No seu
programa habitual, chamado Romaria, com conexão direta “Vaticano – Aparecida”,
a Rádio Vaticano entrevistou quinta,
7 de abril, o arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti, que participa da 54ª
Assembleia Geral dos bispos do Brasil.
O
Arcebispo de Maringá expressou uma crítica contra o documento sobre a
“conjuntura nacional” apresentado na abertura da Assembleia.
Segundo
Dom Anuar, apesar de bem elaborado e compilado, em nenhum momento, o texto
contemplou a palavra corrupção.
Ao citar
o livro do Papa “O nome de Deus é misericórdia”, em que Francisco diferencia
corruptos de pecadores – assim como também havia refletido na Casa Santa Marta
– o arcebispo disse que vai lutar para que o documento conclusivo dos bispos ao
final da Assembleia sobre a conjuntura nacional considere esta distinção,
porque a “corrupção está sangrando o Brasil”.
“Eu penso
que este discurso do Papa, fazendo esta distinção entre pecador, sim, corrupto,
não, deveria aparecer na mensagem final da CNBB”, afirmou Dom Anuar e
acrescentou: “Vou lutar por isso, para que, ao menos, apareça isso”.
Segundo o
arcebispo “uma das falhas na apresentação da conjuntura nacional do Brasil, que
foi muito bem feita, realmente uma análise profunda, foi que, porém, nenhuma
vez nesta análise apareceu a palavra corrupção. Isso é muito sério. Falar de
uma conjuntura nacional sem apontar a corrupção é uma falha tremenda”, disparou
o prelado. “É o que está sangrando hoje o Brasil. De todos os mais de 60
políticos que já foram presos, foram todos por causa de roubo, realmente
roubo”, disse.
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ZENIT
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