A polícia
israelense anunciou a detenção de 16 jovens colonos judeus após um incêndio que
atingiu o santuário de Tabgha, construído no local onde, segundo a tradição,
Jesus fez o milagre da multiplicação dos pães.
"Em um
setor próximo à igreja, 16 jovens foram detidos como parte da investigação para
verificar se estão envolvidos no incidente que aconteceu de madrugada nesta
igreja do leste de Israel", afirmou a porta-voz da polícia, Luba Samri.
De acordo com a
polícia, os 16 jovens vivem em colônias judaicas da Cisjordânia, 10 deles em
Yitzhar, conhecida como um reduto extremista.
Em um muro do
templo uma pichação em hebraico pede a eliminação dos deuses pagãos de Israel,
segundo um fotógrafo da agência de notícias France Presse, uma referência a uma
oração judaica pronunciada três vezes por dia.
Também foram
atingidas duas salas do complexo que cerca a chamada Igreja da Multiplicação e
as fotografias divulgadas pela polícia mostram o teto, o chão e portas
atingidos pelo fogo.
Há vários anos,
ativistas de extrema-direita e colonos cometem atos de vandalismo e agressões
contra palestinos, árabes-israelenses, assim como contra locais de culto
muçulmanos e cristãos, como parte de uma campanha que chamam de "O preço a
pagar".
O santuário de
Tabgha já havia sido cenário de um ataque em abril de 2014, pouco antes da
visita do papa Francisco a Terra Santa.
O padre
Matthias, da ordem dos beneditinos alemães que administra o local, confirmou à
AFP que os danos se limitavam a algumas salas ao redor de um átrio, mas que
ficaram "totalmente destruídas". "Graças a Deus, a igreja está
em bom estado", disse.
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Fonte: G1
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