Os ataques
laicistas se multiplicam a cada dia na Espanha e cada vez mais comunidades
autônomas os sofrem. O partido ‘Podemos’ é um dos principais impulsionadores de
todas as iniciativas contra a religião católica, embora não sejam os únicos. Há
ainda a esquerda, associações contra os católicos e inclusive cidadãos que nada
têm que ver com as partidas.
Se for analisar
os últimos seis meses, encontram-se diferentes assaltos e ofensivas a igrejas,
desprezos aos católicos e suas tradições… mas todas elas têm um fim comum: que
a Igreja Católica
deixe de estar presente na vida
pública da Espanha.
A seguir, alguns
dos casos mais conhecidos de ataques laicistas:
Semana Santa
de Ferrol
O prefeito do
Partido ‘Podemos’, Jorge Suárez, decidiu reduzir os subsídios municipais e a
grande afetada destes recortes foi a Semana Santa. O prefeito pretendia reduzir
o valor das procissões e acabar com uma celebração histórica, declarada de
Interesse Turístico Internacional.
Fechamento
de capelas universitárias em Oviedo
Por um lado, a
capital asturiana viu como a associação ‘Europa Laica’ (Europa Leiga) pediu o
fechamento de capelas em universidades públicas. Além disso, Pedro Sánchez em
seu programa pretendia retirar os símbolos religiosos dos lugares públicos,
entre elas estava Cruz da Vitória da bandeira asturiana.
Exposição
sacrílega em Pamplona
A Prefeitura
permitiu a exposição sacrílega de Abel Azcona, uma montagem realizada com mais
de 200 hóstias consagradas roubadas durante as Missas, com as quais o “artista”
formou a palavra pederastia.
Tentativa
de expropriação da Catedral de Jaca
Foi uma nova
tentativa de expropriar a Catedral de Jaca e que recorda a ofensiva feita pela
esquerda para realizar o mesmo com a mesquita-catedral de Córdoba há um ano. A
campanha procurava a expropriação e que a Catedral deixasse de estar nas mãos
da Igreja.
Foi uma
iniciativa de Pablo Echenique, presidente de ‘Podemos Aragón’, e do Movimento
para um Estado Leigo, associação aragonesa que persegue a devolução do
patrimônio artístico/cultural eclesiástico ao povo e a lei de eutanásia, entre
outros fins.
Pichações
em uma Igreja em Lérida
“Pretendemos atacar
aberta e diretamente a direita ultracatólica e a ofensiva conservadora”,
afirmou a organização Arran, pertencente às juventudes da CUP, em um comunicado
no qual reivindicam a autoria das pichações nas paredes da fachada da igreja. A
organização Arran promove a luta feminista e a desobediência.
Proibição
de uma procissão em Palafolls e Hospitalet
Uma multidão
decidiu apoiar os legionários enquanto escoltava um Cristo crucificado nas
cidades catalãs. A prefeita havia proibido a procissão pela presença de
legionários na comitiva, mas as procissões se converteram em um ato pela
liberdade religiosa.
“Pai
Nosso blasfemo” em Barcelona
O Pai Nosso
blasfemo que a poetisa Dolors Miquel leu ao receber o prêmio Ciutat de
Barcelona no último dia 15 de fevereiro chegou aos tribunais. Mas não é o único
ataque que receberam os cristãos na cidade catalã.
Ada Colau
pretendia expropriar e derrubar a Igreja da Santa María de Gracia, pois
considerava que o templo estava inutilizado.
Zombaram
dos cristãos de Nules
O humorista Xavi
Castilla foi contratado para atuar no município de Nules com um monólogo
humorístico, organizado pela companhia Pot de Plom. Entretanto, os vizinhos
reclamaram que “o próprio pôster anunciador é uma provocação e Xavi Castilla já
demostrou várias vezes que costuma zombar dos católicos, como parte importante
de sua ironia e de seu humor”.
Insultaram
a Igreja em Palma
Um estudante
decidiu apresentar como trabalho para a disciplina de desenho um videoclipe
através do qual não somente insultava a Igreja Católica, mas também fazia
comentários ofensivos contra os cristãos. A professora, ao invés de frear o
ataque laicista, decidiu premiar o jovem com uma qualificação excelente.
Fechamento
de capelas nos cemitérios de Valência
O município de
Valência, governado pelos esquerdistas de ‘Compromís’, fez várias proibições
nos cemitérios da cidade. Por um lado, querem mudar os nomes das capelas pelo
nome de “salas de cerimônia”. Além disso, querem retirar os crucifixos dos
locais públicos e ocultar as imagens da Virgem
dos Desamparados (padroeira de Valência), assim como os vitrais da Mãe de Deus.
Sem
presença institucional na Semana Santa de Murcia
O município de
Murcia chegou a debater uma moção apresentada por ‘Cambiemos Murcia’ para que
nesta Semana Santa não existisse “simbologia religiosa nos locais públicos que
dependam do município”.
Ataques
contra a liberdade religiosa em Ursina e Sevilha
O Guarda Civil
de Ursina prendeu duas mulheres por supostamente cometer um delito contra o
patrimônio histórico e outro contra a liberdade religiosa depois dos danos
causados à imagem de Jesus Nazareno de Ursina. Uma das presas subiu em uma mesa
situada junto ao altar e, com um objeto de pequenas dimensões, destruiu o rosto
da imagem e fugiu.
Por outro lado,
a cidade sevilhana enfrentou uma iniciativa promovida pelo IU-CA e apoiada por
‘Podemos’ a fim de separar “plenamente” a instituição municipal da religião.
Além disso, teve que imputar por um delito contra os sentimentos religiosos
três mulheres que participaram de uma procissão blasfema.
Os
hospitais em Castilla La Mancha sem capelães
O socialista
Emiliano García-Page decidiu impor o laicismo em Castilla La Mancha. Primeiro
fez um acordo com ‘Podemos’, partido com o qual governa, para reduzir o
financiamento da educação concertada (centros de natureza privada, mas
subvencionados pelo governo), e agora aprovou uma Proposição a fim de eliminar
os capelães dos hospitais. Esta medida afetaria os 19 hospitais e deixaria sem
assistência espiritual milhares de doentes católicos.
Madri, a
capital do laicismo
O vereador de
‘Ahora Madri’, Guillermo Zapata, decidiu trocar o nome das festas de um bairro
madrileno. Por isso, já não são chamadas festas da Virgem do Pilar, mas festas
do bairro do Pilar.
Rita Maestre,
porta-voz do município de Madri, invadiu a capela da Universidade Complutense,
em 2011, e agora se agarra ao cargo, apesar de ter sido multada e condenada como
autora de um delito contra os sentimentos religiosos.
E a prefeita
Manuela Carmena também realizou ataques laicistas. Decidiu retirar os presépios
da capital e substituiu a tradicional Cavalgata de Reis, além de patrocinar uma
apresentação de bonecos que zombavam da religião católica, nos quais batiam nas
religiosas.
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ACI Digital
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