“Vinde após mim; eu vos farei pescadores de homens” (Mc 1,17). Estamos ainda no mês de janeiro e, graças a bondade de Deus e a sabedoria da nossa Mãe Igreja, estamos meditando nesses primeiros domingos alguns temas importantíssimos na configuração da própria vida cristã. Hoje o Evangelho nos leva a fazer oração sobre a realidade da vocação.
Deus chamou a cada um de nós – leigos, sacerdotes, religiosos – para sermos pescadores de homens. Sendo isso verdade, não nos esqueçamos de que antes de sermos pescadores nós fomos pescados pelo Senhor. E isso tem uma importância enorme: considerar-se pescado pelo Senhor é saber-se na mesma barca de Cristo governada visivelmente pelo sucessor de Pedro e que navega rumo à eternidade, à santidade, à felicidade. Todos e cada um de nós, ao considerarmo-nos pescados por Cristo, somos conscientes de que a Igreja vai adiante também com a nossa santidade pessoal. Sem dúvida, a Igreja é indefectível, isto é, chegará à escatologia, será fiel até o fim; mas nós, que também somos Igreja, precisamos ser fiéis de verdade, ou seja, santos. O primeiro chamado que Deus nos dirigiu foi a vocação à santidade, chamou-nos desta maneira: “vinde após mim”. Estas palavras significam discipulado, seguimento, imitação fiel, santidade!
Na Igreja todos temos vocação: a universal, à santidade; outra, específica. Esta vocação específica nada mais é que a maneira concreta de realizarmos a vocação universal à santidade: uns se santificarão como leigos no meio do mundo, levando todas as coisas a Deus desde dentro das mesmas realidades temporais; outros, santificar-se-ão através do ministério sacerdotal, no qual se dedicarão inteiramente ao serviço dos seus demais irmãos na fé ministrando-lhes a Palavra de Deus e os Sacramentos da fé, governando o Povo de Deus com a autoridade do próprio Cristo; outros, finalmente, encontram o seu caminho de santidade na vida consagrada através dos conselhos evangélicos de pobreza, obediência e castidade vividos em comunidade e como sinal da vida eterna presente no meio de nós. Em cada uma dessas vocações se deve viver o seguimento do Senhor: vinde após mim! Segue-me com o teu amor e a tua fidelidade!
A vocação é uma realidade norteadora de toda a nossa vida. Quem tem uma meta sente-se motivado a procurar determinados meios para conseguir o objetivo vocacional. Para cada cristão é capital saber o chamado específico que Deus lhe faz: qual é a minha vocação? Pergunta-se a filha ou o filho de Deus interessado no cumprimento da vontade amorosa do seu Pai do céu.
Nesse sentido, é muito importante que os pais ajudem os seus filhos a descobrirem a própria vocação. Uma vez descoberta a vontade do Senhor para um dos seus, os pais devem respeitar o caminho que o Senhor escolheu para eles e que eles aceitaram livremente para a glória de Deus, o bem dos outros e a consecução da própria felicidade. Neste sentido, é interessante notar o fato de que Zebedeu, pai de João e de Tiago, que contava com a ajuda de seus filhos no ofício de pescadores, não os impediu de seguirem Jesus. Gosto de pensar em Zebedeu como um homem bom que, apesar das próprias necessidades laborais, entendia que os seus filhos iam estar muito bem na companhia do Messias, de Jesus Cristo. Também a mulher de Zebedeu será contada entre o grupo daquelas mulheres piedosas que seguiram o Cristo (cf. Mt 27,56).
Ajudados ou não pelos pais, cada pessoa deve sentir-se responsável diante de Deus pela resposta que lhe dá ao chamado feito para segui-lo. Cada um é responsável pela própria vocação e ninguém o substitui na resposta e na conservação do chamado. A grande maioria da juventude será chamada para a vocação laical e matrimonial; alguns serão chamados à entrega a Deus no celibato apostólico. Destes últimos, uns permanecerão no estado laical, outros receberão o sacramento da ordem, outros ainda se dedicarão ao Senhor na vida religiosa. No dia de hoje, vamos pedir ao Senhor que muitos jovens descubram a sua vocação, o sentido das suas vidas, o encanto do seu existir.
COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
Leituras: Jon 3, 1-5.10; 1 Cor 7, 29-31; Mc 1, 14-20
O início da atividade apostólica de Jesus, para S. Marcos, é um convite à conversão! No Evangelho deste Domingo ( Mc 1, 14 – 20 ) ressoam as palavras da primeira pregação de Jesus na Galileia : “Completou – se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei – vos e crede na Boa Nova” ( Mc 1,15).
Acabou-se o tempo das promessas e da espera: O Messias chegou e está começando o seu ministério! A sua presença é a plenitude dos tempos, tornando-os veículos da misericórdia de Deus e da história da salvação.
Para acolher Jesus, a condição primeira é a conversão, a mudança profunda de vida que exige, sobretudo, a luta contra o pecado e, consequentemente, a rejeição de tudo aquilo que o pode desviar do amor e da Lei de Deus. Uma conversão parecida à que Deus exigiu à cidade de Nínive, por meio da pregação de Jonas, e que os seus habitantes praticaram, abandonando “o seu mau caminho” (Jn 3, 10). Mas, a fuga do pecado é apenas a primeira fase da conversão anunciada por Jesus, que exige também um segundo momento que é destacado no Evangelho: “Acreditai na Boa-Nova”.
Quem é o que os chama? Jesus, o Filho do Deus Vivo, o Messias, o Senhor, o Mestre, o bom Pastor, o Pão da vida, a Luz do mundo, o Caminho e a Verdade e a Vida. Jesus, o filho de Maria, a de Nazaré que lhe deu carne e batimento humano. Jesus, o grande Pescador de homens, lançado neste mar da vida para salvar dos dentes dos tubarões o que pronunciar o seu nome e o aceitar como único Redentor, subindo na cabotagem da sua Igreja, cujos primeiros remadores são estes discípulos de Galileia. Sim, é Jesus de Nazaré quem os escolhe; esse Jesus pobre, austero, livre, confiante na Providencia divina. Não lhes promete coisas nem dinheiro, pois o dinheiro em mãos dos consagrados pode ser perigoso, criar dependência humana, rebaixar a dependência divina, corromper a austeridade de vida. E se não, que fale a história de algumas ordens religiosas: a sua corrupção ou relaxamento sempre por causa da sua riqueza. Muito melhor livres, sozinhos, distintos e distantes. E se não, que fale Jesus por nós.
O cristão tem que aderir positivamente ao Evangelho com uma fé vivificada pelo amor, que não se fica apenas na sua aceitação teórica, mas procura evidenciá-lo com a vida prática. É necessário e urgente, pois, deixar de lado a mentalidade terrena que faz com que o homem viva e atue apenas com vistas à felicidade e aos interesses temporais.
O Evangelho diz: Convertei – vos! Paulo esmiúça esta importante palavra em algumas atitudes mais concretas; diz – nos: os que têm mulher vivam como se não tivessem (…) os que choram, como se não chorassem. “A aparência (a figura) deste mundo passa”, adverte S. Paulo (1 Cor 7,29 – 31). Estamos diante de um paradoxo: Quem está casado, viva como se não o estivesse! É uma palavra forte, aparentemente em contraste com todas as coisas belas que, em outras circunstâncias, a Palavra de Deus nos disse sobre o matrimônio. Mas o contraste é somente aparente. Ela se atém apenas a explicar a palavra dita por Jesus aos saduceus, a respeito da mulher que tinha passado por sete maridos: “Neste mundo, homens e mulheres casam – se, mas os que forem julgados dignos de participar do mundo futuro e da ressurreição dos mortos não se casam…” ( Lc 20, 34s).
É preciso criar-se uma consciência cristã capaz de fomentar desejos, intenções, hábitos, e comportamentos em total sintonia com o Evangelho de Cristo. E isto é tão urgente quanto “o tempo é breve” (1 Cor 7, 29), brevidade esta, fixada precisamente pela vinda de Cristo e da qual não fica mais que uma fase histórica, ou seja, a que separa o dia de hoje da sua última vinda. O tempo não tem mais que um sentido: acertar os passos do homem – individual ou coletivamente – no seu caminho para a eternidade.
Quem chama? Não filósofos, nem sábios, nem arquitetos, nem sumos sacerdotes ou escribas. Não. Chama pobres pescadores. Não eram mendigos, mas sim trabalhadores; iam à sinagoga nos sábados, mas não pisaram a escola nos dias da sua vida; não tinham gota de sangue azul nas suas artérias nem um centavo no bolso nem outro horizonte de vida que os montes, os ventos e as ondas do seu lago natal. Eram proletários, esses que parecem agradar a Deus e temos que tomar em consideração a quantidade desses que Ele elege! Dessa pedreira Cristo tirou uns apóstolos que deram a sua vida por Ele. Arquimedes disse três séculos antes de Jesus: “dá-me um ponto de apoio e eu moverei a terra”. E a alavanca não funcionou. Jesus disse: “dá-me doze simples pescadores e mudarei o mundo”. Foi êxito seguro. Pescadores com barcos e quilhas bem chacoalhadas, as suas redes remendadas, as suas cheias de calos, o seu coração no ar e dependendo da providência. Chamou esses com amor e livremente.
A Palavra de Deus nos leva a refletir numa dimensão essencial da vida cristã: a provisoriedade, viver como peregrinos e forasteiros. Diz – nos São Pedro: “”Caríssimos, eu vos exorto como a migrantes e forasteiros: afastai – vos das paixões carnais, que fazem guerra a vós mesmos”. Estes termos nos lembram que o nosso viver é provisório, com o pé na estrada, impelidos pela pressa, mas uma pressa boa que se chama fervor, como a dos hebreus quando estavam para deixar o Egito ( cf. Ex 12,11). Não temos aqui cidade permanente, mas estamos à procura da que está para vir. Nós somos cidadãos do céu… ( Hb 13,14 e Fl 3,20).
O convite à conversão estende-se a todos os povos. O tema da conversão e da penitência poderia parecer um tema quaresmal. Porém não é assim! Toda a nossa vida deve ser marcada pela conversão; o ano todo é tempo de conversão; a vida toda é tempo de conversão!
No Evangelho somos chamados, como Simão e André, a aceitar o convite de Jesus: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens” (Mc 1, 17). Entramos no discipulado de Jesus se fizermos como Tiago e João: “Jesus os chamou. E eles, deixando o pai Zebedeu na barca com os empregados, o seguiram” (Mc 1, 19-20).
Estes homens deixaram tudo imediatamente e seguiram o Mestre.
Para seguirmos o Senhor, é preciso que tenhamos a alma livre de todo o apegamento; em primeiro lugar, do amor próprio, da preocupação excessiva pela saúde, pelo futuro…, pelas riquezas e bens materiais. Porque, quando o coração se enche dos bens da terra, já não resta lugar para Deus. Por isso o cristão necessita de uma vigilância contínua, de um exame frequente, para que os bens criados não o impeçam de unir-se a Deus, antes sejam um meio de amá-Lo e servi-Lo.
Por que e para que os chama? O porquê está bem claro: porque os amou antes da nossa criação, não pelos seus méritos, que não tinham; e sim muitos deméritos para que não os escolhesse. Para isso, nada mais e nada menos para isso: lançar-se ao mar no mesmo barco de Jesus para pescar muitos peixes e assim não ser devorados pelos tubarões das ideologias da moda e das falácias do mundo, e atraí-los para o mar de Jesus; pois são peixes que o sangue redentor de Cristo ganhou e limpou e formou no esplêndido cardume. Um mar amplo e espaçoso onde terá abundantes peixes de todos os tamanhos e cores: peixes miúdos e grandes; peixes esquálidos e saudáveis; peixes que estão no barco da educação, dos hospitais, dos asilos de anciãos, e em todas as periferias existenciais. Mas também um mar que terá-como tudo na vida-as suas ondas fortes, os seus momentos de calma. Um mar, onde por momentos soprarão os ventos das monções e dos mormaços que parecem que vão nos asfixiar, mas também ventos alísios que nos adormecem na mediocridade; e os glaciares, os que buscarão nos congelar. Um mar cheio de desafios e de piratas e de sereias. Porém, um mar onde Jesus guia o barco e está no timão. O que temer, quem temer? Por isso, quem é escolhido por Cristo como pescador de homens deve rezar todos os dias a oração de santo Inácio de Loiola: “Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, a minha memória, o meu entendimento; todo o que sou e possuo. Vós me destes tudo, a Vós, Senhor, devolvo tudo. Tudo é vosso, disponde de mim como quiserdes. Dai-me o vosso amor e a vossa graça e isto me basta...”.
Cristo continua dirigindo ainda hoje o mesmo apelo: “Vinde após mim e eu farei de vós pescadores de homens” (Mc 1, 17).
É um chamamento para aderir à pessoa de Jesus, para fazer aprender com Ele a ser uma pessoa nova que vive no amor a Deus e aos irmãos.
Todos os batizados são chamados a ser discípulos de Jesus, a “converter-se”, a acreditar no Evangelho, a seguir Jesus nesse caminho de amor e de dom da vida.
Que A Virgem Maria, Mãe da Igreja Uma e Santa, nos obtenha o dom de uma verdadeira conversão, para que se realize o anseio de Cristo: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5, 48). E São Paulo: “A vontade de Deus é que sejais santos…” ( 1Tess 4, 3).
PARA REFLETIR
Nestes inícios do Tempo Comum, a
Liturgia apresenta-nos também os inícios do Evangelho segundo Marcos. Hoje
Jesus aparece inaugurando seu ministério público. Suas palavras são
consoladoras: “O tempo já se completou e o
Reino de Deus está próximo!” Eis! A esperança de Israel até
que enfim iria realizar-se: o Messias, o Salvador esperado estava chegando para
instaurar o Reino! Com Jesus, com sua Pessoa, seus gestos e sua pregação, o
Reinado de Deus, a proximidade do Santo de Israel, seria realmente tocada pelo
povo de Deus. É isso o Reino de Deus: em Jesus, Deus fez-se próximo, Deus veio
acolher, consolar, indicar o caminho, salvar! Em Jesus, o Filho amado, Deus
veio revelar sua paternidade, debruçando-se sobre o aflito, o pobre, o pecador.
Chegou o Reino: Deus veio consolar o seu povo!
Mas, há
algo surpreendente nesse alegre anúncio de Jesus: logo após afirmar que o Reino
chegou, o Senhor intima o povo: “Convertei-vos e crede no Evangelho!” Por que
Jesus dá esta ordem? Os israelitas não estavam esperando o Reino? Por que
precisam se converter? Caríssimos: o Reino que Jesus veio trazer não é de
encomenda, não é sob medida, como gostaríamos. O Senhor não vem nos trazer um
Deus à nossa medida, à medida do mundo, um deus moderninho para consumo das
nossas necessidades, interesses e expectativas. No mundo do fácil, do prático e
do descartável, gostaríamos de um deusinho assim… Jesus nos grita: “Convertei-vos! Crede no
Evangelho!” O Reino somente será Boa-Notícia para quem
abrir-se à surpresa inquietante do Deus que Jesus anuncia. Acolher a novidade,
a Boa-notícia, o Evangelho, acolher esse Deus que chega, exige que saiamos de
nós mesmos, como os ninivitas que, escutando o apelo de Jonas, converteram-se!
Mais tarde, Jesus irá criticar duramente o seu povo: “Os habitantes de Nínive se levantarão no Julgamento,
juntamente com esta geração, e a condenarão, porque eles se converteram pela
pregação de Jonas. Mas aqui está algo mais do que Jonas!” (Mt 12,41).
Como é atual a Palavra deste Domingo! Cheios de nós, adormecidos e satisfeitos
com nossos pensamentos, com nossa lógica cômoda e pagã, jamais poderemos
acolher o Reino em nós e experimentar sua alegria e sua paz! Não esqueçamos,
caros em Cristo: a primeira palavra do Senhor no Evangelho é “convertei-vos!”
Não é possível domar Jesus, não é possível um cristianismo sob medida! Não é
por acaso que o Evangelho de hoje começa falando da prisão de João Batista,
aquele santo profeta que preparou a vinda do Reino. O Reino sofre violência;
violência do mundo, violência do nosso coração envelhecido pelo pecado, da
nossa razão tanta vez fechada para a luz do Cristo. Por isso mesmo, logo após
apresentar o apelo de Jesus, são Marcos nos fala da vocação dos quatro
primeiros discípulos. Certamente, esse chamado deve ser compreendido de modo
muito particular como referindo-se à vocação sacerdotal, que faz dos chamados “pescadores de homens”.
Mas, esse chamamento indica também a vocação de todo cristão: seguir Jesus no
caminho da vida. Nesse sentido, a lição é clara: seguir Jesus exige deixar
tudo, deixar-se e colocar a vida em relação com o Senhor! Somente assim
poderemos acolher o Reino!
Nunca
esqueçamos, irmãos: diante da urgência de estar com Jesus, de viver unido a
ele, de acolher sua pessoa, tudo o mais é relativo! Daí a advertência de São
Paulo na segunda leitura de hoje: “O tempo está abreviado. Então que, doravante os que têm mulher
vivam como se não tivessem, os que choram, como se não chorassem e os que estão
alegres, como se não estivessem; os que fazem compras como se não possuíssem; e
os que usam do mundo, como se dele não estivessem gozando. Pois passa a figura
deste mundo”. Aqui, não se trata de desvalorizar o mundo e o
que de belo e de bom há nele. Trata-se, sim, de colocar as coisas na sua real
perspectiva, na perspectiva do Infinito de Deus e da urgência do Reino. O mundo
atual, com sua cultura pagã, deseja que esqueçamos os verdadeiros valores, que
absolutizemos aquelas coisas que são relativas, que deixemos de lado aquilo que
realmente importa. E o que importa? Escutai, caríssimos: “Buscai, em primeiro lugar, o
Reino de Deus e a sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado!” (Mt 6,33).
Somos chamados a abrir nossa existência, abrir nosso coração, nossa vida,
nossos valores para o Cristo que nos traz o Reino do Pai do Céu! Mas somente
poderemos acolhê-lo de fato se nos colocarmos diante dele com um coração de
pobre, com a consciência de que precisamos realmente do Senhor, que, sozinhos,
não nos realizaremos, não seremos felizes, não alcançaremos a verdadeira vida!
É
triste perceber hoje quantos cristãos se sentem tão à vontade nessa sociedade
consumista, secularizada, pagã e satisfeita consigo própria. Esses,
infelizmente, jamais experimentarão a doçura do Reino, que somente poderá ser
compreendido por quem chorou, quem teve fome e sede de justiça (isto é de
amizade com Deus), quem foi puro, que foi perseguido… É por isso que tantas
vezes ouviremos, nos domingos deste ano, o Senhor afirmar que somente poderá
compreender e acolher o Reino quem tiver um coração de pobre.
Caríssimos,
convertamo-nos! Levemos a sério que o modo de pensar e sentir de Deus não são o
nosso! Tenhamos a coragem de nos deixar por Cristo. São Jerônimo, comentando a
atitude dos quatro primeiros discípulos chamados pelo Senhor, afirma: “A verdadeira fé não conhece
hesitação: imediatamente ouve, imediatamente crê, imediatamente segue…” Seja
assim a nossa fé no Senhor, seja assim nossa adesão ao nosso Salvador! Então,
seremos felizes de verdade, porque perceberemos que o que Cristo nos trouxe é
uma Boa Notícia, a melhor de todas: Deus nos ama, caminha conosco e, no seu
bendito Filho, nos convida à amizade íntima com ele, nesta vida e por toda
eternidade! Amém.
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