A Diocese do Salt Lake City (Estados Unidos) publicou
recentemente o resultado de sua investigação no caso de um suposto milagre
eucarístico com uma “hóstia que sangra” em uma igreja local.
Segundo o relatório, a cor vermelha foi devido ao
mofo de pão e não a um milagre.
A Diocese norte-americana mencionou o caráter
milagroso de cada Missa e sublinhou a necessidade de que os católicos evitem
especulações sobre supostos milagres.
Em um comunicado publicado pela Diocese no dia 16
de dezembro, Dom Francis Mannion – sacerdote encarregado do comitê ad hoc para
a investigação do suposto milagre – explicou que “na história da Igreja, pela
Divina Providência, aconteceram milagres. O único propósito de um milagre é
obter um bem”.
Entretanto, assinalou que “falsas alegações de
milagres, por outro lado, causam danos aos fiéis e danificam a credibilidade da
Igreja”, e pediu aos leigos e sacerdotes “agirem com grande prudência” e evitar
“tirar conclusões imediatas”.
“Os católicos devem usar este tempo para renovar
sua fé e devoção no grande milagre da Real Presença que se dá em cada
Eucaristia”, disse.
O incidente envolvendo uma hóstia consagrada
ocorreu na igreja de São Francisco Xavier, em Kearns, um subúrbio do Salt Lake
City, em 8 de novembro.
Nessa ocasião, durante a Santa Comunhão, um membro
da paróquia devolveu ao celebrante uma hóstia consagrada que não tinha sido
consumida porque a criança que a recebeu ainda não tinha feito sua primeira
comunhão. A hóstia logo foi colocada pelo sacerdote em um recipiente com água
para que se dissolvesse.
Depois de vários dias, a hóstia apresentou manchas
vermelhas. Alguns paroquianos disseram que a hóstia parecia estar sangrando.
O administrador diocesano, Mons. Colin F.
Bircumshaw, designou uma comissão ad hoc de “indivíduos de distintos campos
para investigar o tema”. O grupo inclui peritos em teologia católica,
direito canônico, biologia molecular e sacerdotes.
Um cientista realizou cuidadosas provas na hóstia,
feito de forma reverente, e concluiu que a mudança poderia ser explicada
suficientemente por causas naturais, tais como o crescimento do mofo vermelho
de pão. O comitê concluiu exatamente o mesmo de maneira unânime.
Dom Mannion disse que a comissão para investigar o
caso foi renomeada, devido à “agitação causada pela antecipada e imprudente
exposição e veneração da hóstia”.
A cobertura midiática que surgiu após esta
exposição, indicou o sacerdote, produziu especulação “sobre o que causou a
mudança na cor da hóstia”.
O presbítero explicou ainda que a Igreja “presume
que a maioria das situações que parecem ser fenômenos extraordinários são, na
verdade, o resultado de causas naturais”.
O comitê mencionou também a necessidade de que determinem
protocolos adequados para os sacerdotes das dioceses nas quais aconteçam
situações semelhantes a estas no futuro.
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ACI Digital
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