Em meio a paredes queimadas e um altar em ruínas,
os cristãos de Qaraqosh, no Iraque, viveram um momento comovente e simbólico no
domingo, 30 de outubro, quando puderam celebrar a Missa na Catedral da
Imaculada Conceição, após mais de dois anos sob o domínio do Estado Islâmico.
A Celebração Eucarística foi possível depois
que a cidade foi libertada na segunda quinzena de outubro pela ofensiva militar
da coligação internacional que tem por objetivo reconquistar Mossul,
considerada a “capital” dos jihadistas no Iraque.
De
acordo com a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que
Sofre (ACN), a Missa foi presidida pelo Arcebispo Católico siríaco de Mossul,
Dom Yohanna Petros Mouche, e concelebrada por outros quatro sacerdotes.
“Depois de dois anos e três meses de exílio, celebramos a Eucaristia na
Catedral que os jihadistas queriam destruir”, afirmou o Prelado, sublinhando a
importância simbólica desta primeira Missa para toda a comunidade cristã
iraquiana.
Qaraqosh era a sede do Arcebispado de Mossul e onde estava
situado o seminário maior e várias congregações religiosas femininas. A região
era ainda um dos últimos refúgios para os cristãos no norte do Iraque, antes de
ser ocupada, há dois anos.
Padre Majeed Hazem recordou ao site ‘Al Monitor’ os dias
dramáticos da fuga de milhares de cristãos em agosto de 2014, durante a
violenta invasão da Planície de Nínive pelos jihadistas.
Segundo o sacerdote, naqueles dias de violência, os cristãos não
tinham “outra escolha senão a conversão” ao islão ou a escravidão. “Fugimos
para preservar a nossa fé. Agora – declara – vamos precisar de proteção
internacional”.
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ACI
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