domingo, 11 de janeiro de 2015

A intolerância dos terroristas e a intolerância dos humoristas blasfemos


Os telejornais estão dando grande destaque ao ataque ocorrido na última quarta-feira em Paris, em que terroristas mataram 12 pessoas no escritório da revista Charlie Hebdo, deixando outras quatro gravemente feridas. A reação da sociedade está em geral está sendo desastrosamente equivocada. Não tem bonzinho nessa história! São quatro níveis de joselitagem:

Joselitos nível júnior – são aqueles que envolvem os vitimados numa aura de nobreza e heroísmo;

Joselitos nível sênior – tentam botar a culpa da tragédia nas próprias vítimas, dizendo que não deveriam ter “ofendido o Islã” (sobre isso, leiam o artigo de Leandro Narloch);

Joselitos nível master - querem jogar a culpa da tragédia em todas as religiões como um todo (é aquele velho papinho idiota de John Lennon de que o mundo só terá paz se não houver religião);

Joselitos nível “acredito em coelho da Páscoa” – são pessoas de espírito inocente, que engoliram fácil a estratégia da mídia esquerdista de mostrar os muçulmanos “pacíficos” que vivem na Europa como as grandes vítima desse atentado, pois agora os coitadinhos serão ainda mais perseguidos pelos europeus malvados islamofóbicos…

A seguir, vamos descer a ripa em toda essa joselitagem. Não há qualquer justificativa para os terroristas bárbaros, e nem tampouco os infelizes cartunistas blasfemos viraram heróis só porque morreram.

Fundamentalismo religioso, não! Fundamentalismo Islâmico.

Foi patético ver no Jornal Nacional o depoimento de famosos cartunistas brasileiros, que falaram em “crime de intolerância religiosa”, “fundamentalismo religioso” e outras frases covardes que podem espirrar de modo totalmente injusto e leviano para todas as outras religiões. Fundamentalismo religioso, não, meus senhores! FUNDAMENTALISMO ISLÂMICO. Mas, depois da chacina em Paris, quem vai querer dar nome aos bois, não é mesmo?

O pior é aquela galera que, para toda e qualquer desgraça que acontece no mundo, dá um jeito de falar mal da Igreja Católica. A perna da miss-bumbum infeccionou por causa do hidrogel? “Culpa da Igreja opressora e machista!” Terroristas islâmicos fuzilaram cartunistas blasfemos? “Não é culpa da Igreja, mas bem poderia ter sido, porque no Antigo Testamento tá escrito que os hebreus deveriam matar os outros povos!”. Única resposta razoável: retardado, tu já viu algum cristão explodir ou fuzilar blasfemos? 


Como bem disse o professor de História William Botazzini: “Se um cristão fosse matar todo mundo que zomba de seus costumes e de sua fé… ele se tornaria o maior serial killer da história”.

A blasfêmia contra a Igreja e o Cristo pulula em toda parte. As bizonhas do Fêmen, a Lady Gaga, exposições de “arte” e os atores aquela peça de teatro furreca ali na esquina blasfemam livremente, e ainda ganham a fama de “ousados”. Que ousadia pode haver na covardia e no clichê? Nesse sentido, é emblemática a declaração do comediante Fábio Porchat ao jornal Estadão: “A gente tem batido em coisas que, na verdade, merecem apanhar. (…) Eu, por exemplo, não faço piada com Alá e Maomé, porque não quero morrer! Não quero que explodam a minha casa só por isso (risos)”.

O Porta dos Fundos, aliás, faz vídeos escabrosos atacando a fé cristã, mas quando o assunto é islamismo eles pegam bem levinho! Fizeram apenas um vídeo bem fofo sobre a burca, sem qualquer tom de afronta. Quem nos dera que eles fizessem piadas com o cristianismo nesse nível! Ou seja, no fundo, até aqueles que mais odeiam a Igreja Católica sabem que o catolicismo é a verdadeira religião da paz. Espertinhos, hein?

Islamofobia: só os ingênuos caem nesse papo


Acompanhando a repercussão da tragédia entre meus amigos católicos, percebi que muitos deles caíram no papinho de vitimização dos muçulmanos que vivem na Europa. A mídia esquerdizada está conseguindo mudar o foco do problema – que é “como o Ocidente pode se defender da jihad?” – para o mimimi da tal islamofobia.

Amigos, abram o olho! Que chongas de islamofobia é essa que permite que os muçulmanos construam centenas de mesquitas por toda a Europa, enquanto os cristãos (católicos, ortodoxos e protestantes) sofrem terríveis violências em quase todos os países de maioria muçulmana? E mesmo nos países onde a vida dos cristãos pode ser bastante tranquila – como na Arábia Saudita – estes não têm nem mesmo o direito de andar com um crucifixo no pescoço!

Vamos falar em reciprocidade? Roma abriga a maior mesquita na Europa. Ok… E será que os muçulmanos permitiriam que construíssemos uma catedral em Meca?

Então, que fique claro: AS VÍTIMAS AQUI SÃO OS MEMBROS DA CIVILIZAÇÃO CRISTÃ. Membros que são católicos, ortodoxos, protestantes, ateus… Esses é que estão encurralados. Se queremos sobreviver, não caiamos nesse trololó de “ain… e agora, a islamofobia?”. Rélôoooooou, quem está sofrendo violência, afinal?

Somos todos Charlie? Eu não! 

Após serem covardemente assassinados, os quatro famosos cartunistas da Charlie Hebdo foram transformados em ícones da liberdade de expressão. Isso só mostra o quanto o Ocidente, cuspindo e renegando sua raiz cristã, só fez cair em um abismo de decadência.

As bases da liberdade de expressão foram lançadas no sistema universitário medieval, criado pela Igreja (saiba mais aqui). Porém, com o afastamento cada vez mais crítico da população europeia dos valores cristãos, o conceito de liberdade de expressão foi deturpado, sendo completamente despido de bom senso e de um saudável limite.

Capa de uma das edições
da Charlie Hebdo
Nos países realmente democráticos é garantida a liberdade de expressão. Mas se eu abusar dessa liberdade – por exemplo, publicando em um site a caricatura de uma celebridade com algo enfiado no ânus – eu certamente serei processada, e muito justamente. Porém, o mesmo limite não vale para os cartunistas (que também se intitulam como jornalistas): é como se eles estivessem acima de tudo e de todos! Todos precisam respeitar limites menos eles! Por quê? Eles são uma classe de pessoas superiores?

Esse é exatamente o caso da revista Charlie Hebdo. A publicação se tornou célebre por suas charges abjetas, que indicam que seus cartunistas tinham uma grotesca obsessão por mostrar personalidades veneráveis e sagradas para a Igreja e para o Islã sendo penetradas, com objetos enfiados no ânus, dando beijo gay etc.

Notem: o ápice da demonstração de talento e humor dos “grandes cartunistas” era desenhar seus alvos em situações sexualmente bizarras. Posso até imaginar a rotina de conversas na redação, sempre a mesma titica…

SEGUNDA-FEIRA, na redação:

– Vamos fazer uma piada engraçada com a religião X?

– Claro! Que tal desenhar seu líder sendo penetrado por trás?

– Boa ideia! Isso é que é jornalismo com humor ácido e inteligente!

TERÇA-FEIRA, na redação:

– Vamos fazer uma piada engraçada com a religião Y?

– Claro! Que tal desenhar seu profeta sendo penetrado por trás?

– Boa ideia! Que inusitado!

QUARTA-FEIRA, na redação:

(…)

E agora esses “gênios” do humor são os mais novos mártires da França. Isso sim é uma piada! Bem, mas cretinice e falta de criatividade não faz de nenhum cartunista merecedor de ser assassinado. Ontem foram os cartunistas as vítimas, amanhã pode ser qualquer um de nós. O Papa Francisco, refletindo o pensamento de toda a cristandade, classificou o atentado com uma violência abominável (Fonte: Rádio Vaticano).

Saudades das zoações autenticamente hilárias sobre religião do ateu Chico Anysio, da galera mítica do Monte Phyton! E nunca é demais ver de novo essa performance impagável do Leandro Hassum:


O mais triste é que a liberdade de expressão na França é garantida somente para os inimigos da religião. Enquanto isso, em Paris, o simples fato de usar uma camiseta com a estampa em defesa da família tradicional foi motivo para que mais dez pessoas fossem detidas pela polícia, em 2013 (parece mentira, mas não é! A notícia foi publicada no jornal Le Figaro).

Esse é o Estado Laico europeu: para os debochadores do sagrado, o céu (ou melhor, o inferno) é o limite; aos religiosos, mordaça!
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Fonte: O Catequista

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