O ataque terrorista contra o escritório da revista
francesa "Charlie Hebdo" em Paris chocou o mundo. Oito vítimas
trabalhavam para a revista e duas eram policiais. Um funcionário do prédio e um
visitante também morreram. Mais tarde, quatro pessoas que ficaram reféns num
supermercado judaico também foram assassinadas. No entanto, menos atenção foi
dada quando houve reações violentas e ataques vingativos em vários países
islâmicos contra cristãos e igrejas cristãs, depois que a revista publicou
novamente caricaturas de Maomé, apenas uma semana após ao ataque em Paris.
O mundo quase não prestou atenção na violência que
inocentes tiveram que suportar. Uma onda especialmente violenta de ataques foi
desencadeada contra os cristãos do Níger, país da África Ocidental. Os ataques
resultaram em saques e incêndios que destruíram doze das quatorze igrejas
católicas da capital, Niamey. Dois conventos de freiras também foram atacados.
Entre os locais muito fortemente atingidos estava a
paróquia católica da cidade de Zinder. A igreja local já havia sido atacada e
incendiada anteriormente em 2012. Nos ataques recentes, nada da paróquia foi
poupado. O presbiterio, a escola primária católica, o convento das irmãs, as
salas para o catecismo e outros programas educacionais, os quartos de hóspedes
e todos os veículos da paróquia, tudo foi saqueado e queimado. Em resumo, tudo
que não estava pregado no chão foi saqueado e o que restou foi queimado e
reduzido a cinzas. Até mesmo as casas dos cristãos foram saqueadas e
incendiadas na mesma ocasião. O fato que ninguém perdeu a vida durante estes
ataques, só pode ser atribuído à Divina Providência, explicou o administrador
apostólico da arquidiocese.
Duzentas pessoas foram forçadas a abandonar a
cidade junto com os sacerdotes e as freiras, fugindo para a capital Niamey,
onde estão refugiados até hoje num centro católico da capital.
Porém, os fiéis católicos responderam a esta
situação com imensa coragem: “as nossas igrejas foram destruídas, mas não a
nossa fé. Nós iremos nos colocar de pé novamente”, dizem eles. Mas eles vão
precisar de ajuda para que isto possa acontecer. A Igreja pediu que a AIS envie
uma ajuda emergencial para as cinco paróquias que foram mais afetadas pelos
ataques. Só assim o trabalho pastoral poderá continuar, apoiando aos que
tiveram de fugir, perdendo tudo que tinham. A Ajuda à Igreja que Sofre está
ajudando com aproximadamente 95 mil reais.
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AIS Brasil
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