O
campo específico da graça – que em Cristo leva o homem a ser diretamente filho
do Pai Divino, o faz “nascer de Deus” e o liberta dos laços da culpa em que
vive longe de Deus – distingue-se claramente do campo da natureza.
De
fato, Cristo não seria um homem se não tivesse de agradecer a algum outro
homem, a Sua mãe. Efetivamente, na concepção, no parto e na educação deste
Filho, a mãe assumiu uma responsabilidade pessoal totalmente, a qual se
empenhou tanto no plano espiritual como no físico. Isso é tanto mais verdadeiro
se levarmos a sério as palavras do símbolo apostólico: “Nascido da Virgem Maria”.
Cristo,
portanto, “nascido de mulher” [1],
deve agradecer à sua mãe, porque, somente através de tal ato pode ser homem.
Em
nosso pensamento emergem as palavras de São Paulo e São João que descrevem a
Igreja como a “esposa” prometida a Cristo, que é conduzida a Ele, por Ele
purificada e que o invoca com saudade; palavras que descrevem a Igreja como a
“Esposa do Cordeiro”, que no fim dos tempos é unida a Ele como “carne de sua carne” (assim como Eva
brotou da “ferida” lateral de Adão e foi por ele conhecida como a verdadeira
companheira), como aquela unidade, existente por força d’Ele e n’Ele, que é
edificada e sustentada através da unidade de Sua Carne e Sangue oferecidos sob
a forma de pão e vinho)[2].
[1] “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou
seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4,4).
[2] Cf. Ef 5,23-29; Ap 19,7;21,9
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O Culto a Maria Hoje
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