Outra capela
católica foi incendiada na madrugada da última terça-feira, 12 – segundo
informou a Agência Fides – na região de Antiquina, na cidade de Cañete, região
de Biobio . Segundo informações da polícia, o incêndio doloso destruiu
completamente a estrutura que dependia da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo.
Como nos incêndios precedentes aos lugares de culto , também ali foi encontrada
uma faixa com escritas que acusam a Igreja Católica de ser cúmplice do Estado
contra o povo mapuche.
Segundo
informações de Fides, no dia 2 de março foi desocupado o Seminário Mario
São Fidel, pertencente à Diocese de Villarrica, que foi ocupado por membros de
um grupo ativista da comunidade mapuche Trapilhue, que reivindica a propriedade
do terreno no qual se encontra o seminário. O líder deste grupo afirmou: “A
Igreja demonstrou ser um membro a mais do Estado, e não haverá paz enquanto a
Igreja não for expulsa do território mapuche.”Começou, portanto, a queima de
igrejas na área . No início de abril, foi incendiada também a igreja evangélica
da União Cristã, em Ercilla, e foram encontrados panfletos com a escrita:
“Todas as igrejas serão queimadas”.
O Bispo de
Temuco, Dom Hector Eduardo Vargas, numa entrevista a um jornal local, explicou
que “as igrejas queimadas se encontram nas comunidades mapuches. Devemos pensar
que estas igrejas foram construídas por eles mesmos. Os mapuches, como por
exemplo o grupo dos ‘loncos’, são os primeiros animadores das comunidades: Dão
catequese, são missionários leigos e até mesmo seminaristas. As pessoas agora
estão com medo. Esses ataques afetam não somente a Igreja, mas as próprias
comunidades locais”. “O povo mapuche é profundamente religioso”, sublinha o
bispo, “e a solução definitiva é o diálogo”.
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ACI Digital
Conhecei a verdade... Só ela vos libertará!
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