Hoje, a Igreja celebra o dia do martírio dos Santos
Inocentes. Meditamos hoje sobre o evangelho de Mateus 2,13-18.
De Belém se vê, sobre uma colina, uma fortaleza em
ruinas: trata-se da tumba do rei Herodes. O lugar do nascimento de Cristo, ao
contrário, era uma gruta humilde.
Esses dois lugares diferentes caracterizam os dois
reis diferentes: devemos escolher entre eles. Um era soberbo e o outro manso e
humilde.
Herodes procurava eliminar todo rival, tanto que
mesmo sua família encontrava-se em perigo. Seu coração havia ficado cada vez
mais endurecido com o passar do tempo, devido ao seu pecado. Não teve piedade e
compaixão nem mesmo diante das crianças inocentes, que comemoramos hoje.
A sua morte nos põe diante de um paradoxo: eles são
mortos no lugar de Jesus, que veio ao mundo para morrer por eles.
Jesus, príncipe da paz, veio para reconciliar o
mundo com Deus, trazer o perdão aos pecadores e para nos fazer participar da
sua vida divina.
O evangelho ainda mostra de um lado a disposição de
José em aceitar a vontade de Deus a respeito de Jesus e, do outro lado, o mal,
a injustiça que frequentemente encontramos em nossa vida, concretizada na morte
pelo martírio das crianças Inocentes.
José nos oferece um testemunho bem claro de
resposta decidida perante o chamado de Deus. Nós nos identificamos com ele quando
devemos tomar decisões nos momentos difíceis de nossa vida e de nossa fé. Mas
ele dá para nós o exemplo: «Levantou-se de noite, com o menino e a mãe, e
retirou-se para Egito» (Mt 2,14).
Podemos, portanto, estar seguros, diante do menino
Jesus, que a atitude de José e também o oferecimento da vida de tantas crianças
inocentes nos colocam diante de situações sobre as quais precisamos do dom de
Deus para decidir sobre o que fazer para defender as crianças que padecem com a
violência doméstica ou social.
José nos oferece a experiência de deixar o lugar
social da morte até que as condições locais sejam novamente favoráveis à vida.
Que o sofrimento das crianças e a capacidade de
José de ver os sinais dos tempos a ponto de tomar as decisões necessárias para
salvar vidas possam nos animar a seguir os passos de Jesus tornando-nos
protetores principalmente daqueles que não têm voz nem vez no mundo.
_____________________________________________
Pastoral
Universitária UCDB
Nenhum comentário:
Postar um comentário