Após o caso do ataque a símbolos religiosos durante
a 19ª Parada LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) em São
Paulo, no domingo, 7, foram muitas as manifestações de repúdio por parte dos
cristãos. Na noite de segunda-feira, 8, o Arcebispo da capital paulista,
Cardeal Odilo Pedro Scherer, se manifestou por meio de redes sociais,
comentando a banalização das imagens, exigindo o devido respeito à religião
católica.
“Muitas pessoas me questionaram sobre a imagem de
um transexual na cruz durante a Parada Gay. Entendo que quem sofre se sente
como Jesus na cruz. Mas é preciso cuidar para não banalizar ou usar de maneira
irreverente símbolos religiosos, em respeito à sensibilidade religiosa das
pessoas. Se queremos respeito, devemos respeitar”, postou em seu Facebook.
O Bispo de Palmares (PE), Dom Henrique Soares da
Costa, também recorreu às redes sociais para comentar o ocorrido que, para ele,
é mostra de degradação social. “Só tenho pena, muita pena de uma sociedade que
se degrada, de uma gente que perdeu o rumo, o sentido, os valores... Pena!
Muita pena de ver aonde chegamos, aonde chegou a nossa sociedade, aonde
chegaram certos homossexuais”.
Referindo-se à marcha em São Paulo, Dom Henrique
afirma: “Ali somente se mostra o que é essa ‘cultura gay’...”. Por fim, o
prelado expôs o respeito para com aqueles que não concordam com esses fatos.
“Aos homossexuais que não fazem bandeira de sua orientação sexual, aos que não
se degradam, mas dignamente levam adiante sua vida, pessoas entre pessoas, sem placa
de orientação sexual na testa, sabendo que a sexualidade faz parte da vida, mas
não é a vida toda, a esses, meu respeito e minha solidariedade! Sei que não
compactuam e se envergonham da degradação que todos vimos”, escreveu.
Da mesma forma, leigos católicos expressaram sua
indignação frente aos fatos. A cantora pró-vida Elba Ramalho classificou o
ocorrido como blasfêmia a Cruz e fruto da intolerância religiosa. “As
blasfêmias contra a Santa Cruz são a prova da intolerância religiosa
disseminada no mundo! Uma cultura de ódio e de morte alimentada por movimentos
extremistas com o aval da grande mídia, levada a extremo pelos que acreditam
que liberdade é aprisionar o outro”, escreveu, destacando ainda participar da
Santa Missa todos os dias, em diferentes locais e nunca ter ouvido um discurso
homofóbico de qualquer sacerdote ou “ataques gratuitos contra outros segmentos
religiosos”.
Na nota, Elba explicou que a Igreja Católica vive o
Amor, celebrando na Eucaristia o banquete que Cristo preparou para os homens,
cujo alimento é Seu próprio Corpo e Sangue. Ela citou ainda a misericórdia de
Deus. “Oramos por todos, indistintamente, meditamos na Palavra e seguimos
nossas vidas buscando fazer bem todo o bem que deve ser feito. Não julgamos,
não condenamos! Nosso Deus é o Deus da Misericórdia. Ao contrário! Em toda a
Era Cristã, o sangue dos Santos e mártires tem sido derramado nos quatro cantos
do mundo, pelo ódio e intolerância de almas incautas”.
O Deputado católico Eros Biondini (PTB-MG), membro
da bancada cristã na Câmara, também repudiou o uso profano de símbolos cristãos
na parada gay: “Que triste! É lamentável que alguém para exigir respeito
desrespeite e zombe do maior símbolo dos cristãos, a cruz de Cristo! Tenho
certeza que essa cena deplorável não representa a atitude dos homossexuais que
legitimamente lutam contra o preconceito e a discriminação! Instalou-se a
cultura de ódio no Brasil! Eu acredito na cultura da paz, da vida e do Amor!”
Se por um lado, no Brasil, militantes da causa LGBT
querem a criminalização da homofobia, parlamentares cristãos decidiram pedir a
criminalização da “Cristofobia”.
Neste sentido, nesta segunda-feira, 8, foi
apresentado na Câmara dos Deputados um projeto que tornaria crime hediondo a
prática de ultraje a culto. No texto, de autoria do líder do PSD na Casa, o
deputado cristão Rogério Rosso (DF), é utilizado o termo “Cristofobia” para
definir as manifestações que se utilizam de símbolos religiosos como forma de
preconceito.
Na plataforma CitizenGo foi lançada uma petição
pública pedindo a criminalização do “uso pejorativo de símbolos religiosos em
protestos ativista social e/ou político, pois promovem a intolerância”. O
pedido de assinaturas partiu da psicóloga cristã Marisa Lobo, que quase teve
seu registro cassado por atender homossexuais que querem deixar este estilo de
vida. A cassação foi anulada pela Justiça.
Para assinar a petição, clique aqui.
Para assinar a petição, clique aqui.
________________________________
ACI Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário