O rompimento da barragem de rejeitos de minério em
Brumadinho, MG, deixou mortos e centenas de desaparecidos. Muita gente perdeu
seus pertences por causa do mar avassalador de lama que se formou nas regiões
ribeirinhas.
Logo após a tragédia, centenas de voluntários se
juntaram para prestar o amparo às vítimas. Muitas pessoas ainda não têm
informações sobre familiares desaparecidos; outras precisam de orientação sobre
identificação dos corpos, velórios e enterros.
A arquidiocese de Belo Horizonte se juntou a um
comitê formado por representantes do Governo de Minas, da Prefeitura de
Brumadinho, da Defensoria Pública da União e líderes da sociedade civil. O
objetivo é somar forças em nome da solidariedade neste momento de dor e
revolta.
Durante encontro com os membros do comitê, a Igreja
reforçou a importância de um acompanhamento ainda mais próximo do poder
público, especialmente no cadastro das vítimas. Esse cadastro é determinante
nos processos de indenização, conforme explica o frei Rodrigo Pereira, da
Comissão de Mineração da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Dia e noite em contato com as vítimas, padre Renê
reforça o entendimento de que a tragédia devastou a comunidade. “Cada lar de
Brumadinho está sofrendo de algum modo. Os funcionários da Vale eram moradores
da nossa cidade.”
A Secretária Estadual de Impacto Social, Elizabeth
Jucá, informou que o Estado está fazendo o cadastro das pessoas desaparecidas.
Familiares podem procurar o Ginásio Poliesportivo da Cidade e também a Estação
do Conhecimento, levando fotos dos que não estão nos registros oficiais.
O prefeito de Brumadinho, Alvimar de Melo
disponibilizou o Ginásio Poliesportivo da Cidade para que os mortos sejam
velados. Padres da Arquidiocese de Belo Horizonte e de Congregações Religiosas
se organizam para oferecer assistência espiritual aos enlutados.
Representando o Movimento dos Atingidos pela
Barragem na reunião, Joceli Andreolli indicou o que deve ser prioridade: “As
pessoas saberem onde estão seus mortos, para sepultá-los, com a devida
assistência espiritual”.
Apoio de seminaristas
Seminaristas da Arquidiocese de Belo Horizonte
deram uma pausa no retiro espiritual que sempre fazem no início de ano. Eles
seguiram para Brumadinho com a missão de levar a solidariedade e o
conforto da Palavra de Deus à população atingida pelo rompimento da barragem no
Córrego do Feijão.
Os seminaristas do Seminário Coração Eucarístico de
Jesus (Sacej) rezam com a população na Igreja São Sebastião, visitam as famílias
que sofrem com a morte e o desaparecimento de parentes e amigos.
Campanha solidária #JuntosporBrumadinho
A Arquidiocese de Belo Horizonte iniciou uma
campanha solidária para arrecadar roupas, alimentos e água, que serão
destinados aos atingidos pelo rompimento da barragem.
As doações podem ser entregues (todos os dias,
inclusive aos sábados e domingos, das 8h às 18h) no Vicariato Episcopal para a
Ação Social e Política (Rua Além Paraíba, 208 – Lagoinha | (31) 3423-2187).
Para a população de Brumadinho as doações podem ser
entregues na Paróquia São Sebastião. Também é possível fazer doações em
dinheiro.
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Aleteia
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