Apesar dos covardes atentados cometidos neste Domingo de Ramos contra duas igrejas cristãs coptas do Egito, o Papa Francisco não vai cancelar a viagem ao país, que já estava
programada para os dias 28 e 29 deste mês de abril. As bombas detonadas durante
as celebrações mataram pelo menos 44 pessoas e feriram mais de cem. O governo
egípcio decretou estado de emergência por 3 meses.
A
confirmação de que a viagem do Papa Francisco está mantida foi oficializada
pelo Vaticano nesta segunda-feira, 10 de abril. Em entrevista ao jornal
italiano Corriere della Sera, monsenhor Angelo Becciù declarou:
“Não
há dúvidas de que o Santo Padre manterá o seu programa de visita ao Egito. O
que acaba de acontecer causou muita desordem e sofrimento, mas não pode impedir
a missão de paz do Papa”.
A
viagem do pontífice terá como lema “O Papa da paz no Egito da paz”.
O objetivo é prestar homenagem aos cristãos coptas vítimas de inúmeros
atentados no país e defender o diálogo civilizado entre as religiões.
Por
segurança, a programação dos dois dias da viagem pontifícia não especifica os
locais das reuniões. O que está confirmado é que o Santo Padre se encontrará
com o presidente egípcio Abdel Fattah al Sisi, com o grande imã da mesquita de
Al Azhar, Ahmed el Tayeb, e com Tawadros II, patriarca dos cristãos coptas
ortodoxos, que, na manhã deste Domingo de Ramos, tinha estado em uma das
igrejas atacadas, mas já havia saído quando ocorreu a explosão no local.
“Ao
meu querido irmão, Sua Santidade Tawadros II, à Igreja copta e a toda a querida
nação egípcia, expresso o meu profundo pesar“, declarou o Papa Francisco
durante o Ângelus deste domingo, no Vaticano.
Os
cristãos coptas
Os
cristãos coptas do Egito constituem uma das mais numerosas e antigas
comunidades cristãs do Oriente Médio e são vítimas de discriminação em todo o
país, tanto por parte da maioria muçulmana da população quanto das autoridades
egípcias.
Os
coptas se dividem atualmente em três grupos: a grande maioria, 90%, são
ortodoxos, liderados pelo patriarca Tawadros II; os restantes 10% se dividem
entre católicos, cujo patriarca é Ibrahim Isaac Sidrak, e protestantes.
Em fevereiro de 2015, 21 cristãos coptas
egípcios foram martirizados pelo grupo terrorista Estado Islâmico na costa da
Líbia.
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Aleteia
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