A Universidade de Al-Azhar, no Cairo, é o centro
teológico mais respeitado do islamismo sunita e a segunda universidade mais
antiga do mundo com funcionamento ininterrupto. Nesta quarta-feira, a
instituição pediu que os muçulmanos ignorem as novas caricaturas do profeta
Maomé publicadas pelo semanário satírico francês Charlie Hebdo: "A
Al-Azhar pede a todos os muçulmanos que ignorem este ódio frívolo".
Em 6 de janeiro, a redação da revista francesa foi
atacada em Paris por dois terroristas encapuzados e armados com Kalashnikov.
Eles assassinaram 12 pessoas a sangue frio, 8 das quais eram cartunistas e
jornalistas. A primeira edição do Charlie Hebdo após o ataque foi publicada
hoje, com três milhões de exemplares que se esgotaram rapidamente.
O comunicado da Al-Azhar declara: “A misericórdia
do profeta é maior e mais nobre que qualquer tentativa de desenhar caricaturas
que não respeitam nenhuma norma moral ou de civilização". Na noite de
terça-feira, os centros de pesquisa da universidade registraram que a
publicação de novas caricaturas "que insultam o profeta" implicaria
"fomentar o ódio".
A Liga Árabe e a Al-Azhar estiveram entre as
primeiras entidades a condenar o ataque contra o semanário francês. Os
ortodoxos sérvios também condenaram o “crime odioso” de Paris, mas pediram que
“os sentimentos religiosos de todos sejam respeitados” e qualificaram as
caricaturas blasfemas dos meios locais de comunicação como “violência
espiritual”.
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ZENIT
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