Uma universidade católica não pode
homenagear alguém afinado com o marxismo.
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Bem andaram as altas autoridades da PUC-SP, a
magnífica reitora e o grão-chanceler, ao obstarem a instalação de uma cátedra
em homenagem ao filósofo Michel Foucault. Com efeito, uma cátedra
deste tipo constitui um conjunto de expedientes que visam a aprofundar
determinados estudos, com cursos, palestras etc. Recentemente, a PUC-SP erigiu
uma cátedra em honra a são João Paulo II. De fato, através deste areópago
universitário, os estudantes conhecerão mais a fundo a imensa doutrina do papa
polonês, principalmente a assim chamada teologia do corpo.
Michel Foucault, por seu turno, desenvolveu teses
de color marxista, francamente contrárias ao cristianismo que, como sabemos,
repugna o comunismo e quejandos. Não é razoável, pois, que uma escola
confessional, como a PUC-SP, prestigie este pensador, a ponto de lhe conceder
uma cátedra. Isto não impede, é claro, que, em aula, se estudem os livros de
Foucault, desde que ocorra sempre a contrapartida da ilustração católica, num
diálogo corajoso e honesto entre a fé e a razão, ao lume da verdade. O
mencionado caráter confessional da PUC-SP implica um compromisso com a verdade
da parte dos docentes, os quais devem inculcar os valores evangélicos por
intermédio da mediação sociológica da universidade. Demais, reza a constituição
apostólica Ex Corde Ecclesiae, a lei canônica que disciplina as
universidades católicas, que uma das características essenciais desse jaez de
instituição educacional consiste na “fidelidade à mensagem cristã tal como é
apresentada pela Igreja” (13.3). As regras da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB) corroboram este preceito: “Missão da universidade católica é
servir à humanidade e à Igreja, garantindo de forma permanente e institucional,
a presença da mensagem de Cristo, luz dos povos, centro e fim da criação, no
mundo científico e cultural.” (Diretrizes para as Universidades Católicas no Brasil,
doc. 64 da CNBB).
Alguns esquerdistas, ditos democráticos, reclamam
da postura da PUC-SP. Ora, certas pessoas, com todo respeito, não são
democráticas nem pluralistas de forma alguma, pois não admitem que uma
universidade católica possa exercer seu direito de expressar o ideário cristão,
estreme de teorias comunistas, existencialistas, niilistas etc., em busca da
verdade. Aliás, esses que dizem defender a liberdade acadêmica desejam, por fás
ou por nefas, impingir a cátedra a um filósofo inimigo da religião cristã. O
que eles pensariam de uma cátedra para Gustavo Corção numa faculdade afinada
com a ideologia marxista?
Se a Igreja mantém universidades espalhadas pelo
mundo – a propósito, a Igreja, na idade média, inventou a universidade –, ela o
faz com vistas na evangelização em sentido lato, caso contrário, não lhe
competiria possuir nenhuma escola. Todas as instituições eclesiásticas estão
fundamentadas no mandado de nosso Senhor Jesus Cristo, o divino fundador da
Igreja católica: “Ide pelo mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc
16,15). As universidades católicas anelam por formar humanistas, homens e
mulheres que acreditem na verdade e lutem por ela. Vale lembrar que no Brasil a
constituição federal garante à Igreja católica, bem como a qualquer entidade ou
pessoa física, externar suas ideias e convicções.
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(01 de Julho
de 2015) © Innovative Media Inc.
ZENIT
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