A Madre Teresa de Calcutá será canonizada em
setembro de 2016 depois do reconhecimento de um milagre atribuído à sua
intercessão e ocorrido no Brasil em 2008.
O milagre
O homem a quem aconteceu o milagre tinha na época
35 anos de idade e estava em lua-de-mel quando teve de ser hospitalizado às
pressas. No hospital, em Santos, ele foi diagnosticado com hidrocefalia e oito
abscessos espalhados pelo cérebro.
Durante a internação, sua esposa foi buscar ajuda
espiritual com o padre Elmiran Ferreira, da paróquia de Nossa Senhora
Aparecida, na cidade vizinha de São Vicente.
O padre lhe deu a medalhinha da Madre Teresa de
Calcutá, que a mulher colocou no travesseiro do marido no hospital, além de
rezar pedindo a sua intercessão pela cura.
Com o esposo inconsciente no Centro Cirúrgico, um
dos médicos saiu para buscar um dreno. Nesse ínterim, o homem acordou,
recuperou plenamente os sentidos e tomou café sozinho. A cirurgia, marcada para
o dia seguinte, foi cancelada.
A
confirmação
A Congregação para as Causas dos Santos recorre à
assessoria de uma equipe de 70 médicos e vários outros especialistas que
avaliam todos os estudos clínicos aos quais o indivíduo curado foi submetido.
Para que a cura seja considerada milagrosa, ela deve ter acontecido de forma
instantânea, completa, duradoura e cientificamente inexplicável.
No caso do milagre atribuído à Madre Teresa, o
exame por parte da Ordem dos Médicos, realizado meses depois do fato, levou ao
reconhecimento unânime por parte de um colegiado de sete médicos de que a cura
não tinha nenhuma explicação científica.
O Tribunal Diocesano, em seguida, ouviu 15
testemunhas e reuniu toda a documentação de comprovação do milagre, com cerca
de 400 páginas remetidas depois ao Vaticano.
Depois de examinar todo o processo, o Vaticano
confirmou hoje (18 de dezembro) que vai canonizar a Madre Teresa de Calcutá em
setembro de 2016.
A Madre
Teresa
A Madre Teresa de Calcutá nasceu na Macedônia em
1910, filha de pais albaneses.
Fundou em 1950 as Missionárias da Caridade e
dedicou mais de 40 anos aos pobres e doentes, em especial na cidade indiana de
Calcutá.
Recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1979.
Faleceu em 1997 e seu funeral em Calcutá mobilizou
toda a Índia, com a presença de chefes de Estado e governantes do mundo inteiro
e milhões de pessoas acompanhando o cortejo pelas ruas da megalópole.
João Paulo II a beatificou em 19 de outubro de
2003, em cerimônia com presença de 300 mil fiéis no Vaticano.
As Missionárias da Caridade são hoje uma rede com
mais de 4.500 religiosas que trabalham em 700 casas de mais de 130 países para
servir “aos mais pobres dos pobres”.
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Aleteia
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