Este será apenas um breve comentário sobre o
terrível massacre ocorrido na França. Antes de mais nada, quero deixar
registrado que condeno os terríveis ataques perpetrados por radicais islâmicos
ao pasquim francês "Charlie Hebdo". Faço questão de deixar isso bem
claro antes mesmo de comentar, para evitar possíveis problemas ocasionados
justamente pelos mesmos motivos que pretendo denunciar em meu comentário a
seguir.
Pois bem, como sabemos, os líderes
(criadores/diretores e cartunistas) de um "jornal" francês foram
brutalmente assassinados por radicais islâmicos na última quarta-feira (07 de
janeiro), gerando indignação em todo o mundo. Para solidarizar-se com as
vítimas da tragédia, uma das principais formas difundidas em todo o mundo é a
exibição de cartazes com os dizeres "je suis Charlie" (todos somos
Charlie). Após expressar minha tristeza e indignação diante da barbárie em si
(o brutal assassinato dos integrantes do Charlie Hebdo), quero também deixar
claro que - e penso que todos os católicos deveriam fazer o mesmo - "não
sou Charlie Hebdo", isto é, não me identifico, não os represento e
tampouco sou representado por eles! O motivo pelo qual digo isso? Simples:
o pasquim Charlie Hebdo é, na realidade, um jornaleco que tem como principal
"diferencial" atacar gratuitamente aos outros sob pretexto da tal
"liberdade de expressão". Seus ataques visam, sobretudo, a
religião - e "mais sobretudo ainda" a religião católica". Para
eles, quanto mais desrespeitosas fossem suas publicações, mais
"engraçadas" elas seriam.
Mas o que quero - ainda que brevemente -
comentar é a contradição e a hipocrisia da mídia em geral, a começar pelo
próprio Charlie Hebdo. Embora seus líderes - covardemente assassinados - se
vangloriassem por exercer a "liberdade de expressão" ridiculariando a
fé alheia (algumas vezes o Islã foi vítima de suas charges, embora seu alvo
preferencial fosse Cristo e a Igreja Católica), quando um de seus cartunistas
fez uma charge brincando com o judaísmo, o mesmo foi sumariamente demitido,
tendo inclusive sido acusado de antisemitismo e racismo. Mas não pense
você que somente o judaísmo (ou sionismo?) estava protegido contra as
"zueiras" do blasfemo jornal: também é certo que as charges do
Charlie Hebdo também jamais tratariam de ridicularizar o homossexual e sua
causa (por eles defendida, obviamente), mostrando que o "super direito à
liberdade de expressão" é bem seletivo.
Alguns dirão: "não é verdade, em seu periódico
também encontramos charges com judeus". Ora, se é verdade que também há
charges envolvendo o Judaísmo, também é certo que nelas não se pode encontrar
qualquer coisa verdadeiramente ofensiva à Fé judaica. Mesmo aquelas que
retratam o Islamismo - e que geraram as terríveis reações levadas ao
extremo no último dia 07 - não podem ser comparadas às ofensas contra o
Cristianismo. Há mesmo uma charge expondo a Santíssima Trindade - o que há
de mais sagrado para um cristão posto que é Deus mesmo - a uma situação tão
degradante que me recuso a descreve-la. Por isso me refiro a
esse periódico como jornaleco blasfemo.
Quanto à hipocrisia geral da mídia, meu breve
comentário apenas gostaria de lembrar que, quando do grandioso discurso do Papa
Bento XVI em Ratisbona (setembro de 2006) no qual o Santo Padre mencionou
a relação da expansão da fé islâmica mediante imposição por meio da
violência, além da ira dos muçulmanos vimos a mídia realizar seu primeiro
"linchamento moral" neste pontífice. Todos criticaram o papa por ter
dito "palavras ofensivas" ao Islã, muitos o ofenderam,
chamaram-no "irresponsável, imprudente, semeador de discórdia" e
alguns até justificaram possíveis ataques terroristas que o papa e a
Igreja poderiam sofrer como culpa de Bento XVI, afinal, "quem mandou mexer
com a religião alheia", "como ousa falar mal e desrespeitar outra
religião?"
Pois bem, estes mesmos são os que hoje apresentam
os cartunistas mortos como "mártires da liberdade de expressão", que
aplaudem todo e qualquer achincalhamento da religião (principalmente cristã)
sob a bandeira dessa tal liberdade. "Je suis Charlie Hebdo"!
"Todos somos Charlie Hebdo"! Todos temos o direito à Liberdade de
Expressão! Quer dizer, todos.... menos Bento XVI! Menos o católico! Este deve
ficar quieto e apanhar calado!
Enquanto isso, em terras como as do Estado
Islâmico milhares de católicos são perseguidos, explorados, escravisados,
mortos, decapitados, sem que ninguém da grande mídia exerça sua liberdade de
expressão para denunciar tais atrocidades. Isso não tem importância. Segundo a
lógica desses "paladinos da liberdade de expressão", somente se você
ofender publicamente a fé alheia e por isso acabar sendo vítima de algum maluco
fanático é que poderá ser levado em conta devido ao desrespeito à liberdade de
expressão. Agora, ter sua cabeça arrancada apenas por querer exercer seu
direito à "liberdade de crença", isso nada tem de importante que
mereça ser defendido.
Falando em hipocrisia, muito "humoristas"
(do tipo "porta do fundos") e demais defensores da "liberdade de
expressão" pretendem responder aos ataques contra sua amada liberdade
fazendo mais vídeos, charges e textos contra aquilo que eles chamam de
fanatismo. Para isso, novas "obras" serão lançadas ridicularizando a
fé alheia. Qual o alvo escolhido de suas "zueiras"? Jesus Cristo! Ou
será que vocês esperavam mesmo que eles teriam
coragem para "aloprar" a Maomé e o Islã? Não mesmo!
Como se os cristãos fossem os responsáveis
pelos ataques...
O que nos resta? Rezar, rezar pela conversão dos pecadores,
rezar para que tenham tempo de se converter. E rezar pelos pobres coitados do
Charlie Hebdo, para que o senhor tenha piedade de suas pobres almas.
Viva Cristo Rey!
José
Santiago Lima
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“Morro” por
Cristo
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