Levados pela inércia de uma classe política envolvida em muitos escândalos de corrupção os
últimos anos do Brasil foram marcados por grandes manifestações pacíficas –
lideradas por movimentos de rua, apartidários – que levaram milhões e
milhões de brasileiros a pedir a retirada da atual presidente da república,
Dilma Rousseff, e do seu partido, o PT, do poder.
Associados aos
governos mais socialistas da América Latina, como Venezuela, Cuba, Bolívia,
Equador, o Partido dos Trabalhadores, que fundou em 1990 o Foro de São Paulo,
cujos fundadores foram Luis Inácio Lula da Silva e Fidel Castro, encontra-se em
um momento de queda brusca da sua popularidade.
O crime
principal do qual se acusa a chefe de governo do Brasil, nesse processo de
impedimento, foi o de esconder da nação uma dívida de mais de 60 bilhões de
reais, realizar gastos sem a aprovação da Câmara, e levar à ruína a economia do
Brasil, assim, induzindo o povo a votar nela nas últimas eleições de 2014.
A situação do
Brasil é caótica: mergulhado no caos econômico, com mais de 10 milhões de
desempregados, além de uma crescente violência urbana, com mais de 70 mil
assassinatos por ano, péssima educação, saúde precária…
Mas, com tudo
isso, o brasileiro foi às ruas no domingo, vestidos com as cores da bandeira nacional
(verde e amarelo), cantando e falando palavras de ordem, aplaudindo as forças
policiais, e em perfeita harmonia – na grande maioria das cidades – com o fim
de acompanhar a votação dos deputados.
Em Brasília,
capital do país, o governador da cidade ordenou a colocação de um forte esquema
de segurança a fim de evitar o confronto entre os grupos pró e contra o
governo. Um muro dividiu o gramado em frente ao planalto. Muro que ficou só
decorativo porque em todo o evento abundou um espírito de paz, alegria, e muita
festa. Até crianças e idosos participaram em meio aos grupos pró-impeachment,
que foi, sem dúvida o que mais reuniu cidadãos brasileiros.
Já os grupos
pró-governo – minoria na maioria dos lugares, segundo a imprensa local –
vestiam camisas vermelhas e carregavam bandeiras do Partido dos Trabalhadores.
Agora o processo
foi entregue ao Senado Federal que formará uma comissão e votará o impedimento.
Estima-se que até o dia 10 de maio aconteça tal votação. Sendo aprovado no
Senado a presidente da república, Dilma Roussef, será afastada do cargo pelo
prazo de 180 dias e o vice-presidente assume o governo com uma nova equipe.
Antes do final desses 180 dias o Senado, dirigido pelo presidente do Supremo
Tribunal Federal fará uma nova votação definitiva para o afastamento da
presidente.
A CNBB publicou
uma nota na semana passada, na qual os bispos destacaram – apesar de
permanecerem em uma posição neutra com relação ao impeachment – “Escândalos de corrupção sem precedentes na história do Brasil”, com “impacto devastador”.
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ZENIT
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