quinta-feira, 18 de junho de 2015

Na Síria, muitos assassinatos por causa da fé, diz Dom Gallagher


Devido ao agravamento da situação dos cristãos no Iraque e na Síria, tornamo-nos testemunhas das atrocidades inauditas perpetradas por muitas partes, mas de modo particular pelo chamado Estado islâmico, que obrigaram milhares de cristãos e de pessoas pertencentes a outras minorias religiosas a fugir das próprias casas. Muitos foram os assassinatos por causa da fé”. Palavras do Secretário para as Relações com os Estados, Arcebispo Paul Richard Gallagher, durante os trabalhos da Plenária da Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas orientais (Roaco), concluída esta quarta-feira (17) em Roma.

Ao ilustrar o compromisso da Santa Sé a nível político e diplomático em favor dos cristãos no Iraque e na Síria, Dom Gallagher evidenciou o modo como esta perseguição “tão grave e dolorosa, tenha despertado a consciência da comunidade internacional. Trata-se – observou – de uma questão importante, na qual estão em jogo princípios fundamentais como o valor da vida, a dignidade humana, a liberdade religiosa e a convivência pacífica e harmoniosa entre as pessoas e os povos”. 

O Núncio Apostólico Mario Zenari apresentou um relatório detalhado sobre a situação na Síria, que segundo estimativas, contabiliza 220.000 mortos. “Mas infelizmente – advertiu – estes números deveriam ser revistos, para cima. Além disso, não estão incluídos os cerca de 20.000 desaparecidos, dos quais se ignora o destino. Os feridos seriam mais de um milhão”. O representante pontifício na Síria denunciou “as carnificinas e as destruições perpetradas com o lançamento de bombas de barril sobre escolas, hospitais, mesquitas e mercados populares”. Após, alertou que o conflito “passou pouco a pouco para as mãos de extremistas e tornou-se um conflito ‘por procuração’. No “campo de jogo” sírio, uma equipe veste a camisa sunita e outra a xiita. Há um ano, houve uma ‘invasão de campo’ de camisas pretas, que confundiram o jogo.
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News.va

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