No mês passado, logo após a decapitaçãodos 21 cristãos coptas egípcios que tinham sido sequestrados na Líbia, os
terroristas do Estado Islâmico divulgaram
um vídeo em que, além de veicular as cenas brutais do covarde assassinato
massivo, ainda destacavam a sua aproximação da fronteira italiana, em clara
ameaça contra o Vaticano.
O grupo italiano de comunicações Mediaset publicou neste domingo em seu site algumas declarações do comandante das forças vaticanas de segurança, Domenico Giani, 52, sobre esta ameaça contra a sede do catolicismo. Giani confirma que o perigo é real, mas afirma que, até o momento, não há indícios concretos de que esteja em andamento algum plano terrorista para atacar o papa Francisco e o Vaticano.
À frente da Gendarmaria Vaticana há nove anos, Giani foi entrevistado pela revista “Polizia Moderna”, editada pela corporação. Ele observa que “o nível de atenção é constantemente alto”, já que, além das atuais ameaças do Estado Islâmico, existe o risco permanente de atentados isolados que podem ser cometidos por fanáticos ou pessoas mentalmente desequilibradas.
Giani informa que cerca de vinte gendarmes, os policiais do corpo de segurança do Vaticano, são especialmente treinados em ações antiterrorismo e que alguns deles acompanham o papa em suas viagens ao exterior. O comandante destaca ainda as boas relações entre a Santa Sé e vários países muçulmanos, que compartilham informações relevantes no tocante à segurança e ao monitoramento de riscos. O relacionamento da Gendarmaria Vaticana com a polícia italiana também é elogiado por Domenico Giani.
De fato, desde que foi eleito para o pontificado, Francisco mora na Casa Santa Marta, onde tinha ficado hospedado durante o conclave. A residência está situada dentro das fronteiras vaticanas e Francisco a escolheu porque ali se sente mais próximo das pessoas no dia a dia. Normalmente, os papas residem no Palácio Apostólico, onde a segurança seria maior. Foi mesmo o Vaticano, portanto, quem teve de se adequar a este papa que promove a reaproximação entre a Igreja e as “periferias existenciais”. Francisco já preocupou muitos especialistas em segurança ao se expor a riscos considerados altos, como é o caso do seu costume de usar o papamóvel aberto em vez do blindado, ou de simplesmente descer do papamóvel para conversar com os fiéis no meio da multidão.
Neste domingo, Francisco voltou a denunciar o sofrimento das minorias étnicas e religiosas perseguidas no Iraque e na Síria. O papa convidou os fiéis a rezarem em silêncio na Praça de São Pedro “pelos irmãos que sofrem por causa fé” naqueles países, aterrorizados pelo sangrento fundamentalismo do Estado Islâmico.
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Fonte: Aleteia
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