“Encorajo as
pessoas que, de algum modo, ajudam os menores escravizados e abusados a se
libertarem desta opressão. Auspicio aos que têm responsabilidade de
governo que combatam com decisão esta chaga, dando voz aos nossos irmãos mais
pequeninos, humilhados em sua dignidade. É preciso fazer todo esforço para
debelar este crime vergonhoso e intolerável.”
Essa é a
exortação do Papa no dia em que a Igreja reza e reflete sobre o tráfico de
seres humanos, por ocasião da memória de Santa Josefina Bakhita, vítima do
tráfico ainda quando criança.
“Esta jovem
escravizada na África, explorada e humilhada não perdeu a esperança e levou
adiante a fé e acabou por chegar como migrante na Europa. E ali sentiu o
chamado do Senhor e se fez freira. Rezemos Santa Josefina por todos os
migrantes, refugiados, explorados que sofrem tanto, tanto”, disse Francisco.
Mianmar
O Pontífice
pediu uma oração especial pelos rohingya, grupo étnico expulso de Mianmar. “Vão
de um lugar a outro porque ninguém os querem. Não são cristãos, mas são nossos
irmãos e há anos sofrem, torturados, assassinados, simplesmente por levarem
avante sua tradição e a fé muçulmana. Rezemos por eles”, pediu Francisco
recitando um Pai-Nosso com os fiéis.
O tráfico no Brasil
Na Audiência
Geral, estava presente um grupo da Talitha Kum, a rede mundial de religiosas
que combate este fenômeno. A coordenadora desta rede é a Ir. Gabriella Bottani,
que adquiriu sua experiência neste campo sendo missionária no Brasil.
No país, o
tráfico assume inúmeras conotações, sendo as mais conhecidas para exploração
laboral e sexual. Mas não se engane: o tráfico pode estar por trás da servidão
doméstica, ainda muito comum em alguns Estados brasileiros. Ouça acima um
testemunho extraído do Livro “Tráfico de Mulheres na Amazônia”.
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Aleteia
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