quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Nigéria: terrorismo dos "Fulani" mata mais de 800 e destroi 16 igrejas em 3 meses.


“Nos últimos três meses, em mais da metade do território da parte meridional do Estado de Kaduna, houve uma intensificação dos ataques por parte dos Fulani Herdsmen Terrorist (FHT), um grupo terrorista de pastores nômades da etnia Fulani”.

A denuncia é de Dom Joseph Danlami Bagobiri, Bispo de Kafanchan, no Estado de Kaduna, durante uma visita à sede italiana da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

“No Ocidente, este grupo é quase desconhecido - observa o prelado - mas é o responsável, de setembro até hoje, pelo incêndio de 53 povoados, pela morte de 808 pessoas, pelo ferimento a outras 57, pela destruição de 1.422 casas e de 16 igrejas.

12 mil cristãos assassinados e mais de 2 mil igrejas destruídas pelo terrorismo

O bispo recorda que de 2006 a 2014, mais de 12 mil cristãos foram assassinados e 2 mil as igrejas destruídas pelo terrorismo na Nigéria. O maior responsável por estes crimes é o grupo fundamentalista islâmico Boko Haram. 

Dom Bagobiri ressalta que o Boko Haram não é o único grupo que espalha o terror no país africano, sublinhando o papel dos pastores Fulani nos últimos anos.

Os Fulani, quem são? Os Fulani são um grupo étnico nômade, protagonista há tempos de conflitos recorrentes com os agricultores da região.

Todavia, nos últimos tempos os ataques deixaram de ser um simples conflito entre agricultores e pastores, pois os Fulani passaram a usar “armas sofisticadas que antes não existiam, como AK-47, cuja origem é desconhecida”, ressalta Dom Bagobiri.
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Rádio Vaticano

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