PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Quarta-feira, 20 de Abril de 2016
A palavra
de Deus ensina-nos a distinguir entre o pecado e o pecador: com o pecado, não
devemos descer a compromissos, ao passo que os pecadores – isto é, nós todos –
são como doentes que necessitam de ser curados e, para isso, o médico precisa
de se encontrar com eles, visitá-los, tocá-los. É claro que o doente, para ser
curado, tem de reconhecer que tem necessidade do médico. Ouvimos narrar o caso
daquela mulher pecadora que veio chorar seus pecados aos pés de Jesus, quando
Ele Se encontrava à mesa em casa de um fariseu chamado Simão. Este, embora
tenha convidado Jesus, não se quer comprometer nem arriscar a reputação com o
Mestre, enquanto a mulher se confia plenamente a Jesus com amor e veneração.
Pois bem! Entre o comportamento do fariseu e o da pecadora, o Senhor toma
partido por esta. Livre de preconceitos que impeçam a misericórdia de se
expressar, o Mestre deixa-a fazer o que lhe dita o coração: Ele, o Santo de
Deus, deixa-Se tocar por ela, sem medo de ficar contaminado. Mais ainda,
dirigindo-Se à mulher, diz-lhe: «Os teus pecados estão perdoados». E assim põe
termo àquela condição de isolamento a que pecadora fora condenada pelos juízos
impiedosos de Simão e seus correligionários fariseus. Agora a mulher pode ir
«em paz». O Senhor viu a sinceridade da sua fé e da sua conversão. Por isso,
acrescenta diante de todos: «A tua fé te salvou». Ressalta à vista de todos a
conversão da pecadora, demonstrando que, em Jesus, habita a força da
misericórdia de Deus, capaz de transformar os corações.
De
coração, saúdo os peregrinos brasileiros da Comunidade Obra de Maria e todos os
presentes de língua portuguesa. Sede bem-vindos! Que nada vos impeça de viver e
crescer na amizade do Senhor Jesus, e testemunhar a todos a sua grande bondade
e misericórdia! Desça generosamente a sua Bênção sobre vós e vossas famílias.
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Santa Sé
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