Os telejornais estão dando grande destaque ao ataque
ocorrido na última quarta-feira em Paris, em que terroristas mataram 12 pessoas
no escritório da revista Charlie Hebdo, deixando outras quatro gravemente
feridas. A reação da sociedade está em geral está sendo desastrosamente
equivocada. Não tem bonzinho nessa
história! São quatro níveis de joselitagem:
Joselitos
nível júnior – são aqueles que envolvem os vitimados numa aura de nobreza e
heroísmo;
Joselitos
nível sênior – tentam botar a culpa da tragédia nas próprias vítimas,
dizendo que não deveriam ter “ofendido o Islã” (sobre isso, leiam o artigo
de Leandro Narloch);
Joselitos
nível master - querem jogar a culpa da tragédia em todas as
religiões como um todo (é aquele velho papinho idiota de John Lennon de que o
mundo só terá paz se não houver religião);
Joselitos
nível “acredito em coelho da Páscoa” – são pessoas de espírito inocente,
que engoliram fácil a estratégia da mídia esquerdista de mostrar os muçulmanos
“pacíficos” que vivem na Europa como as grandes vítima desse atentado, pois
agora os coitadinhos serão ainda mais perseguidos pelos europeus malvados
islamofóbicos…
A seguir, vamos descer a ripa em toda essa
joselitagem. Não há qualquer justificativa para os terroristas bárbaros, e nem
tampouco os infelizes cartunistas blasfemos viraram heróis só porque
morreram.
Fundamentalismo
religioso, não! Fundamentalismo Islâmico.
Foi patético ver no Jornal Nacional o depoimento de
famosos cartunistas brasileiros, que falaram em “crime de intolerância
religiosa”, “fundamentalismo religioso” e outras frases covardes que podem
espirrar de modo totalmente injusto e leviano para todas as outras religiões.
Fundamentalismo religioso, não, meus senhores! FUNDAMENTALISMO ISLÂMICO. Mas,
depois da chacina em Paris, quem vai querer dar nome aos bois, não é mesmo?
O pior é aquela galera que, para toda e qualquer
desgraça que acontece no mundo, dá um jeito de falar mal da Igreja Católica. A
perna da miss-bumbum infeccionou por causa do hidrogel? “Culpa da Igreja
opressora e machista!” Terroristas islâmicos fuzilaram cartunistas blasfemos?
“Não é culpa da Igreja, mas bem poderia ter sido, porque no Antigo Testamento
tá escrito que os hebreus deveriam matar os outros povos!”. Única resposta razoável: retardado, tu já
viu algum cristão explodir ou fuzilar blasfemos?
Como bem disse o professor de História William
Botazzini: “Se um cristão fosse matar todo mundo que zomba de seus costumes e
de sua fé… ele se tornaria o maior serial killer da história”.
A blasfêmia contra a Igreja e o Cristo pulula em
toda parte. As bizonhas do Fêmen, a Lady Gaga, exposições de “arte” e os atores
aquela peça de teatro furreca ali na esquina blasfemam livremente, e ainda
ganham a fama de “ousados”. Que ousadia pode haver na covardia e no clichê?
Nesse sentido, é emblemática a declaração do comediante Fábio Porchat
ao jornal Estadão: “A gente tem batido em coisas que, na verdade, merecem
apanhar. (…) Eu, por exemplo, não faço
piada com Alá e Maomé, porque não quero morrer! Não quero que explodam a
minha casa só por isso (risos)”.
O Porta dos Fundos, aliás, faz vídeos escabrosos atacando a fé cristã, mas quando o
assunto é islamismo eles pegam bem levinho! Fizeram apenas um vídeo bem
fofo sobre a burca, sem qualquer tom de afronta. Quem nos dera que eles
fizessem piadas com o cristianismo nesse nível! Ou seja, no fundo, até aqueles
que mais odeiam a Igreja Católica sabem que o catolicismo é a verdadeira
religião da paz. Espertinhos, hein?
Islamofobia:
só os ingênuos caem nesse papo
Acompanhando a repercussão da tragédia entre meus
amigos católicos, percebi que muitos deles caíram no papinho de vitimização dos
muçulmanos que vivem na Europa. A mídia esquerdizada está conseguindo mudar o
foco do problema – que é “como o Ocidente pode se defender da jihad?” – para o
mimimi da tal islamofobia.
Amigos, abram o olho! Que chongas de islamofobia é
essa que permite que os muçulmanos construam centenas de mesquitas por toda a
Europa, enquanto os cristãos (católicos, ortodoxos e protestantes) sofrem
terríveis violências em quase todos os países de maioria muçulmana? E mesmo nos
países onde a vida dos cristãos pode ser bastante tranquila – como na Arábia
Saudita – estes não têm nem mesmo o direito de andar com um crucifixo no
pescoço!
Vamos falar
em reciprocidade? Roma abriga a maior mesquita na Europa. Ok… E será que os
muçulmanos permitiriam que construíssemos uma catedral em Meca?
Então, que fique claro: AS VÍTIMAS AQUI SÃO OS
MEMBROS DA CIVILIZAÇÃO CRISTÃ. Membros que são católicos, ortodoxos,
protestantes, ateus… Esses é que estão encurralados. Se queremos
sobreviver, não caiamos nesse trololó de “ain… e agora, a islamofobia?”. Rélôoooooou, quem está sofrendo violência,
afinal?
Somos todos
Charlie? Eu não!
Após serem covardemente assassinados, os quatro
famosos cartunistas da Charlie Hebdo foram transformados em ícones da
liberdade de expressão. Isso só mostra o quanto o Ocidente, cuspindo e
renegando sua raiz cristã, só fez cair em um abismo de decadência.
As bases
da liberdade de expressão foram lançadas no sistema universitário
medieval, criado pela Igreja (saiba mais aqui). Porém, com o afastamento
cada vez mais crítico da população europeia dos valores cristãos, o conceito de
liberdade de expressão foi deturpado, sendo completamente despido de bom senso
e de um saudável limite.
Capa de uma das edições da Charlie Hebdo |
Nos países realmente democráticos é garantida a
liberdade de expressão. Mas se eu abusar dessa liberdade – por exemplo,
publicando em um site a caricatura de uma celebridade com algo enfiado no ânus
– eu certamente serei processada, e muito justamente. Porém, o mesmo limite não
vale para os cartunistas (que também se intitulam como jornalistas): é como se
eles estivessem acima de tudo e de todos! Todos precisam respeitar limites
menos eles! Por quê? Eles são uma classe de pessoas superiores?
Esse é exatamente o caso da revista Charlie Hebdo.
A publicação se tornou célebre por suas charges abjetas, que indicam que seus
cartunistas tinham uma grotesca obsessão por mostrar personalidades veneráveis
e sagradas para a Igreja e para o Islã sendo penetradas, com objetos enfiados
no ânus, dando beijo gay etc.
Notem: o ápice da demonstração de talento e humor
dos “grandes cartunistas” era desenhar seus alvos em situações sexualmente
bizarras. Posso até imaginar a rotina de conversas na redação, sempre a
mesma titica…
SEGUNDA-FEIRA, na redação:
– Vamos fazer
uma piada engraçada com a religião X?
– Claro! Que
tal desenhar seu líder sendo penetrado por trás?
– Boa ideia!
Isso é que é jornalismo com humor ácido e inteligente!
TERÇA-FEIRA, na redação:
– Vamos fazer
uma piada engraçada com a religião Y?
– Claro! Que
tal desenhar seu profeta sendo penetrado por trás?
– Boa ideia!
Que inusitado!
QUARTA-FEIRA, na redação:
(…)
E agora esses “gênios” do humor são os mais novos
mártires da França. Isso sim é uma piada! Bem, mas cretinice e falta de
criatividade não faz de nenhum cartunista merecedor de ser assassinado. Ontem foram os cartunistas as vítimas,
amanhã pode ser qualquer um de nós. O Papa Francisco, refletindo o
pensamento de toda a cristandade, classificou o atentado com uma violência
abominável (Fonte: Rádio Vaticano).
Saudades das zoações autenticamente hilárias sobre
religião do ateu Chico Anysio, da galera mítica do Monte Phyton! E nunca é
demais ver de novo essa performance impagável do Leandro Hassum:
O mais
triste é que a liberdade de expressão na França é garantida somente para os
inimigos da religião. Enquanto isso, em Paris, o simples fato de usar uma
camiseta com a estampa em defesa da família tradicional foi motivo para que
mais dez pessoas fossem detidas pela polícia, em 2013 (parece mentira, mas não
é! A notícia foi publicada no jornal Le Figaro).
Esse é o Estado Laico europeu: para os
debochadores do sagrado, o céu (ou melhor, o inferno) é o limite; aos
religiosos, mordaça!
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Fonte: O Catequista
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