quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Feliz Ano Novo 2016


Irmãos e irmãs em Cristo, paz e bem!

É motivo de grande alegria e felicidade nos dirigirmos a você que nos acompanha para juntamente com você dirigirmos os nossos agradecimentos ao Senhor por tantos bens que Ele nos tem feito. 2015 se passa e o tempo nos dirige à continuidade da vida... talvez você não tenha tido um ano muito feliz, faz parte da história humana altos e baixos, bons momentos e depois aqueles momentos em que nada parece dar certo. Enfim, o Senhor nos prometeu que se passarmos pela Sua Cruz, alcançaremos a Sua glória. Ainda assim, eleve sua alma ao Senhor e agradeça a Ele pelos bens que tem te dado e por tanto amor que tem demonstrado a todos nós.

Nós, do Informação Católica conseguimos, com a sua ajuda, atingir em nosso site, mais de 100.000 visitantes, e em um único mês, mais de 50.000 visualizações de página; é verdade que neste mundo cibernético ainda é muito, muito pouco... mas isto significa que estamos avançando e alcançando muito mais pessoas. Por isso, neste ano de 2015, foi possível conseguirmos um novo domínio onde você poderá visitar todos os dias e ler um pouco da história daqueles que á estão com Deus no Céu e nos apontam um caminho de cruz mas em direção à felicidade eterna, são os santos. A partir de 1º de janeiro de 2016, você poderá visitar o site CNNi Católico e ter toda esta informação. Além disso, estamos unificando as nossas redes para que se torne mais conhecida: icatolica.com é o nosso portal.

Imagem quebrada por vândalos ganha restauração e evento apoteótico na Região Metropolitana de Fortaleza


Os moradores da Tabuba, em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza, foram surpreendidos com a ação de vândalos que arrancaram uma das mãos e  arrancaram a cabeça da imagem de Nossa Senhora das Graças, que ficava postada na frente da Igreja.

O episódio aconteceu na madrugada do dia 18 de dezembro. No dia seguinte foi feito um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e a Polícia passou a investigar o crime. Em breve, mais informações sobre o andamento das investigações aqui no blog. 

A imagem da santa padroeira foi restaurada e colocada de novo em seu pedestal.Para este dia 1º de janeiro, data dedicada à Maria Mãe de Deus, a comunidade se organizou  para realizar uma homenagem apoteótica à Virgem Mãe de Deus.

Informação Católica inaugura o site † CNNi Católico com o Santo de cada Dia.


Sob o lema Ou Santos ou Nada!, o Informação Católica inaugura neste 1º de janeiro de 2016 o site CNNi Católico com espiritualidade onde você poderá acompanhar diariamente o testemunho dos santos de cada dia.

Os santos de Deus são testemunhos vivos de uma vida santa totalmente dedicada ao Senhor. Se você já acompanha o nosso trabalho de notícias católicas, temos certeza que fará bom proveito do nosso novo site preparado especialmente para você, afim de que se aproxime ainda mais de Deus por meio daqueles que viveram neste mundo com uma vida cristã, perceberá a variedade de testemunhos vivos que apontam ao único Caminho: Nosso Senhor Jesus Cristo.


Visite o nosso nosso novo site acessando www.icatolica.com.br e esperamos que você faça um bom proveito do nosso trabalho de evangelização. Informamos também que as atualizações do †CNNi Católico estão conjugadas com todos os nossos meios de comunicação. Deus o abençoe, tenha um 2016 abençoado e Salve a sempre Imaculada Virgem Maria!

Cuidado com as superstições


“Eu sou o Senhor, vosso Deus” (Lv 19,31). “Serás inteiramente do Senhor; teu Deus” (Dt 18,13). “Não praticareis a adivinhação nem a magia” (Lv 19,26b).

Sempre houve está condenável idolatria, que continua moderna, chamada superstição, pela qual se busca uma divinização espúria das energias ocultas. Até mesmo entre os católicos, mal formados, se multiplicam, superstições que beiram ao ridículo. Elas são muitas e variadas.

Entre elas, muitos são os que colocam na entrada de suas lojas e casas vasos com a espada de São Jorge; outros, raminhos de arruda; inúmeros os que andam com “pedras, pêndulos, cristais e outras bugigangas para espantar as energias negativas”.

Há também aqueles que vivem impressionados com os males que possam advir dos “trabalhos” realizados nos terreiros. Querem combater as forças do mal de qualquer maneira e, apesar de frequentarem os Sacramentos da Igreja, empregam esses “rituais” para se “purificarem”.

Estamos já no início do terceiro milênio e, no entanto, prevalecem os feitiços: uma pedra, uma raiz, uma pena de pássaro, uma concha, um dente de animal, ainda há pessoas que pregam ferradura atrás da porta para atrair sorte nas questões econômicas ou vão atrás do trevo de quatro folhas, portador de felicidade.

A enorme lista de superstições que aparece na vida de tantas pessoas, poderiam ser abandonadas se tivessem mais confiança em Deus e na proteção dos anjos e santos; e não se entregariam a práticas tão irrisórias, fundadas num temor doentio. Trazer um amuleto não pode nunca atrair qualquer tipo de ajuda sobrenatural, nem afastar as invectivas do Maligno, o qual, segundo São Pedro, deve ser vencido unicamente pela fé (1 Pd 5,8).

Todas as crendices envolvidas nas superstições carecem de qualquer base filosófica e teológica. É inteiramente destituída de lógica a associação de causa e efeito professada pelos supersticiosos. Sob o ponto de vista da teologia, as práticas supersticiosas demonstram um senso religioso decadente.

No fundo, apesar dos pesares, é a nostalgia do Absoluto que impera. Aquele que perde sua fé na Providência de Deus que governa sabiamente o mundo e se interessa pelos homens de modo especial, tende a se curvar ao império de uma força cega criada pela fantasia humana. 

Maria de Nazaré, quem é esta mulher?



Como cristãos, temos motivos de sobra para celebrar Maria como “rainha e senhora”, mas corremos o risco de esquecer a história daquela mulher simples que viveu num pequeno povoado de uma região periférica no mundo daquele tempo.

Maria de Nazaré é alguém de nossa raça. Como os demais seres humanos, nasceu e viveu num contexto histórico, social, econômico, político e cultural.

Como as outras mulheres, sua natureza humana se desgastou; viu-se atingida pelas inclemências dos anos e envelheceu. Não viveu segregada e protegida. Não é fácil conhecer a história de Maria com objetividade, uma vez que as fontes são os Evangelhos, nos quais os fatos históricos já se apresentam interpretados a partir da fé. Não se deve, porém esquecer essa história que há de ser ponto de partida insubstituível em toda reflexão mariológica.

No Novo Testamento há diversas tradições. Maria é referência indireta nos escritos paulinos. Marcos a apresenta como mulher do povo e participante de sua mentalidade. Os Evangelhos da infância apresentam uma teologia bem elaborada sobre a fisionomia espiritual da Virgem, enquanto o quarto evangelista destaca sua fidelidade e seu significado na comunidade cristã.

De todas essas interpretações podemos concluir:

– Maria foi uma mulher simples do povo e sensível às necessidades dos pobres.

Embora os Evangelhos nada digam sobre os pais de Miryam, nome original de Maria, segundo a tradição eles se chamavam Joaquim e Ana. Vivia em Nazaré, um povoado sem renome e de má fama, na região norte chamada Galiléia. Sua existência deve ter sido como a de qualquer outra jovem daquela cultura: arrumar a casa, ajudar os irmãos menores, e participar nas festas religiosas. Ainda se conserva em Nazaré a “fonte da Virgem”. Ali ela comentaria com as outras mulheres os acontecimentos e rumores de cada dia.

Contam os Evangelhos que Miryam estava prometida para ser esposa de um carpinteiro justo e honrado que se chamava José, e talvez tivesse emigrado da Judéia. Maria e José pertencem ao povo humilde, de modo que quando seus conterrâneos vêem que Jesus fala tão bem, se admiram: “Mas não é este o filho do carpinteiro e de Maria?” (Mc 6,2). 

Fim de ano



Comemoramos, no último domingo de 2015, a Festa da Sagrada Família, a Família de Nazaré, Jesus, Maria e José. Diante desse modelo de família, avaliamos a identidade de nossas famílias no decorrer do ano. Ano de sofrimento e ameaças, que afetaram profundamente muitos lares. Violência, assassinatos, mortes no trânsito, terrorismo, roubos nas casas, derrame de rejeitos etc.

O fato de Jesus ficar “perdido” em Jerusalém causou grande sofrimento para seus pais. Não é diferente do sofrimento de tantas mães e tantos pais diante dos desvios dos filhos, principalmente quando esses entram para o mundo da droga. As consequências não deixam de ser desastrosas. Muitos são assassinados e outros acabam sendo jogados no sofrimento da prisão.

Devemos dizer também que as famílias são comunidades de amor, de estima mútua e de desenvolvimento das capacidades humanas e espirituais. Mas tem sido frequente o drama das que se encontram desintegradas pela separação ou má conduta dos pais. Tudo isso afeta profundamente a identidade psicológica e espiritual dos filhos. Deixam de ser base de sustentação para eles.

Ao começar um novo ano, as famílias são convocadas para renovar seus compromissos de amor, superar as dificuldades no lar e restaurar os elementos fraturados que impedem a prática da doação total. A relação pais e filhos deve ser expressão de ternura e de superação de tudo aquilo que impede um verdadeiro e fecundo afeto. 

A Igreja e Maria


Maria é redimida como todos os outros, mas o é de maneira particular, fundada na sua missão de tornar-se a mãe de Jesus. Ela é “pré-redimida”, a fim de poder dar à luz o Redentor.

E Jesus faz questão de sublinhar o efeito: “Quem é minha mãe?... os que fazem a vontade de meu Pai” [1]. E Ele responde à mulher que exalta Sua mãe: “Sim, bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” [2].

Então a única prioridade seria a da maternidade física? Sim e não. Não, porque ninguém como ela tinha necessidade de receber e de fato recebeu tal plenitude de fé e disponibilidade com relação de se tornar fisicamente mãe. E justamente tal plenitude a coloca em primeiro lugar, numa posição exemplar também nas palavras libertadoras de Jesus. Ninguém como ela “ouviu e pôs em prática a Palavra de Deus”, até as últimas fibras do corpo, de modo que nela a fá de Abraão na promessa Divina foi levada à plena realização: a sua fé realizou a encarnação da Palavra de uma promessa; naturalmente só porque o próprio Deus, em Sua soberana liberdade, quis tornar-se homem nela, a humilde serva.

Com, efeito, Maria, enquanto serva do Senhor, se encontra de certa forma nivelada no interior da Igreja – todo aquele que como ela for servo ou escravo de Deus pode ser mãe de Jesus, pode permitir à Palavra Divina que se torne Corpo e Carne -, e, contudo não pode ser perfeitamente nivelada aos outros crentes, porque só ela foi mãe corpórea de Jesus, e, portanto, a “pré-redimida”.

Voltemos mais uma vez à imagem das ondas concêntricas que se sobrepõem: entre os demais círculos, Maria é o maior, aquele cujo raio se sobrepõe e contém todos os outros; em outras palavras ela é coextensiva à Igreja na medida em que esta é a Igreja dos Santos, “esposa sem mácula e sem ruga” [3].

Isto é verdade desde o primeiro instante da encarnação. A conseqüência que deriva disso é extremamente importante para o nosso tema e para toda a concepção da Igreja: esta existiu desde a encarnação, certamente não em sua forma institucional – somente muito mais tarde Jesus chamará os doze e os enviará com plenos poderes para pregar e administrar os Sacramentos -, mas numa forma tão perfeita (“imaculada”) como jamais se registrará depois.

Mensagem de boas-vindas!


"Que são a vida dos Santos se não o Evangelho colocado em prática?"
– São Francisco de Sales

Irmãos e irmãs no Senhor, neste dia 1º de janeiro, inauguramos mais um blog da rede de comunicação Informação Católica, no qual você poderá acompanhar diariamente a vida dos santos e santas, pessoas como você e eu que viveram neste mundo em amizade com o Senhor e agora estão com Ele, intercedendo por nós.

Os Santos de Deus são aqueles heróis de JESUS CRISTO que, alcançando uma vitória sobre o demônio, o mundo e a carne, e praticando as virtudes em grau heroico, alcançaram a eterna bem-aventurança.

São modelos de vida em Cristo, e pelo seu testemunho são nossos intercessores junto a Deus. O que fazer para participar dessa felicíssima glória na JERUSALÉM CELESTE?

Temos a Sagrada Escritura, os Mandamentos, os Sacramentos, a Doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana e os exemplos dos Santos.

Nenhuma pessoa humana chegou à eterna felicidade senão pela via da Cruz, e praticando as virtudes do Divino Mestre, da humildade, da paciência, da perseverança, mansidão, castidade, e um abrasado amor a Deus e ao próximo e uma rejeição ao mal e ao pecado.

Por isso, é com muita alegria que estamos iniciando mais este trabalho, espero que você goste e continue nos visitando sempre e acompanhando diariamente a vida destes amigos e amigas de Deus. Nosso lema é: "Ou Santos ou nada!" Amém. 

Salmo 14

1. Senhor, quem morará em vossa casa?
Quem habitará em vossa montanha santa?
2. O que vive na inocência e pratica a justiça, o que pensa o que é reto no seu coração,
3. cuja língua não calunia; o que não faz mal a seu próximo,
e não ultraja seu semelhante.
4. O que tem por desprezível o malvado, mas sabe honrar os que temem a Deus;
o que não retrata juramento mesmo com dano seu,

5. não empresta dinheiro com usura, nem recebe presente para condenar o inocente. Aquele que assim proceder jamais será abalado.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Padre é afastado após celebrar a missa em diciclo elétrico nas Filipinas


Um padre foi afastado por autoridades eclesiásticas nas Filipinas após a divulgação de um vídeo em que o sacerdote aparece celebrando uma missa sobre um hoverboard, uma espécie de skate elétrico.

Falbert San José pode ser visto circulando com o aparelho pela igreja na província de Laguna, enquanto canta e recebe aplausos dos fiéis.

"Isso foi errado", afirmou a diocese de São Paulo, responsável pela região. A nota da diocese confirma que o padre saudou as pessoas e cantou uma música de Natal enquanto circulava de hoverboard, e diz que por isso José está afastado da paróquia para "refletir".

"A Eucaristia demanda o maior respeito e reverência. É a maior forma de devoção da Igreja, e não uma celebração pessoal em que alguém pode caprichosamente introduzir algo para chamar atenção", diz a declaração da diocese.

A autoridade eclesiástica afirma ainda que o sacerdote viu o episódio como um "alerta".

Uma versão do vídeo foi publicada no Facebook pelo grupo católico tradicionalista Novus Ordo. O registro foi amplamente compartilhado, mas motivou reações diversas na rede social.


"Desrespeito total e completo não apenas pelo Senhor mas também pela salvação de todas aquelas pobres almas", afirmou Scott LaLonde. "E além de tudo ele nem conseguia cantar."

Fuga de Jesus para o Egito.


Surge, et accipe puerum et matrem eius, et fuge in Aegyptum — “Levanta-te, e toma contigo o Menino e sua Mãe, e foge para o Egito” (Matth. 2, 13).

Sumário. Considera que Jesus apenas nascido é perseguido de morte por Herodes, sendo assim obrigado a fugir para o Egito, a fim de salvar a vida. Quão penosa devia ser aquela fuga para a sagrada Família e especialmente para o Coração extremamente sensível do Menino Jesus. Minha alma, associa-te àqueles três pobres exilados, compadece-te deles, e quando o Senhor te provar com tribulações, une os teus padecimentos aos daqueles santos personagens. Considera igualmente que pelos pecados que cometeste, renovaste para Jesus a perseguição de Herodes.

I. O Anjo aparece em sonhos a São José e lhe dá a entender que Herodes vai procurar o Menino Jesus, para Lhe tirar a vida. Surge, et accipe puerum et matrem eius, et fuge in Aegyptum — “Levanta-te, e toma contigo o Menino e sua Mãe, e foge para o Egito”. Eis como Jesus apenas nascido é perseguido de morte. — Herodes é figura daqueles miseráveis pecadores que vendo Jesus Cristo apenas renascido em sua alma pelo perdão obtido, novamente o perseguem à morte, tornando a pecar: quaerunt puerum ad perdendum eum.

José, tendo recebido a ordem do Anjo, obedece logo, sem demora, e avisa a sua santa Esposa. Ajunta a pouca ferramenta que podia carregar, a fim de exercer o seu ofício no Egito, e deste modo sustentar a sua pobre família. — Maria, por seu lado, faz uma pequena trouxa dos paninhos, ao uso do divino Menino. Depois entra na pobre morada, ajoelha junto ao berço de seu tenro Filhinho, beija-Lhe os pés, e derramando lágrimas de ternura, lhe diz: Ó meu Filho e meu Deus, acabas de nascer e de vir ao mundo para salvar os homens e já os homens vêm procurar-Te para Te matarem! — Toma em seguida o Menino nos braços e enquanto os santos Esposos choram, saem da casa, fecham a porta e na mesma noite se põem em caminho para o Egito.

Considera em espírito quais foram as ocupações daqueles santos viajantes durante a jornada. Não falam senão sobre seu caro Jesus, sobre a sua paciência e o seu amor, e desta maneira consolavam-se nas dificuldades e incômodos de tão longo caminho. Oh! Quão doce é o sofrimento quando se olha para Jesus que sofre! Associa-te, minha alma, diz São Boaventura, a esses três santos e pobres exilados; compadece-te deles na viagem tão penosa, longa e incômoda, que estão fazendo. Roga a Maria que te faça sempre trazer o seu Filho divino em teu coração. 

Medalha do Jubileu da Misericórdia: o pai que recebe o filho pródigo


A medalha oficial do Jubileu Extraordinário da Misericórdia 2015-2016 foi apresentada hoje (29) no Vaticano.

A medalha, conforme nota da Sala de Imprensa da Santa Sé, tem o escudo do Papa Francisco coroado com a frase: Iubilaeum Extraordinarium Misericordiae 2015 e abaixo o nome do artista que a concebeu.

Na parte de trás figura a arte de Rembrandt “O retorno do filho pródigo", preservado no Museu Hermitage em São Petersburgo, inspirada na parábola evangélica do pai misericordioso.

Uma curiosidade é que as mãos do Pai são uma masculina e outra feminina para dizer que o perdão é do Pai, mas passa através do ministério da Igreja. Em torno da imagem está gravada a frase: In aeternum misericórdia eius, do Salmo 135. 

No último dia do ano, a Igreja canta o 'Te Deum'


Um ar de triunfo e alegria pairava sobre a cidade de Orléans naquele belo dia de maio de 1429. O estandarte de Santa Joana d'Arc, semeado de flores-de-lis e tendo as figuras de Jesus e Maria, tremulava ao vento, entre brados de júbilo dopovo. Repicavam os sinos enquanto pela ponte do rio Loire adentrava a intrépida virgem que reerguera uma França desmoralizada e dividida. Sob as ogivas da Catedral de Sainte-Croix, milhares de vozes entoavam um hino de vitória e ação de graças: o Te Deum.

Da Idade Média até os nossos dias

Ao longo dos séculos, em ocasiões de especial relevância - uma insigne vitória ou algum outro grande dom recebido da Providência -, o povo cristão utilizou-se do Te Deum para manifestar aos Céus sua gratidão. A História registra diversos desses momentos.

Em 20 de janeiro de 1554, por exemplo, quando a cidade de Lisboa exultava pelo nascimento do herdeiro do trono luso, Dom Sebastião, o Desejado, a Igreja uniu-se ao júbilo geral, promovendo solene Te Deum acompanhado do repicar dos sinos. E em 12 de setembro de 1683, após a famosa Batalha de Viena, o rei polonês João Sobieski entrou vitorioso na cidade e cantou com o povo o Te Deum, agradecendo a intervenção da Mãe de Deus, que lhes prestara seu invencível auxílio.

Hoje, as comunidades cristãs do mundo todo se reúnem para entoar solenemente este hino a cada 31 de dezembro, por ocasião das Primeiras Vésperas da Solenidade de Maria Santíssima. Sobre este belo costume, o Papa Bento XVI afirma: Deus "fez-Se como nós, para nos fazer como Ele: filhos no Filho, portanto, homens livres da lei do pecado. Não é este porventura um motivo fundamental para elevar a Deus a nossa ação de graças? Uma ação de graças que não pode deixar de ser ainda mais motivada no final de um ano, considerando os numerosos benefícios e a sua assistência constante que pudemos experimentar no arco dos doze meses transcorridos".1

Hino de louvor e súplica

Cântico de arrebatadora beleza, tanto pela admirável evocação da Igreja triunfante e militante, como pela efusiva proclamação dos atributos e benefícios divinos, possui o Te Deum três partes bem características.

Na primeira, ressalta-se a glorificação da Santíssima Trindade por todos os seres racionais: os Anjos e os Santos prosternam-se em adoração diante desse augusto Mistério. A segunda é uma exaltação de Jesus Cristo, o Verbo Encarnado, o Redentor, que voltará no fim dos tempos como Supremo Juiz para julgar os vivos e os mortos. Por fim, a terceira contém uma veemente súplica: "Fazei-nos ser contados, Senhor Vos suplicamos, em meio a Vossos santos na Vossa eterna glória".

Aqui termina o hino propriamente dito. O que se segue é um apêndice, composto de versículos extraídos de diversos salmos2, acrescentado posteriormente ao texto original. 

Papa explica as lições que podemos aprender de Jesus Menino e deixa uma tarefa aos católicos


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 30 de dezembro de 2015


Irmãos e irmãs, bom dia!

Nestes dias natalícios é colocado diante de nós o Menino Jesus. Tenho certeza de que nas nossas casas ainda muitas famílias fazem o presépio, levando adiante esta bela tradição que remonta a São Francisco de Assis e que mantém vivo nos nossos corações o mistério de Deus que se faz homem.

A devoção a Jesus Menino é muito difundida.. Tantos santos e santas a cultivaram em suas orações cotidianas e desejaram modelar suas vidas sobre aquela do Jesus Menino. Penso, em particular, em Santa Teresa di Lisieux, que como monja carmelita levou o nome de Teresa do Menino Jesus e da Face Santa. Ela – que é também Doutora da Igreja – soube viver e testemunhar aquela “infância espiritual” que se assimila justamente meditando, à escola da Virgem Maria, a humildade de Deus que por nós se fez pequeno. E este é um mistério grande, Deus é humilde! Nós que somos orgulhosos, cheios de vaidade e acreditamos ser grande coisa, somos nada! Ele, o grande, é humilde e se faz menino. Este é um verdadeiro mistério! Deus é humilde. Isso é belo!

Houve um tempo em que, na Pessoa divino-humana de Cristo, Deus foi um menino e isso deve ter um significado peculiar para a nossa fé. É verdade que a sua morte em cruz e a sua ressurreição são a máxima expressão do seu amor redentor, porém não esqueçamos que toda a sua vida terrena é revelação e ensinamento. No período natalício recordamos a sua infância. Para crescermos na fé temos precisamos contemplar com mais frequência o Menino Jesus. Certo, não conhecemos nada deste seu período. As raras indicações que temos fazem referência à imposição do nome depois de oito dias do seu nascimento e à apresentação no Templo (cfr Lc 2, 21-28); e além disso a visita dos Magos com a consequente fuga ao Egito (cfr Mt 2, 1-23). Depois, há um grande salto até os doze anos, quando com Maria e José vai em peregrinação a Jerusalém para a Páscoa e, em vez de retornar com os seus pais, fica no Templo falando com os doutores da lei.

Como se vê, sabemos pouco de Jesus Menino, mas podemos aprender muito com Ele se olhamos para a vida das crianças. É um belo hábito que os pais, os avós, têm de olhar para as crianças, o que fazem. 

Homilética: 2º Domingo do Natal*: "O nosso Deus é um Deus Palavra que nos fala em Jesus".


Toda a liturgia de hoje está permeada de uma palavra maravilhosa: palavra. Palavra que desceu dos céus quando um profundo silêncio e quando a noite envolvia tudo (antífona de entrada). Palavra que colocou a sua tenda aqui embaixo e se encarnou em Cristo (1 leitura e evangelho). Palavra que é Deus, é Vida, é Luz. Palavra que, aproximando-se de nós, elege-nos  para sermos santos e imaculados na sua presença (2 leitura).

Textos: Eclo. 24, 1-4.12-16; Ef 1, 3-6.15-18; Jo 1, 1-18

Pontos da ideia principal:

Em primeiro lugar, o nosso Deus é um Deus que nos fala. Os homens e mulheres desejaram que os deuses lhes dirigissem uma palavra. O salmo faz notar que os ídolos dos pagãos “têm boca e não falam, têm olhos e não veem, têm orelhas e não ouvem, têm nariz e não sentem o cheiro, tem mãos e não tocam, têm pés e não andam, não têm voz nem garganta” (Sal 115, 5-7). Pelo contrário, o profeta Baruc proclama a sorte de Israel que tem um Deus que se comunica com os seus fiéis: “Felizes somos, Israel, pois o que agrada que ao Senhor se nos foi revelado” (cf. Bar 4,4). Deus nos falou por etapas. Primeiro, por meio da natureza, na obra maravilhosa da criação. Depois, falou-nos por meio dos profetas. E finalmente, falou-nos por meio do seu Filho (cf. Heb 1, 1-4). E nos fala porque quer entrar em comunicação conosco, as suas criaturas e os seus filhos prediletos, e assim participar do seu amor e dos seus sonhos. Deus não é um Deus mudo. Deus se fez Palavra e pede uns ouvidos interiores para escutá-la, um coração para interiorizá-la e remoê-la dentro de nós, como fez Maria, e uma vontade para colocar em prática o que essa Palavra me pede, sugere-me ou me exige para meu bem.   

Em segundo lugar, Jesus é a Palavra eterna de Deus, que se fez som para puséssemos atenção e se fez imagem para o víssemos entre nós. Jesus é a revelação de Deus Amor ao homem. Mas é também a revelação de Deus sobre o homem mesmo. Olhando para Ele aprenderemos o que somos e a que dignidade estamos chamados: “A ser santos e irrepreensíveis diante dos seus olhos” (2 leitura). Esta Palavra que e Jesus se oferece a nós, não è imposta. Por isso alguns não a receberam, fecharam as portas da sua casa quando veio a este mundo. “Não havia lugar para Ele”. Ignorar a Palavra de Deus feita carne não nos faz mais inteligentes e livres, mas mais cegos e escravos, mais desumanos. E cairemos no que disse o Papa Francisco na sua viagem aos Estados Unidos: na cultura da exclusão, do descarte, da destruição... e privaremos os nossos irmãos das três T que o Papa mencionou: teto, trabalho, terra. Esta Palavra encarnada “continua batendo as nossas portas, a nossa vida. Não faz isso magicamente, não faz isso com por arte de mágica, com cartais luminosos ou fogos artificiais. Jesus continua batendo a nossa porta no rosto humano, no rosto do vizinho, no rosto de quem está do nosso lado” (Papa Francisco aos sem teto na paróquia de São Patrício, Washington, 24 de setembro de 2015). Mas quando escutamos esta Palavra existem famílias reunidas ao redro dessa Palavra, diálogo, inclusão, paz e reconciliação duradoura, autêntica liberdade, respeito do irmão- pobre, ancião, jovem, criança- e do ambiente.      

Gratidão no campo da graça: O Cristão


Não há dúvida de que ele (o cristão) deve agradecer Àquele que, como afirma Paulo, “me amou e se entregou por mim”. E por trás desta auto-doação de Cristo pelo Pai em colaboração com o Espírito Santo.

A gratidão do cristão é endereçada ao Pai no Cristo dado através do Espírito Santo. Pela auto-doação de Cristo “se constrói” a Igreja com Seu “Corpo”, Sua “esposa” e vaso onde derrama a Sua Plenitude (e que já faz parte de tal Plenitude), Igreja a quem confiou a própria Palavra (a Escritura) e que administra os Seus Sacramentos.

Esta última coisa não é mais evidente aos olhos do homem moderno: a Bíblia lhe parece um livro como milhões de outros, um livro que ele adquire na livraria e que depois lhe pertence como qualquer outro volume comprado. E os Sacramentos perderam em grande parte a sua evidência de “meios necessários para a salvação”. Será que não podem ser substituídos por uma vida honesta, responsável sob o aspecto moral, vivida a serviço do mundo e do próximo? Uma e outra coisa são frutos de uma ilusão de ótica.

Todo homem de alguma forma religioso é grato por toda a vida, não só aos pais, mas também a Deus, que acima de todos os outros bens do mundo, como dom supremo e primário, lhe deu a vida.

Notemos um particular importante: as duas orientações da gratidão – para com os pais e para com Deus – existem sem fazer concorrência, uma ao lado da outra, com a outra e na outra, enquanto o homem reconhece que Deus delegou aos seres vivos algo de Seu poder criador e capaz de produzir frutos. 

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Padre Alessandro Campos pede demissão da TV Aparecida minutos antes do especial de Natal


Desde o último dia 22, padre Alessandro Campos não faz mais parte do quadro de apresentadores da TV Aparecida, emissora católica ligada ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

“O pedido foi feito pessoalmente por ele, momentos antes do programa Aparecida Sertaneja Especial de Natal ir ao ar”, lê-se em um trecho da nota oficial emitida pela emissora. “O Conselho Diretivo da emissora já vinha propondo ao padre, com base em pesquisas de audiência, algumas melhorias em seu programa para o ano de 2016, porém, o padre recusou a proposta e decidiu dedicar-se a outros projetos”.


A vida oculta de Jesus


São muitas as teorias acerca da vida oculta de Jesus, no período compreendido entre os doze anos e o início de sua vida pública, aos trinta. Não há nada na Bíblia que sinalize o modo como Ele viveu aqueles anos, por isso, muito se especula até hoje sobre eles.

Por trás destas teorias está o compreensível escândalo de Nazaré. Assim diz o Evangelho: "De Nazaré pode sair algo de bom?" (Jo 1,46). Existem duas desproporções possíveis: quando se tem fé e quando não. Se não se tem fé e não se crê que Jesus é Deus que se fez homem, mas tão somente um grande profeta, um sábio, um iluminado, um grande líder religioso da humanidade, instala-se a desproporção de causa e efeito, pois Nazaré, sendo um vila muito pequena e humilde, não poderia ter dado ao mundo tão grande e importante sábio. Jesus teria que ter aprendido ou adquirido a sua grande sabedoria em outro lugar que não Nazaré.

Quando se tem fé e realmente se acredita que Jesus é Deus não há o problema da causa e efeito. A sua sabedoria ele a trouxe do Alto. O escândalo se torna o desperdício, pois Jesus sendo quem é - o Salvador - parece ter despediçado anos de sua vida fazendo cadeiras, mesas, portas, trabalhando numa carpintaria, sem nada dizer, enquanto o mundo todo precisava ser salvo.

Contudo, neste escândalo existe uma grande luz. São Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei, na homilia pronunciada no dia 24 de dezembro de 1963, publicada no livro "Cristo que passa", diz:

"por muito que tenhamos pensado nessas verdades devemos encher-nos sempre de admiração ao pensar nos trinta anos de obscuridade que constituem a passagem da maior parte da vida de Jesus entre seus irmãos, os homens. Anos de sombra, mas para nós, claros como a luz do sol, resplendor que ilumina o nosso dia e lhes dá uma autêntica projeção, pois somos cristãos correntes com uma vida vulgar igual a tantos milhões de pessoas nos mais diversos lugares do mundo." (14)

O Santo está dizendo que, ao viver a vida ordinária, comum, do dia a dia, Jesus iluminou a vida de milhões de pessoas. Que Deus, o Criador do Universo, das galáxias, dos anjos, o Sábio dos sábios, o Onipotente, a Luz da luz, tenha se transformado numa pequena vela, bruxuleando na noite de uma pequena vila no interior da Palestina, na periferia do mundo, pode sim soar como um grande escândalo, mas para muitos é um grande farol que ilumina e significa que a vida desses milhões de pessoas tem dignidade. 

As obras de misericórdia são 14. Sendo que, 7 são corporais e 7 espirituais


Estamos vivendo o Ano Santo, o Jubileu extraordinário da Misericórdia, o Papa Francisco instituiu este tema para nos aproximar mais de Cristo, o rosto da misericórdia do Pai. A Quaresma, é   um tempo propício por excelência, para intensificarmos a vivencia desse amor misericordioso.

Muitos ainda têm dúvidas sobre o que significa indulgencia.  É a remissão da pena devida, dos pecados que já fomos perdoados. Sobre isso, escreveu o Papa Francisco: “No sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanecem. A misericórdia de Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela se torna indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no pecado” (Misericordiae Vultus, 22).

Em cada Diocese há nas catedrais e santuários a Porta Santa, pela qual os peregrinos podem passar para obter as indulgencias, desde que confessem, comunguem, façam uma reflexão sobre a misericórdia, acompanhem celebrações com a profissão de fé, façam oração pelo papa e para o bem da Igreja.

Este ano santo não é restritivo, mas  abre para todos os caminhos. 

O Papa estabeleceu que se um prisioneiro estiver na cela e passar pela sua cela num ato de reconciliação tem as indulgências. Se uma pessoa doente acompanhando pela TV daí meu empenho com os meios de comunicação "que não pode ir à igreja por doença ou por idade avançada e participar fielmente da celebração recebe indulgência." 

Também é desejo do Papa que o povo cristão reflita, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia, diz ele que todas as vezes que um fiel viver uma ou mais destas obras pessoalmente obterá sem dúvida a indulgência jubilar.

As obras de misericórdia são 14. Sendo que, 7 são corporais e 7 espirituais. Por mais que já tratamos sobre elas em uma antiga edição, bem como no Livro “20 Passos para a Pz Interior”, vale a pena relembrá-las:

Gratidão no campo da graça: Cristo


O campo específico da graça – que em Cristo leva o homem a ser diretamente filho do Pai Divino, o faz “nascer de Deus” e o liberta dos laços da culpa em que vive longe de Deus – distingue-se claramente do campo da natureza.

De fato, Cristo não seria um homem se não tivesse de agradecer a algum outro homem, a Sua mãe. Efetivamente, na concepção, no parto e na educação deste Filho, a mãe assumiu uma responsabilidade pessoal totalmente, a qual se empenhou tanto no plano espiritual como no físico. Isso é tanto mais verdadeiro se levarmos a sério as palavras do símbolo apostólico: “Nascido da Virgem Maria”.

Cristo, portanto, “nascido de mulher” [1], deve agradecer à sua mãe, porque, somente através de tal ato pode ser homem. 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Homilética: Solenidade da Epifania do Senhor: "Viemos adorá-lo!".


A liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens… Ele é a luz que se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Cumprindo o projeto libertador que o Pai nos queria oferecer, essa “luz” encarnou na nossa história, iluminou os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvação, da vida definitiva.

Inspirado, sem dúvida, pelo sol nascente que ilumina as belas pedras brancas das construções de Jerusalém e faz a cidade transfigurar-se pela manhã (e brilhar no meio das montanhas que a rodeiam), o profeta Isaías sonha com uma Jerusalém muito diferente daquela que os retornados do Exílio conhecem; essa nova Jerusalém levantar-se-á quando chegar a luz salvadora de Deus, que dará à cidade um novo rosto. 

A Carta aos Efésios apresenta-se como uma “carta de cativeiro”, escrita por Paulo da prisão. O tema mais importante da Carta aos Efésios é aquilo que o autor chama “o mistério”: trata-se do projeto salvador de Deus, definido e elaborado desde sempre, escondido durante séculos, revelado e concretizado plenamente em Jesus, comunicado aos apóstolos e, nos “últimos tempos”, tornado presente no mundo pela Igreja.

O episódio da visita dos magos ao menino de Belém é um episódio simpático e terno que, ao longo dos séculos, tem provocado um impacto considerável nos sonhos e nas fantasias dos cristãos… No entanto, convém recordar que estamos ainda no âmbito do “Evangelho da Infância”; e que os fatos narrados nesta seção não são a descrição exata de acontecimentos históricos, mas uma catequese sobre Jesus e a sua missão… Por outras palavras: Mateus não está aqui interessado em apresentar uma reportagem jornalística que conte a visita oficial de três chefes de estado estrangeiros à gruta de Belém; mas está interessado em (recorrendo a símbolos e imagens bem expressivos para os primeiros cristãos) apresentar Jesus como o enviado de Deus Pai, que vem oferecer a salvação de Deus aos homens de toda a terra.

Jesus que se manifestou aos Magos quer vir até nós. Se estamos devidamente preparados, recebamo-l’O sacramentalmente. Aproveitemos este momento privilegiado para falarmos com Ele, pedindo-Lhe nos ajude a vivermos como Ele quer. 

Homilética: Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus (1º de janeiro): "No início era a bênção!"



No início de um novo ano muitas vezes somos relembrados de que devemos adequar ou, até mesmo, readequar nossas expectativas; o ideal, dizem, é que tenhamos nossos corações e mentes tomados pela plenitude da esperança. Não há como discordar dessas palavras. No entanto, faz-se necessário refletir que não existimos sozinhos. Nossas esperanças e expectativas não devem ser pensadas e construídas sem a presença do outro que nos acompanha na história de nossas vidas. Todo ano-novo também deveria ser um novo ano para a comunidade da qual fazemos parte. Quando nos pensamos de forma plural, estamos dizendo aos outros que também eles fazem parte das nossas esperanças e expectativas e que o novo ano que se apresenta não poderá ser construído sem ou até mesmo contra eles. Pensar nos outros é sair de nós mesmos e romper as estruturas que criamos ao nosso redor e que nos impedem de conhecer novas pessoas e com elas interagir. Quando caminhamos em direção aos outros, não somente conhecemos novas pessoas, mas, principalmente, passamos a conhecer melhor a nós mesmos.

Maria Santíssima é uma boa mãe que em tudo procura a honra do Filho. Nunca foi, nem será a intenção de Maria roubar glória a Deus. Ela sempre foi a serva fiel que apontou o caminho de Deus a tantas pessoas, e seguirá realizando esse trabalho. Ela é estrela da evangelização!

A Escritura diz que “Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19) e que “sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração” (Lc 2,51). Maria, Mãe de Deus – porque Jesus é Deus – pensava e repensava nos acontecimentos da história da salvação, da qual o seu Filho é o centro e ela está profundamente inserida. A meditação de Maria é uma meditação de Mãe, ela pensa no seu Filho continuamente. E como bem se sabe, as mães tem uma espécie de sexto sentido.

As mães intuem, sabem, tem o sentido mais profundo da realidade. Nossa Senhora é especializada na vida de Jesus. Ela é mãe. Peçamos a ela que nos ensine através do rosário, que é meditação do que aconteceu com o Filho de Deus e Filho de Maria. 

Inocentes morrem no lugar de Jesus


Hoje, a Igreja celebra o dia do martírio dos Santos Inocentes. Meditamos hoje sobre o evangelho de Mateus 2,13-18.

De Belém se vê, sobre uma colina, uma fortaleza em ruinas: trata-se da tumba do rei Herodes. O lugar do nascimento de Cristo, ao contrário, era uma gruta humilde.

Esses dois lugares diferentes caracterizam os dois reis diferentes: devemos escolher entre eles. Um era soberbo e o outro manso e humilde.

Herodes procurava eliminar todo rival, tanto que mesmo sua família encontrava-se em perigo. Seu coração havia ficado cada vez mais endurecido com o passar do tempo, devido ao seu pecado. Não teve piedade e compaixão nem mesmo diante das crianças inocentes, que comemoramos hoje.

A sua morte nos põe diante de um paradoxo: eles são mortos no lugar de Jesus, que veio ao mundo para morrer por eles.

Jesus, príncipe da paz, veio para reconciliar o mundo com Deus, trazer o perdão aos pecadores e para nos fazer participar da sua vida divina.

O evangelho ainda mostra de um lado a disposição de José em aceitar a vontade de Deus a respeito de Jesus e, do outro lado, o mal, a injustiça que frequentemente encontramos em nossa vida, concretizada na morte pelo martírio das crianças Inocentes.

José nos oferece um testemunho bem claro de resposta decidida perante o chamado de Deus. Nós nos identificamos com ele quando devemos tomar decisões nos momentos difíceis de nossa vida e de nossa fé. Mas ele dá para nós o exemplo: «Levantou-se de noite, com o menino e a mãe, e retirou-se para Egito» (Mt 2,14). 

domingo, 27 de dezembro de 2015

Papa: "Cada família cristã torne-se um lugar privilegiado em que se experimenta a alegria do perdão".


HOMILIA
Santa Missa na Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José e pelo Jubileu das Famílias
Basílica Vaticana
Domingo, 27 de dezembro de 2015


As leituras bíblicas, que acabamos de ouvir, apresentam-nos a imagem de duas famílias que realizam a sua peregrinação à casa de Deus. Elcana e Ana levam o filho Samuel ao templo de Silo e consagram-no ao Senhor (cf. 1 Sm 1, 20-22.24-28). E da mesma forma José e Maria, juntamente com Jesus, vão como peregrinos a Jerusalém pela festa da Páscoa (cf. Lc 2, 41-52).

Muitas vezes os nossos olhos deparam com os peregrinos que vão a santuários e lugares queridos da devoção popular. Mesmo nestes dias, há muitos que se puseram a caminho para penetrar na Porta Santa aberta em todas as catedrais do mundo e também em muitos santuários. Mas o fato mais interessante posto em evidência pela Palavra de Deus é a peregrinação ser feita pela família inteira: pai, mãe e filhos vão, todos juntos, à casa do Senhor a fim de santificar a festa pela oração. É uma lição importante oferecida também às nossas famílias. Antes, podemos dizer que a vida das família é um conjunto de pequenas e grandes peregrinações.

Por exemplo, como nos faz bem pensar que Maria e José ensinaram Jesus a rezar as orações! E esta é uma peregrinação, a peregrinação da educação à oração. E como nos faz bem saber que, durante o dia, rezavam juntos; depois, ao sábado, iam juntos à sinagoga ouvir as Sagradas Escrituras da Lei e dos Profetas e louvar o Senhor com todo o povo! E que certamente rezaram, durante a peregrinação para Jerusalém, cantando estas palavras do Salmo: «Que alegria, quando me disseram: “Vamos para a casa do Senhor!” Os nossos passos detêm-se às tuas portas, ó Jerusalém» (122/121, 1-2)!

Como é importante, para as nossas famílias, caminhar juntos e ter a mesma meta em vista! Sabemos que temos um percurso comum a realizar; uma estrada, onde encontramos dificuldades, mas também momentos de alegria e consolação. Nesta peregrinação da vida, partilhamos também os momentos da oração. Que poderá haver de mais belo, para um pai e uma mãe, do que abençoar os seus filhos ao início do dia e na sua conclusão? Fazer na sua fronte o sinal da cruz, como no dia do Batismo? Não será esta, porventura, a oração mais simples que os pais fazem pelos seus filhos? Abençoá-los, isto é, confiá-los ao Senhor, como fizeram Elcana e Ana, José e Maria, para que seja Ele a sua proteção e amparo nos vários momentos do dia? Como é importante, para a família, encontrar-se também para um breve momento de oração antes de tomar as refeições juntos, a fim de agradecer ao Senhor por estes dons e aprender a partilhar o que se recebeu com quem está mais necessitado. Trata-se sempre de pequenos gestos, mas expressam o grande papel formativo que a família possui na peregrinação de todos os dias. 

Como vemos os nossos filhos?


Percebe-se atualmente uma crise educativa cada vez mais intensa. De modo geral, constata-se que o nível médio de educação diminui drasticamente e que o processo formativo dos jovens enfrenta grandes dificuldades. As crianças e os adolescentes aprendem cada vez menos; a autoridade dos professores tende a desaparecer e os jovens, em meio a uma aparente energia, sentem-se sós e desorientados. E isso numa época de incrível desenvolvimento da Pedagogia. Nunca houve tantas pessoas que estudam essa ciência e nunca tivemos tantas teorias pedagógicas como agora. No Brasil a crise educativa é cada vez mais preocupante, embora tenha eminentes pedagogos. Um recente estudo comparou a educação em 40 países e mostrou que o Brasil (6ª Economia do mundo) ficou em 39º lugar na educação, atrás de países como Singapura (5º), Romênia (32º), Turquia (34º) e Argentina (35º)[1]. Certamente uma das causas da atual crise educativa no Brasil não é a falta de recursos, mas algo mais profundo: não sabemos mais como ver e tratar os nossos filhos.

Até a metade do século passado, tinhamos uma ideia bem clara sobre o que eram os nossos filhos: acima de tudo, eram considerados um dom de Deus, um presente que nos tinha sido dado para ser tratado com atenção, carinho e muita resposabilidade. Os filhos eram visto como um dom divino e a paternidade era considerada uma participação especial no poder criador de Deus. De modo que os filhos eram tratados com respeito e a vida era acolhida com alegria e generosidade.

Isso se deve ao fato de que nosso modo de viver até então era marcado pelos ensinamentos da cultura judaico-cristã. Seguia-se o exemplo de figuras como a de Ana (Cfr. 1 Sam. 1), uma mulher estéril que todos os anos ia a um Templo de Israel prestar culto a Deus, e que, certa vez teve a ousadia de pedir-lhe um filho. Depois que Deus escutara suas ferventes orações, ela retornou ao Templo para agradecer o dom recebido e para consagrar a vida daquele novo ser a Deus. Ana era plenamente consciente de que a vida humana procede e retorna a Deus, para quem nada é impossível.

A partir da “revolução” de 1968 uma nova cultura surgiu, na qual a visão bíblica foi abandonada. S. Freud, na sua época, sonhava o dia em que fosse separada a geração dos filhos da estrutura familiar, algo que a partir de 68 vem se tornando frequente. Desde então, procura-se incutir nos jovens a idéia de que os filhos são um obstáculo, algo que tolhe a liberdade, a autonomia e que impede a realização pessoal. Os filhos passam a ser considerados como uma ameaça e a gravidez como uma espécie de doença, que deve ser evitada a todo custo. E às pessoas que não são tão jovens, transmete-se a ideia de que os filhos são um “direito”. Desse modo, os filhos passam a ser considerados ou como uma “ameaça” ou como um “direito”, não mais como um dom. Daí surgem problemas sérios. Na Inglaterra, por exemplo, esse ano um dos pedidos mais feitos ao “Papai Noel” pelas crianças foi um pai; outro pedido comum foi, simplesmente, ter um irmão. O risco atual é que os adultos passem a considerar os próprios filhos como uma espécie de “mercadoria”, um sonho de consumo, que deve ser realizado num momento perfeitamente determinado. Os filhos são cada vez mais frutos de cálculos e não tanto do amor. E isso deixa feridas graves nas crianças.

Deixar de considerar os filhos como um dom divino e tê-los simplesmente como o resultado de uma técnica é um passo importante para a desconfiguração das famílias e para arruinar a educação. De fato, ocorre com frequência que os pais, paradoxalmente, procuram “superproteger” os filhos, buscando livrá-los de qualquer perigo e, ao mesmo tempo, não querem encontrar o tempo para dedicar-se à difícil tarefa educativa dos mesmos. As crianças são enviadas cada vez mais cedo às escolas e os professores devem se empenhar em transmitir valores que as crianças deveriam ter recebido em casa.