PAPA
FRANCISCO
AUDIÊNCIA
GERAL
Quarta-feira,
14 de dezembro de 2016
O
profeta Isaías convida a abrimo-nos à esperança, acolhendo a
Boa-Nova da salvação que está a chegar. O Senhor põe termo ao
exílio de Babilónia; e aquele «pequeno resto» que atravessou a
crise e continuou a crer e a esperar, mesmo no meio da escuridão,
aquele «pequeno resto» poderá ver as maravilhas de Deus. «O
Senhor mostra a força do seu braço poderoso (…) e todos os
confins da terra verão o triunfo do nosso Deus». Ele não abandonou
o seu povo, nem Se deixou vencer pelo mal. «Diz a Sião: “O rei é
o teu Deus!”». Estas palavras mostram a fé num Deus que Se
inclina misericordiosamente sobre o homem, para o libertar de tudo o
que desfigura nele a imagem de Deus. E a plenitude de tanto amor é
precisamente o Reino instaurado por Jesus, aquele Reino de perdão e
paz que chega no Natal e se realiza definitivamente na Páscoa. São
estes, irmãos e irmãs, os motivos da nossa esperança. Quando tudo
parece perdido, quando, à vista de tantas realidades negativas, se
torna difícil acreditar e vem a tentação de dizer que já nada tem
sentido, faz-se ouvir a Boa Nova: Deus está a chegar, para realizar
algo de novo, instaurar um Reino de paz, vem trazer liberdade e
consolação. O mal não triunfará para sempre, acabará a
tribulação. E nós somos chamados a ser homens e mulheres de
esperança, que proclamam a vinda deste Reino feito de luz e
destinado a todos. Esta mensagem é urgente! Devemos também nós
correr, como o mensageiro sobre os montes de que fala o profeta,
porque o mundo não pode esperar, a humanidade tem fome e sede de
justiça e paz.
Amados
peregrinos de língua portuguesa, saúdo-vos cordialmente a todos,
com votos de um santo Natal de Jesus, vivido com a mesma fé humilde
e obediente de Maria e José, que vos faça ver, na força inerme
daquele Menino, a vitória final sobre os poderes arrogantes e
rumorosos da terra. Bom Natal!
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Santa
Sé
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