Querem saber qual o grande mal do catolicismo no
Brasil? Ele tem nome, endereço, CEP, CPF, etc. Tem identidade! O grande mal se
chama "'teologia' da libertação" (com letras minúsculas mesmo),
entendida como tem sido entendida por muitos, no Brasil.
Tudo deriva deste câncer. Muitos homens e mulheres
da Igreja fizeram e ainda fazem ouvidos de mercador aos Documentos oficiais
sobre a correta impostação desta "teologia": "Libertatis
Nuntio", de 06 de agosto de 1984 e "Libertatis conscientia" de
22 de março de 1986. Este mal esteve, de certa forma, dissimulado durante os
pontificados de João Paulo II e Bento XVI. Agora, ressurge com sua monstruosidade,
produzindo as mais extravagantes situações, causando confusão entre os fiéis
católicos. Especialmente a primeira Instrução (Libertatis Nuntio) é de uma
clareza meridiana. Vale a pena reproduzir um parágrafo da Introdução:
“A
Congregação para a Doutrina da Fé não pretende tratar aqui o vasto tema da
liberdade cristã e da libertação em si mesmo. Propõe-se fazê-lo num documento
posterior, no qual porá em evidência, de maneira positiva, toda a sua riqueza,
tanto para a doutrina como para a prática.
A presente
Instrução tem uma finalidade mais precisa e mais limitada: quer chamar a
atenção dos pastores, dos teólogos e de todos os fiéis, para os desvios e
perigos de desvio, prejudiciais à fé e à vida cristã, inerentes a certas formas
da teologia da libertação que usam, de maneira insuficientemente crítica,
conceitos assumidos de diversas correntes do pensamento marxista.
Esta
advertência não deve, de modo algum, ser interpretada como uma desaprovação de
todos aqueles que querem responder generosamente e com autêntico espírito
evangélico à «opção preferencial pelos pobres». Nem pode, de maneira alguma,
servir de pretexto para aqueles que se refugiam numa atitude de neutralidade e
de indiferença diante dos trágicos e urgentes problemas da miséria e da
injustiça. Pelo contrário, é ditada pela certeza de que os graves desvios
ideológicos que ela aponta levam inevitavelmente a trair a causa dos pobres.
Mais do que nunca, convém que grande número de cristãos, com uma fé esclarecida
e decididos a viver a vida cristã na sua totalidade, se empenhem, por amor a seus
irmãos deserdados, oprimidos ou perseguidos, na luta pela justiça, pela
liberdade e pela dignidade humana. Hoje mais do que nunca, a Igreja propõe-se
condenar os abusos, as injustiças e os atentados à liberdade, onde quer que
eles aconteçam e quaisquer que sejam seus autores, e lutar, com os seus
próprios meios, pela defesa e promoção dos direitos do homem, especialmente na
pessoa dos pobres."
Dom Antonio Carlos Rossi Keller
Bispo de Frederico Westphalen
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Da página do facebook, reproduzido por O Fiel Católico
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