sábado, 30 de abril de 2016

Quem me ama guarda a minha palavra



 
No Evangelho do domingo passado, João falava do novo céu e da nova terra como morada de Deus. No de hoje - Jo 14, 23-29 – prossegue narrando que Jesus disse a seus discípulos: “Se alguém me ama, guarda a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós (Eu e o Pai) viremos e faremos nele a nossa morada”. De novo aparece a palavra “morada”, agora aplicada aos homens. As coisas, terra e céu, e as pessoas se tornam morada de Deus quando elas acolhem o amor e vivem segundo o novo mandamento do amor. Onde existe o amor divino e fraterno tudo se torna novo, tudo vira morada de Deus.  Jesus continua dizendo que o Pai, a seu pedido, enviará e deixará na pessoa que o ama o Espírito Santo, que recordará tudo o que Ele tem dito. Guardar as palavras de Jesus no coração é demonstrar amor a Ele e criar no seu interior as condições para receber a paz que o mundo não é capaz de dar. Por isso, Jesus afirma aos discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; embora não a dê como o faz o mundo”. A paz que Jesus dá vem do seu amor e produz uma alegria verdadeira, conforme suas palavras: “Não se perturbe nem se intimide o vosso coração... Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai”. Três palavras se repetem sinalizando serem muito importantes, uma que já foi dita acima; são: morada, novo e amor. Dentre estas, a mais importante é o amor. O amor faz tudo ser novo, o mundo com todas as coisas, o homem todo e todos os homens, as estruturas sociais, a Igreja, a história, a vida, e, por conseguinte, transforma todas as coisas e todas as pessoas na morada de Deus. A proposta evangélica do mandamento novo é uma proposta de vida nova que se tece no amor. A vida nova em Cristo que recebemos desde o nosso batismo consiste em amar como Jesus amou. Deste modo, com estes destaques, estou focalizando a mensagem evangélica da Missa de hoje. 

Preciso continuar uma reflexão que venho fazendo a conta-gotas. Tenho dito que nós cristãos precisamos defender as nossas verdades da fé cristã, não por serem nossas, nem novas nem velhas, mas por serem verdades, que estão sendo esquecidas ou que pouco ou nada contam na vida de hoje. Acompanho aqueles que dizem que precisamos voltar ao Catecismo. Com isso é preciso, sim, combater o pensamento da pós-modernidade, tido como politicamente correto pela sociedade burguesa, consumista, hedonista, o qual se baseia na ideia de que não há mais verdades que devem ser aceitas nem por todos nem por inteiro, senão por aqueles que livremente a elas aderirem no todo ou na parte que melhor lhes aprouver, e que tudo parece ser provisório, descartável, líquido. Então, dever-se-á admitir a liberdade individual para cada pessoa redigir o seu código pessoal de verdades, crenças, valores, princípios, aceitando como exceção obedecer a algumas regras mínimas de conduta social que garantam uma conveniente convivência interpessoal pacífica, a fim de que cada um possa tirar o melhor proveito da vida, levar a maior vantagem possível na vida, alcançar no mais alto grau a satisfação dos seus interesses para o bem de sua vida e da dos seus. Essa filosofia moderna na aparência, mas velha na ambição, tem diversos nomes: relativismo, individualismo, materialismo, secularismo, liberalismo, e outros ismos. No fundo, é puro egoísmo, idolatria contra o primeiro mandamento, está na base do pecado original. Pessoas que pensam assim fazem parte dos estratos mais instruídos da sociedade. Mesmo os que não sejam muito instruídos, atraídos que são pela miragem das promessas, se deixam levar por eles e todos juntos se organizam em diferentes frentes de atuação nos setores estratégicos de influência da sociedade. Apresentam-se como progressistas, modernos, protagonistas de ideias e comportamentos avançados, os inspirados construtores de um mundo finalmente emancipado e livre, de uma sociedade nova pós-cristã e de uma vida autônoma e feliz.   

O aleluia pascal




Toda a nossa vida presente deve transcorrer no louvor de Deus, porque louvar a Deus será também a alegria eterna de nossa vida futura. Ora, ninguém pode tornar-se apto para a vida futura se, desde já, não se prepara para ela. Agora louvamos a Deus, mas também rogamos a Deus. Nosso louvor está cheio de alegrias, e nossa oração, de gemidos. Foi-nos prometido algo que ainda não possuímos; porém, por ser feliz quem o prometeu, alegramo-nos na esperança; mas, como ainda não estamos na posse da promessa, gememos de ansiedade. É bom perseverarmos no desejo, até que a promessa se realize; então acabará o gemido e permanecerá somente o louvor.

Assim podemos considerar duas fases da nossa existência: a primeira, que acontece agora em meio às tentações e dificuldades da vida presente; e a segunda, que virá depois na segurança e alegria eterna. Por isso, foram instituídas para nós duas celebrações: a do tempo antes da Páscoa e a do tempo depois da Páscoa.

O tempo antes da Páscoa representa as tribulações que passamos nesta vida. O que celebramos agora, depois da Páscoa, significa a felicidade que alcançamos na vida futura. Portanto, antes da Páscoa celebramos o que estamos vivendo; depois da Páscoa celebramos e significamos o que ainda não possuímos. Eis porque passamos o primeiro tempo em jejuns e orações; no segundo, porém, que estamos celebrando, deixando os jejuns, nos dedicamos ao louvor de Deus. É este o significado do Aleluia que cantamos.

Em Cristo, nossa cabeça, ambos os tempos foram figurados e manifestados. A paixão do Senhor mostra-nos as dificuldades da vida presente, em que é preciso trabalhar, sofrer e por fim morrer. A ressurreição e glorificação do Senhor nos revelam a vida que um dia nos será dada.

Agora, pois, irmãos, vos exortamos a louvar a Deus. É isto o que todos nós exprimimos mutuamente quando cantamos: Aleluia. Louvai o Senhor, dizemos nós uns aos outros. E assim todos põem em prática aquilo que se exortam mutuamente. Mas louvai-o com todas as vossas forças, isto é, louvai a Deus não só com a língua e a voz, mas também com a vossa consciência, vossa vida, vossas ações.

Na verdade, louvamos a Deus agora que nos encontramos reunidos na igreja. Mas logo ao voltarmos para casa, parece que deixamos de louvar a Deus. Não deixes de viver santamente e louvarás sempre a Deus. Deixas de louvá-lo quando te afastas da justiça e do que lhe agrada. Mas, se nunca te desviares do bom caminho, ainda que tua língua se cale, tua vida clamará; e o ouvido de Deus estará perto do teu coração. Porque assim como nossos ouvidos escutam nossas palavras, assim os ouvidos de Deus escutam nossos pensamentos.



Dos Comentários sobre os salmos, de Santo Agostinho, bispo
(Ps 148,1-2:CCL 40,2165-2166)        (Séc.V)

A Porta Santa


No dia 08 de dezembro de 2015 o Papa Francisco inaugurou para toda a Igreja o Ano Santo Jubilar Extraordinário da Misericórdia. Uma oportunidade que o Santo Padre está oferecendo a todos os fieis católicos e aos homens e mulheres de boa vontade de todo o mundo para ajudar as pessoas a viver um tempo real e concreto de paz e de reconciliação.

Muitas, talvez, já se perguntaram sobre como viver bem o Jubileu da Misericórdia, até porque nunca se viveu um Jubileu tão próximo das nossas realidades locais como esse. Na verdade, há inúmeras iniciativas em nível pessoal e comunitário que podem ser realizadas nesse tempo de graça e de conversão. Aqui falaremos de modo especial sobre um exercício espiritual bem particular desse Ano Santo, a Porta Santa.

Peregrinação

Uma prática espiritual dos Jubileus é o da peregrinação. Peregrinar significa fazer caminhada, romaria. Claro que nossa peregrinação definitiva é rumo ao Céu, mas para sinalizar essa caminhada rumo ao Céu, realizamos aqui na terra pequenas peregrinações, pequenas romarias. Assim fala o Papa Francisco: “A peregrinação é um sinal peculiar no Ano Santo, enquanto ícone do caminho que cada pessoa realiza na sua existência. A vida é uma peregrinação e o ser humano é viator, um peregrino que percorre uma estrada até à meta anelada” (MV, n.14).

Nos Jubileus sempre são indicados alguns locais para a realização das peregrinações, sejam as Basílicas Romanas sejam Santuários, enfim. Neste Ano da Misericórdia um ponto central de peregrinação é a Porta Santa!

O Papa Francisco, para que o maior número de pessoas tivesse oportunidade de fazer sua peregrinação à Porta Santa, instituiu na bula “Misericordiae Vultus”, n.03, que os Bispos Diocesanos abrissem uma Porta Santa em cada Catedral e em Santuários ou Igrejas especiais nas suas Dioceses:

“No domingo seguinte, o Terceiro Domingo de Advento, abrir-se-á a Porta Santa na Catedral de Roma, a Basílica de São João de Latrão. E em seguida será aberta a Porta Santa nas outras Basílicas Papais. Estabeleço que no mesmo domingo, em cada Igreja particular – na Catedral, que é a Igreja-Mãe para todos os fiéis, ou na Concatedral ou então numa Igreja de significado especial – se abra igualmente, durante todo o Ano Santo, uma Porta da Misericórdia. Por opção do Ordinário, a mesma poderá ser aberta também nos Santuários, meta de muitos peregrinos que frequentemente, nestes lugares sagrados, se sentem tocados no coração pela graça e encontram o caminho da conversão. Assim, cada Igreja particular estará diretamente envolvida na vivência deste Ano Santo como um momento extraordinário de graça e renovação espiritual. Portanto o Jubileu será celebrado, quer em Roma quer nas Igrejas particulares, como sinal visível da comunhão da Igreja inteira”.

Assim, segundo a intenção do Papa Francisco, os fiéis podem peregrinar rumo à Porta Santa da Misericórdia, para lucrar indulgências do Ano Santo e fazer um caminho de reconciliação. 

São Pio V


Antonio Miguel nasceu em 1504 na província de Alexandria e, aos quatorze anos ingressou na congregação dos dominicanos. Depois que se ordenou sacerdote, sua carreira atravessou todas as etapas de maneira surpreendente. Foi professor, prior de convento, superior provincial, cardeal, inquisidor, bispo e finalmente, Papa, tomando o nome de Pio Quinto. Foi um grande reformador da Igreja.

Assim que assumiu foi procurado em Roma, por dezenas de parentes. Não deu "emprego" a nenhum, afirmando ainda que um parente do Papa, se não estiver na miséria, "já está bastante rico". Implantou ainda outras mudanças no campo pastoral: a obrigação de residência para os bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos bispos, o incremento das missões e a censura das publicações para publicações religiosas. O Papa Pio Quinto é venerado por ter unido a Europa, acabando com as guerras internas. Chegou a excomungar a rainha da Inglaterra, Elisabete Primeira. Papa Pio Quinto morreu no dia primeiro de maio de 1572.



Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Pio V governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

#WeAreN2016: Cúpula sobre cristãos perseguidos propõe medidas para salvá-los


Carl Anderson, CEO dos Cavaleiros de Colombo, apresentou na manhã de ontem na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) uma série de importantes medidas que o organismo mundial deve iniciar para salvar os cristãos perseguidos da extinção em todo mundo, especialmente no Oriente Médio.

Anderson, Cavaleiro Supremo dos Cavaleiros de Colombo, falou durante a primeiro dia do Congresso Internacional de Liberdade Religiosa organizado por Mais Livres e CitizenGo no auditório de ECOSOC na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, que acontece entre os dias 28 e 30 de abril.

Na primeira exposição participaram o Arcebispo Bernardito Auza, Observador Permanente da Santa Sé ante a ONU; o Embaixador Ufuk Gokcen, Observador Permanente da Organização de Cooperação Islâmica ante a ONU; Lars Adaktusson, membro do Parlamento Europeu pela Suécia e promotor da resolução do Parlamento Europeu sobre os assassinatos maciços e sistemáticos das minorias religiosas pelo Estado Islâmico (ISIS); e o Dr. Thomas F. Farr, Diretor do “Religious Freedom Project” da Universidade de Georgetown.

Anderson expos o tema: “As minorias religiosas têm o dever indisputável de viver em sua pátria: Seu desaparecimento seria uma perda para nós”.

O líder dos Cavaleiros de Colombo, instituição que investiu mais de 10 milhões de dólares desde 2014 para ajudar os cristãos perseguidos no Iraque e na Síria, apresentou quatro medidas concretas que a ONU pode colocar em prática ante o genocídio dos cristãos cometido pelo Estado Islâmico, reconhecido como tal pelo governo americano no último mês de março.

Este reconhecimento foi possível graças a uma intensa campanha iniciada pelos Cavaleiros de Colombo nos Estados Unidos e a nível internacional.

1. O Conselho de Segurança da ONU deve colocar à disposição da Corte Penal Internacional os principais acusados de genocídio: “embora já exista evidência substancial do genocídio, as ações devem ser ampliadas para gerar documentação adicional antes de que se perca a evidência física”, disse Anderson.

2. O Alto Comissionado da ONU para os Refugiados deve realizar as previsões necessárias para localizar e ajudar as comunidades como os yazidis e os cristãos que são o alvo do genocídio: “muitos refugiados temem ir aos campos de refugiados da ONU”.

Como consequência, explicou Anderson, “muitos sobreviventes são ignorados e aqueles que desejam adquirir o status legal de imigrantes têm muitas dificuldades ou se torna impossível fazê-lo. Melhoraram certos aspectos, mas faz falta muito mais”.

3. Junto com os governos envolvidos na assistência ou nas negociações desta região, a ONU deve defender as minorias religiosas deste local a fim de que tenham direitos plenos e iguais.

“O primeiro passo necessário para prevenir o genocídio – disse Anderson – é superar a desigualdade social e legal que existe na região”. “O ódio religioso, a discriminação e a cidadania de segunda classe normalmente constituem uma forma de vida na região: uma forma de vida que antecede o genocídio”, precisou.

4. Temos que nos preparar para as consequências da liberação da área controlada pelo ISIS: “Poderíamos ver outra crise humanitária de civis fugindo do conflito. Adicionalmente, quando estas áreas forem liberadas, as vítimas que fugiram ou que foram obrigadas a fugir, têm todo o direito da ajuda internacional sobre suas propriedades ou as compensações por elas”, indicou Anderson.

Caso estas pessoas queiram voltar, continuou, devem receber colaboração legal e real, enquanto que os refugiados que decidam continuar nesse status, também devem receber ajuda para permanecer assim.

Carl Anderson explicou também que esta crise humanitária causou a morte de centenas de milhares de pessoas da Síria e do Iraque e o deslocamento e aniquilação de comunidades inteiras.

“Esta crise implora que as pessoas de boa vontade se unam em solidariedade e sejam conscientes da necessidade de construir um esforço mundial para salvar as comunidades minoritárias, nativas e históricas da região, sem considerar sua raça, etnia ou religião”, ressaltou.

Nesse sentido, Carl Anderson explicou que o número de cristãos no Iraque passou de 1,5 milhões a 200 mil nos últimos anos, enquanto na Síria esta minoria passou de 1,5 milhões aproximadamente a 500 mil.

“Temos uma oportunidade única para mudar as coisas. O mundo nunca prestou tanta atenção ao sofrimento destas minorias. Nunca haviam escutado tanto seu clamor nos governos do mundo, nos países de maioria muçulmana e entre as pessoas de boa vontade”.

A ONU, concluiu Anderson, pode ter um papel essencial nesta missão de preservar o pluralismo “protegendo as vítimas e os refugiados, assegurando que sobrevivam as comunidades antigas e religiosas nesta região, castigando os culpados (do genocídio) e ajudando ao estabelecimento do que se lembre internacionalmente seguindo os padrões de justiça, igualdade, a lei e a liberdade religiosa”. 

Presos na Itália partidários do ISIS que planejavam atacar o Vaticano

 
A polícia italiana prendeu em Milão quatro pessoas que foram se unir ao Estado Islâmico (ISIS) e planejavam atacar a cidade de Roma e o Vaticano aproveitando o Ano Santo da Misericórdia, como também a embaixada de Israel.

Segundo informou na última quinta-feira, 28, a agência Reuters, os ataques a ambas as cidades, símbolos do cristianismo, foram mencionados em conversas telefônicas de dois envolvidos.

“Se consigo colocar a minha família a salvo, juro (…) que serei o primeiro a atacar a Itália cruzada, o primeiro a atacá-la, juro, juro que a ataco, no Vaticano com a vontade de Deus”, afirmou um dos presos no diálogo interceptado pelas autoridades italianas.
Em outra conversa, mencionaram o ataque à embaixada de Israel em Roma. “Eu disse que quero chegar a Israel em Roma. Sim, a embaixada”, expressou.

Por sua parte, o delegado de Milão, Maurizio Romanelli, disse em coletiva de imprensa que os quatro detidos nesta quinta-feira são marroquinos: dois homens e duas mulheres que procuravam se unir ao ISIS.

Hollywood de olho no Padre Pio

 
No próximo dia 3 de maio, será oficialmente apresentado na Itália a Saint Pio Foundation, importante associação de caridade ligada à memória de São Pio de Pietralcina que, nos Estados Unidos, mas também em outras nações do mundo, se compromete a dar a conhecer o santo e sua obra. A popularidade do frade de Pietrelcina aumenta cada vez mais: nos últimos anos está se espalhando com rapidez surpreendente na América, na Ásia, na África e até mesmo na China e no Japão, principalmente devido aos “Grupos de Oração”, um movimento de leigos que ele fundou.

Entre essas personalidades da Saint Pio Foundation encontram-se Robert Davi, ator, diretor e cantor, famoso por interpretar muitos filmes de sucesso, Os Mercenarios 3 a 007 – Licença para Matar, ou Showgirls de Paul Verhoeven até a famosa série de TV CSI.

Davi, que é de origem italiana (seu pai era de Palermo e a mãe do Avellino) é um devoto fervoroso do Padre Pio e nunca perde uma oportunidade de falar sobre ele. “Padre Pio foi o guia e a luz da minha vida”, diz ele. Outros atores de Hollywood devotos do santo de Pietrelcina são Tony Lo Bianco, que também trabalhou em Jesus de Nazaré de Zeffirelli; Joe Mantegna, famoso na Itália especialmente pela séria de TV Criminal Minds; Gary Sinise, popular por suas performances inovadoras em Forrest Gump e Apollo 13 e pela série CSI – New York. No dia 27 de maio Gary Sinise, por suas atividades humanitárias, receberá durante uma cerimônia em Washington, o Padre Pio Award, Prêmio instituído pela Saint Pio Foundation.

China: Todos os anos matam legalmente 23 milhões de bebês (63.000 por dia).

 
No seu relatório sobre os direitos humanos do ano de 2015, o Departamento de Estado da União Americana relatou que na China a cada ano são abortados 23 milhões de bebês, o equivalente a cerca de 63.000 crianças por dia, 2.626 a cada hora e 44 minutos. Até agora, o número “oficial” falava de 13 milhões.

Na China a política governamental do filho único (só era possível ter uma criança por família, duas no máximo caso a primeira fosse menina) foi ligeiramente alterada em Outubro de 2015. É conhecida a prática da esterilização forçada, o assassinato de pequenos e os assassinatos extra-uterinos consentidos pelo próprio governo chinês. Em novembro de 2015 o jornal The New York Times publicou a história de alguns destes abusos.

Imponente réplica da Arca de Noé viajará ao Brasil

 
Nos Países Baixos, o carpinteiro cristão e empreiteiro Johan Huibers passou alguns anos construindo uma réplica da Arca de Noé, a qual está finalmente pronta para realizar uma viagem da Europa até a costa do Brasil na metade deste ano.

Esta construção tem as dimensões reais da arca descrita na Bíblia: 95 pés de largura, 75,5 pés de altura e 410 pés de comprimento. Pesa aproximadamente 2.500 toneladas.

Atualmente não existe um navio deste tipo no mundo cujo comprimento seja maior do que um campo de futebol, sua altura se iguala a um edifício de 5 andares e pesa mais que 50 elefantes ou uma baleia azul.

A arca realizará uma viagem de 9 mil quilômetros, dos Países Baixos até vários portos do Brasil. A arca estará em Fortaleza durante os Jogos Olímpicos de 2016 e no Rio do Janeiro durante os Jogos Paraolímpicos.

Johan Huibers, junto com ‘The Ark of Noah Foundation’ (Fundação Arca de Noé), um grupo com sede em Pasadena (Califórnia), está arrecadando dinheiro para financiar esta viagem que será transmitida ao vivo durante sua visita ao Brasil, onde permanecerá por dois anos.

Provei e vi


Ó Divindade eterna, ó eterna Trindade, que pela união da natureza divina tanto fizeste valer o sangue de teu Filho unigênito! Tu, Trindade eterna, és como um mar profundo, onde quanto mais procuro mais encontro; e quanto mais encontro, mais cresce a sede de te procurar. Tu sacias a alma, mas de um modo insaciável; porque, saciando-se no teu abismo, a alma permanece sempre sedenta e faminta de ti, ó Trindade eterna, cobiçando e desejando ver-te à luz de tua luz.

Provei e vi em tua luz com a luz da inteligência, o teu insondável abismo, ó Trindade eterna, e a beleza de tua criatura. Por isso, vendo-me em ti, vi que sou imagem tua por aquela inteligência que me é dada como participação do teu poder, ó Pai eterno, e também da tua sabedoria, que é apropriada ao teu Filho unigênito. E o Espírito Santo, que procede de ti e de teu Filho, deu-me a vontade que me torna capaz de amar-te.

Pois tu, ó Trindade eterna, és criador e eu criatura; e conheci – porque me fizeste compreender quando de novo me criaste no sangue de teu Filho – conheci que estás enamorado pela beleza de tua criatura.

Ó abismo, ó Trindade eterna, ó Divindade, ó mar profundo! Que mais poderias dar-me do que a ti mesmo? Tu és um fogo que arde sempre e não se consome. Tu és que consomes por teu calor todo o amor profundo da alma. Tu és de novo o fogo que faz desaparecer toda frieza e iluminas as mentes com tua luz. Com esta luz me fizeste conhecer a verdade.

Espelhando-me nesta luz, conheço-te como Sumo Bem, o Bem que está acima de todo bem, o Bem feliz, o Bem incompreensível, o Bem inestimável, a Beleza que ultrapassa toda beleza, a Sabedoria superior a toda sabedoria. Porque tu és a própria Sabedoria, tu,o pão dos anjos, que no fogo da caridade te deste aos homens.

Tu és a veste que cobre minha nudez; alimentas nossa fome com a tua doçura, porque és doce sem amargura alguma. Ó Trindade eterna!



Do Diálogo sobre a divina Providência, de Santa Catarina de Sena
(Cap. 167, Gratiarum actio ad Trinitatem: ed.lat., Ingolstadi 1583, f.290v-291) (Séc.XIV)

Roupa de Missa em três cenas.


Antes de iniciar qualquer argumentação neste artigo, gostaria de tratar de algumas cenas que podem acontecer neste contexto:

Cena 1 – Domingo, antes da missa, o católico (ou a católica) abre seu guarda-roupa e veste-se normalmente: se está calor, o moço coloca sua bermuda e camisa regata, e a moça sua blusa de alça e com decote com uma calça de ginástica, a roupa da moda. Vai à missa, afinal, “o que importa é o que está no coração”;

Cena 2 – Domingo, o católico se depara com seu guarda-roupa e precisa peneirar para encontrar alguma roupa que se adeque ao momento: a Santa Missa. Sabe que precisa vestir-se com “certa” modéstia, então procura alguma roupa que não tenha nada decotado ou seja muito curto. Vai à missa satisfeito, afinal, está comportado e vestido “próprio para a ocasião”;

Cena 3 – Domingo, um católico abre seu guarda-roupa e entre todas as suas roupas escolhe aquela mais apropriada, ou seja, aquela que é a mais bonita, a mais nova etc, a “roupa de missa”, como era chamada antigamente. Não que as demais roupas não sejam apropriadas, mas é bom sempre agradar um pouco mais a Deus.

Partindo destas três cenas, é fácil perceber qual está completamente incorreta: a primeira. O clichê “o que importa é o que está no coração” só é dito por aqueles que se recusam a fazer algo mais para Deus, que se esquecem sobre a sacralidade de seu corpo e acham que o que está no coração não precisa se refletir no exterior. Entretanto, o que a Igreja prega e sempre pregou é que a piedade também deve ser demonstrada externamente: de que adianta eu dizer que respeito e honro a Deus, se me coloco à frente dEle como me colocaria na frente de um qualquer, em uma praia ou na academia? Mas e se fosse uma visita a um Rei, ao Presidente, será que me vestiria assim? Deus pode não “precisar” que nos visitamos com nossas melhores roupas, mas nós precisamos demonstrar nosso respeito e adoração por Ele da melhor forma que pudermos, interna e externamente. E isso com certeza será muito mais agradável ao olhos dEle, se estivermos bem dispostos no interior e no exterior. 

Santa Catarina de Sena


Catarina nasceu em 25 de março de 1347, na cidade de Sena, na Itália. Seus pais eram muito pobres e sua família era numerosa. Catarina teve uma infância conturbada. Não pode estudar, cresceu franzina e viveu sempre doente. Carregava no corpo os estigmas da Paixão de Cristo. Ainda jovem, Catarina tornou-se uma irmã leiga da Ordem Terceira Dominicana.

Tinha visões durante as orações contemplativas e fazia rigorosas penitências. Já adulta enfrentou a dificuldade que muitos achariam impossível de ser vencida: o cisma católico. Catarina, mesmo analfabeta, assume a missão de reunir de novo a Igreja em torno de um só papa.

Dois Papas disputavam o trono de Pedro, dividindo a Igreja e fazendo sofrer a população católica em todo o mundo. Ela viajou por toda a Itália e outros países, ditou cartas a reis, príncipes e governantes católicos, cardeais e bispos e conseguiu que o Papa legítimo, Gregório décimo primeiro, retomasse sua posição e voltasse para Roma. Fazia setenta anos que o Papado estava em Avinhão e não em Roma.

Outra dificuldade foi a peste que matou pelo menos um terço da população européia. Ela lutou pelos doentes, curou com as próprias mãos e orações. Estava à frente dos padrões de sua época, quando a participação da mulher na Igreja era quase nula ou inexistente.

Em meio a tudo isso, deixou obras literárias ditadas de alto valor histórico, místico e religioso. O livro: "Diálogo sobre a Divina Providência", é lido, estudado e respeitado até hoje. Catarina de Sena morreu no dia 29 de abril de 1380, após sofrer um derrame aos trinta e três anos de idade. Foi declarada "Doutora da Igreja" pelo Papa Paulo VI, em 1970 e mais tarde foi escolhida como patrona da Itália, junto com São Francisco.  


Trindade eterna, vós sois um mar profundo, no qual, quanto mais procuro, mais encontro. E quanto mais encontro, mais vos procuro. Sois o Fogo que queima sempre e nunca se consome. Sois o Fogo que tira todo frio, que ilumina todas as inteligências e, pela vossa luz, me fizestes conhecer a verdade. Na luz da fé adquiro a sabedoria, na sabedoria do vosso Filho único; na luz da fé, torno-me forte e constante persevero. Na luz da fé, espero que não me deixareis sucumbir no caminho".

quinta-feira, 28 de abril de 2016

RJ: Arquidiocese lança campanha Rio se Move


No ano dos Jogos Olímpicos, a Arquidiocese do Rio de Janeiro realizou o lançamento da campanha “Rio se Move”, uma parceria com diversas instituições alemãs, no dia 26 de abril, na sede do projeto “Se Essa Rua Fosse Minha”, em Laranjeiras. A iniciativa tem como objetivo dar maior visibilidade a alguns programas existentes na arquidiocese que atuam em benefício daqueles que sofrem exclusão social, presente na dinâmica dos grandes eventos.

Durante o lançamento, o secretário-geral da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steine, destacou que a parceria é uma oportunidade de fazer com que os grandes eventos possam alcançar as pessoas que estão à margem da sociedade, de forma que, ao renovar as esperanças, esse possa ser um tempo novo para o povo carioca.

“O projeto ‘Rio se Move’ é a parte brasileira de uma iniciativa que nasceu na Alemanha chamada ‘Rio nos Move’. Junto a várias instituições de caridade, esse projeto percebeu as necessidades de nosso povo e colocou jovens e adultos à disposição para nos ajudar. Ao encontrar eco em nossa cidade, nós também fazemos parcerias. Chama-se ‘Rio se Move’ porque é a cidade se movimentando em prol dos seus. A CNBB, a Conferência dos Religiosos do Brasil e a ArqRio estão unidas a essas instituições alemãs para falar, pincipalmente, de um legado mais humanizado, de forma que os grandes eventos, como os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, realmente possam chegar ao coração da nossa gente, incluindo, educando, dando mais expectativas e esperanças de que este evento que vai passar vai deixar um tempo novo na cidade”, destacou.

Evangelização e os Jogos Olímpicos

De acordo com o Cardeal Orani João Tempesta, por conta dos Jogos a cidade se tornou uma vitrine para o mundo e não pode deixar passar a oportunidade de evangelizar. O arcebispo ressaltou que a Igreja está atenta e busca estabelecer diálogos e pontes com os grupos envolvidos.

“Sabemos que o mundo dos esportes é um campo, ao mesmo tempo, fértil e aberto para a evangelização. O Rio de Janeiro vai receber esses grandes eventos esportivos, e a arquidiocese não pode se omitir diante da responsabilidade de fazer com que o Evangelho seja anunciado e os legados humanos e sociais se destaquem. Ao longo do século passado e também deste, pontífices e clérigos expressaram essa ligação por entenderem o esporte como uma importante ferramenta de promoção de bons valores à sociedade. É a primeira vez que uma cidade da América do Sul recebe tal evento. Isso fez de nossa cidade uma vitrine para o mundo, com seus elogios e críticas. A Igreja do Rio está atenta e procurando estabelecer diálogo e ponte com todos os grupos envolvidos, às vezes com sucesso, outras nem tanto”, ressaltou.

O cardeal ainda contou que na Vila Olímpica, local onde os atletas ficarão alojados, será feita uma ‘capelania’ inter-religiosa, na qual todas as religiões terão espaço. As pessoas também serão acolhidas nas paróquias próximas à região, e haverá celebração de missa em diferentes idiomas. Ele ainda lembrou que, durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, o Papa Francisco abençoou, pela primeira vez na história as bandeiras Olímpica e Paralímpica no Santuário do Cristo Redentor, fortalecendo ainda mais os laços entre a evangelização e o mundo dos esportes.

Em 2012, ao final dos Jogos de Londres, a arquidiocese recebeu dois símbolos: a cruz Olímpica e o ícone da paz. Tais sinais vão marcar a presença da Igreja nos grandes eventos esportivos mundiais.