Hoje (26) a corte dos EUA aprovou o “casamento”
gay. No portal G1 podem-se ler os comentários dos cristãos e é de dar vergonha
alheia. Nenhum comentário até a publicação desse artigo se dava ao trabalho de
dizer o obvio e de enxergar o mundo além da revelação.
Antes de qualquer coisa, caro leitor, eu creio
firmemente na revelação de Nosso Senhor através da Sagrada Escritura e da
Sagrada Tradição, mas daí eu usar desse instrumento de crença para tentar
explicar a uma sociedade laicista e atéia o que é o casamento, é pedir para
perder de locaute. Por que usar o deposito da fé quando se pode explicar o que
é evidente? Quando alguém apresenta um problema teológico, muito bem, use-se a
bíblia, mas quando se fala com um pagão se fala com a razão já ensinava São
Tomás de Aquino.
Devido à incapacidade generalizada de entender o
obvio, vou dar-me o trabalho de explicar o que é o casamento.
O casamento não é uma concessão do Estado, é uma
instituição natural que o Estado reconheceu e incorporou à sua estrutura!
O que faz dessa seguramente uma instituição
natural? Antes de tudo, o caráter universal dela. Quem prova isso é a série
histórica que universalmente reconheceu o casamento como uma instituição entre
homem e mulher. Os gayzistas (movimento político que usa os gays como massa de
manobra) conhece o fato da série histórica da civilização está contra eles,
então recorrem a falácia de que isso ocorreu devido a crença religiosa. Ora,
num mundo plurirreligioso, poderíamos falar de uma conspiração orquestrada
contra os direitos dos gays? É evidente que tem uma definição universalmente
aceita do que consiste uma família e esta, por sua vez, não tem na base as
palavras de um deus ou profeta mas é, como posso dizer, evidente.
A base essencial para o reconhecimento de uma família:
Os dois indivíduos tem papéis sexuais definidos, ou
seja, o casamento é um direito natural, e como tal, herda-se automaticamente
alguns deveres. Não existe direito sem dever! Dos deveres implícitos, o
primeiro dever é do cônjuge cumprir com o seu papel sexual: A mulher de forma
passiva e o homem de forma ativa, cada qual usando da única forma possível seu
respectivo órgão reprodutor.
Um esposo não pode, por exemplo, exigir o direito
de ter uma relação sexual passiva com a esposa. Não existe o direito porque não
existe a natureza que implícita o direito, é evidente. Há de se pensar: Em um
“casamento” gay quem tem o dever de fazer o que? É evidente que sem o dever
sequer teorizado, não existe o direito! Os direitos são consequências do
cumprimento de nossos deveres. Por exemplo: Você tem o direito a liberdade
porque antes cumpriu com o seu dever de não cometer um crime. O cumprimento de
um dever prévio concede um direito.
Obs: Os direitos herdados sem o respectivo dever se
dão devido a outros terem a obrigação de cumprir o seu respectivo dever. O
direito a vida, por exemplo, é dado “gratuitamente” a um ser porque outro ente
tem o dever de respeitar a vida do outro.
Aqui compreendemos a fragilidade do argumento
gayzista: Eles falam que estão sendo privados de um direito, ora e qual é o
dever prévio que concede esse direito? A tese do direito negado não se sustenta
porque não existe nem a série histórica provando que somente parte das culturas
recusavam e, também não existe, deveres prévios. Por isso, vemos que em todo
lugar do mundo que se fala sobre o “direito do casamento gay” não se fala dos
deveres. Falar de direitos, sem falar de deveres é uma forma bonitinha de
maquiar os fatos.
Portanto é evidente que o casamento, o qual
legitima a relação sexual das partes, possui duas dimensões: genitiva e
procriativa.
A Suprema Corte americana disse na decisão que o
casamento “encarna um amor que pode perdurar até mesmo após a morte”, ou seja,
está concedido o direito ao prazer sexual ou a um sentimento.
Quem inventou essa lógica diabólica? Foram os
casais heterossexuais. A definição moderna que as pessoas atribuíram ao
casamento deu razão de ser para que a causa gay avançasse. Claro que os casais
dizendo que o que importa é a sensação, que não querem ter filhos e praticando
e, difundindo, relações em outros orifícios, deixou claro que o casamento é,
pelo menos para os casais heteros, uma relação de sentimento e prazer. Sendo
assim, dizer que a logica gayzista teve seu motivo de ser devido aos casais
heteros, é render-se ao obvio.
O que não é um motivo para o casamento:
b – Amor: /b O amor, pensado no sentido
sentimentalista do termo, não é pura e simplesmente um motor para um casamento.
O amor existe em inúmeras relações humanas que vão desde o mais elevado, o amor
de Deus o qual o amor materno é figura (Ágape), amizade (Philia) ou até com
cunho sexual (Eros). A própria graduação de importância da palavra mostra
claramente que não se trata de um motor para legitimar um casamento.
- Partilha de bens: Existem inúmeras modos de você
dividir patrimônio… e o casamento não constitui numa espécie de sociedade
anônima. Se for desejável uma partilha de bens, existem outros recursos legais
que podem ser criados para ajudar os cidadãos. Na verdade, esse problema não se
resolve com criação de famílias, mas junto aos recursos da Receita fiscal de
cada país.
Resumindo: Se não tem união genitiva entre os
entes, não se trata de um casamento, só em sentido análogo.
Renato
Aquino
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Fides Press
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