Num vídeo encontrado
no site da Câmara de Vereadores do Município de São Paulo, um senhorito chamado Eduardo Brasileiro
apresentou-se num Seminário organizado pelo Movimento LGBT e outras entidades,
explicando quem é e o que quer a tal Associação “Igreja, Povo de Deus em Movimento”:
“É um
Movimento dentro da Igreja Católica que quer lutar a partir dos direitos
humanos por uma refundação dos dogmas e das
concepções católicas dentro da sua estrutura de poder. Isso não é fácil, mas tem
quinze Paróquias da Zona Leste de São Paulo que comungam dessa
ideia”.
O vídeo é
chocante pois, além de confrontar nominalmente os Cardeais Arcebispos de São
Paulo e do Rio de Janeiro, o rapaz enaltece a blasfema representação do
travesti crucificado.
Pois bem, algo
precisa ser feito. E é urgente!
Esta é uma
tática usada para destruir a Igreja. Para instrumentalizá-la, grupos inimigos
se infiltram, com o objetivo de a irem demolindo aos poucos, desde dentro.
Este é o caso,
por exemplo, das “Católicas pelo Direito de Decidir”. Como confessou a sua fundadora, Frances Kisslling, o objetivo de sua associação era erodir
a moral católica desde dentro da Igreja para minar a resistência
anti-abortista, visto que a teologia moral católica era a mais articulada e
oferecia argumentos sólidos contra a Cultura da Morte. Nas próprias palavras de
Kisslling, que disse:
“as pessoas
neste país questionaram a legalidade do aborto, mas de tal maneira que não
questionaram o tema da moralidade. A incapacidade de tratar esta questão no
nível moral é uma grave ameaça para o sucesso a longo prazo do movimento em
favor do aborto. Você nunca realmente irá vencer definitivamente se a questão
da moralidade for levantada. Se nós, como movimento, tivermos que tratar de
moralidade na questão do aborto, nós perderemos, porque o discurso moral é
controlado pelos homens e pela religião, e é construído contra as mulheres. O
argumento dos bispos diz que o aborto é um assassinato, que abortar é matar e
que a vida começa na concepção. Mas é esta perspectiva católica o lugar certo
onde começar o trabalho, porque a posição católica é a mais desenvolvida.
Assim, se você puder refutar a posição católica, você refutou todas as demais.
Nenhum dos outros grupos religiosos realmente têm declarações tão bem definidas
sobre a personalidade, quando a vida começa, fetos e etc. Assim, se você
derrubar a posição católica, você ganha”.
A Associação “Igreja,
Povo de Deus em Movimento” apresenta-se com a mesmíssima finalidade:
destruir o dogma católico desde dentro, enganando o povo com a pregação de um
falso evangelho, em franca dissonância com a doutrina da Igreja, para promover
a agenda de grupos anti-católicos, como o LGBT e outras entidades claramente
ligadas aos lobbies contra a vida e a família.
O Código
de Direito Canônico diz que “quem se inscreve em alguma associação que
maquina contra a Igreja seja punido com justa pena; e quem promove ou dirige
uma dessas associações seja punido com interdito” (c. 1374).
Mas, sobretudo,
afirma que “o apóstata da fé, o herege ou o cismático incorre em
excomunhão latæ sententiæ” (c. 1364)
e,“pelo próprio direito”, isto é, sem que haja necessidade da
intervenção da autoridade eclesiástica, “perde o ofício” (c. 194). “A
remoção só pode ser urgida”, acrescenta o cânon, “por declaração da
autoridade competente” (c. 194 §2), isto é, somente a autoridade eclesiástica
pode exigir as consequências materiais da perda do ofício, mas a perda em si se
dá simplesmente por força do direito, independentemente da intervenção da
autoridade competente.
As razões
teológicas destas determinações canônicas são claras se considerarmos a
constante tradição da Igreja, exemplificada, entre muitas outras fontes, na
Encíclica Mystici Corporis de Pio XII. Como aí ensina o
Pontífice,“nem todos os pecados, embora graves, são de sua natureza tais
que separem o homem do corpo da Igreja como
fazem os cismas, a heresia e a apostasia” (Pio XII, S.S., Encíclica Mystici Corporis, 29.06.1943, n. 22). Em outras palavras, pelo
pecado mortal, geralmente falando, o cristão perde a graça santificante, a
virtude da caridade, todas as demais virtudes e dons do Espírito Santo, mas ele
continuará com a virtude da fé, que nele permanecerá morta, e ele mesmo se
tornará um membro morto da Igreja, conservando-se ele próprio, porém, membro do
Corpo Místico de Cristo, ainda que morto.
Mas quando alguém peca contra a
fé, caindo em heresia, perde a virtude da fé e deixa de ser membro do Corpo
Místico de Cristo. Não é mais sequer um membro morto da Igreja; já não faz
parte dela, sequer é mais cristão. Obviamente, se alguém não pertence mais à
Igreja, não se pode conceber como possa exercer nela um ofício pelo qual teria
que governar os demais na fé. Com intervenção da autoridade competente ou sem
ela, tem a perda do ofício apenas pelo próprio direito. À autoridade caberá
somente exigir juridicamente as consequências materiais da perda, como a
remoção física do ofício e a substituição por outro.
A Associação “Igreja,
Povo de Deus em Movimento”, conspirando contra a Igreja, deve ser
denunciada e suprimida, os seus membros devem ser admoestados a
retificarem suas posições e, caso permaneçam nelas, deve-se declarar também a
sua excomunhão por flagrante heresia.
Os fieis
católicos têm o dever de denunciar estes usurpadores às
autoridades eclesiásticas, e estas têm o dever de intervir, aplicando a lei da
Igreja.
Como ensina São
Tomás, os fiéis não devem usar de tolerância para com aqueles que na Igreja
ensinam e difundem erros contra a fé, e que por isso mesmo já não mais
pertencem a ela. “Quando há perigo à fé”, diz S. Tomás,
“os fiéis
devem corrigir até os seus pastores. Por isso, São Paulo, que era súdito de São
Pedro, por causa de um perigo imediato de escândalo sobre a fé, o corrigiu
publicamente; e, como diz Agostinho na Glosa, ‘o próprio São Pedro deu exemplo
aos maiores ao não rejeitar ser corrigido mesmo pelos inferiores por ter
abandonado o caminho reto” (Tomás de Aquino, S., Suma Teológica, IIa-IIæ,q. 33, a. 4, ad 1um).
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Com informações: Fides Press
Que absurdo que Deus tenha misericórdia dessas almas
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