos. Não se conformam em
subjugar, querem apagar toda a memória do Redentor, que desapareça da face da
terra”, acrescentou.
Em janeiro
deste ano, o porta-voz do Ministério das Relações Religiosas da região autônoma
do Curdistão, Mariwan Naqshbandi, indicou que, durante os dois anos em que o
Estado Islâmico (ISIS) dominou a planície de Nínive e Mosul, foram destruídos
pelo menos 100 lugares de culto. A maioria eram templos cristãos.
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ACI Digital
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