Na semana passada, o jornalista Merval
Pereira, de O Globo, noticiou que a Ministra da Cultura, Marta Suplicy, teria
ameaçado o Cardeal Dom Orani Tempesta de retirar da Igreja a tutela sobre a
imagem do Cristo Redentor, por meio de um decreto presidencial que já estaria
pronto para ser assinado pela presidente Dilma. Entretanto, neste sábado (2),
Merval admitiu que ambas as autoridades lhe telefonaram negando o ocorrido.
Bem, leiam o artigo do Merval – “Mentir é pecado” – e tirem
suas próprias conclusões. Afinal, a tal ameaça existiu ou não? A dúvida paira
no ar.
Tudo começou quando a Arquidiocese do
Rio não autorizou o uso da imagem do Cristo no curta “Inútil paisagem”,
dirigido por José Padilha. Em uma das cenas, a personagem de Wagner Moura
blasfema, acusa o Cristo de indiferença quanto aos problemas da cidade e ao
sofrimento humano, e acaba por lhe mandar uma “banana”. Depois, a Arquidiocese acabou
voltando atrás e liberou o uso da imagem para o filme.
Em uma coluna no Jornal O Globo (veja aqui), o professor João Ricardo Moderno argumentou muito bem ao dizer que estão negando à Igreja o direito de
legítima defesa do divino. “Qual líder autorizaria crime
contra sentimento religioso e vilipêndio de seu objeto de culto?”, questiona ele.
A Arquidiocese do Rio faz o devido
gerenciamento da imagem do Cristo, justamente para evitar abusos. O Cristo
Redentor é um ícone da cidade, muito representativo para todos os cariocas, mas
antes de tudo ele é patrimônio da Igreja, e é um santuário. O choro dos
anticatólicos é livre! É ridícula a ideia de que qualquer um pode chegar e
fazer o que bem entender com a imagem.
A cena do tal filme, além de
desrespeitosa, é totalmente desprovida de originalidade: essa história de
xingar Deus pela Sua suposta apatia diante dos males do mundo é um recurso
fácil e bocó, um clichê utilizado em grande parte das “produções culturais”
atuais. É filosofia rasteira digna de adolescente revoltado e retardado.
Nietzsche, de tão louco, se matou, mas
deixou entre nós sua semente de loucura e autodestruição. Os representantes da
cultura no Ocidente, de modo geral, estão seguindo a ideia de Nietzsche de
destruir todos os valores da civilização judaico-cristã. Esses mesmos valores
que tornaram possível a valorização das mulheres, o respeito à infância, o amor
ao debate (que ganhou força nas universidades medievais), a noção de direitos
humanos iguais para pessoas de todas as crenças e etnias, a assistência
organizada e sistemática as desvalidos… Tudo isso o Ocidente deve à Igreja.
Em troca, ganhamos o desprezo aos
nossos símbolos mais caros de fé, e nem ao menos reconhecem o nosso direito de
nos defender. Querem saber? Uma banana pra essa gente!
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Fonte: O Catequista
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