A "mensagem da CNBB ao povo brasileiro", publicada por ocasião da sua 57a. Assembleia Geral, está mais
para "manifesto da militância cnbbista contra o povo brasileiro" [1].
Basta o mínimo de informação para ser capaz de
identificar, no "manifesto" da Conferência dos Bispos, estereótipos,
tipos, lugares comuns, distorções - e as falsificações! - que lotam o discurso
comuno-esquerdista. Como é possível que Bispos católicos subscrevam uma "mensagem"
que utilize o já batido e furado conceito de "feminicídio"? Mas não é
só isso.
A CNBB - Conferência dos Bispos acusa o
governo brasileiro de fazer a "opção" por um "liberalismo
exacerbado e perverso, que desidrata o Estado quase ao ponto de eliminá-lo,
ignorando as políticas sociais de vital importância para a maioria da
população". É óbvio que não estou aqui para uma defesa do liberalismo, o
bom senso mostra que sem os parâmetros devidos ele pode sim gerar problemas.
Mas, onde está esse "liberalismo exacerbado e perverso" que a
Conferência dos Bispos denuncia? Que políticas sociais foram
"ignoradas", tendo em vista até mesmo a concessão de um
"13o" para o Bolsa Família?
Fala-se no "cuidado especial" com a
"educação" que, segundo os Bispos, está "gravemente ameaçada com
corte de verbas, retirada de disciplinas necessárias à formação humana e
desconsideração da importância das pesquisas". É patente que todo o alarde
feito com o tal corte de verbas é instigado sobretudo pelos que mais usufruem
das próprias verbas, ou por quem ainda se deixa enganar pelo discurso
idealizado e embelezado a respeito da educação e das universidades. Falo com
conhecimento de causa, pois sou formado em Filosofia, exatamente em uma das
"disciplinas" que a CNBB diz ser "necessária" para a "formação
humana". E eu vi com os meus próprios olhos o contrário: a mais absoluta
degradação humana, moral e intelectual. Várias vezes dei o meu testemunho nas
redes sociais sobre a universidade. Militância comunista, território livre para
o tráfico e o consumo de drogas, o turismo acadêmico pelo país e pelo mundo,
desvio de verbas e de bolsas de pesquisa, etc., etc. Pesquisas completamente
estúpidas que eu mesmo conferia semanalmente estampadas pelos corredores. É que
o cidadão não sabe que paga com o seu dinheiro suado "pesquisas"
sobre a propaganda do sabão em pó OMO, ou para avaliar se na
"Odisseia" de Homero, Penélope de fato ouviu o canto dos pretendentes
- para não falar de outros absurdos que vieram a público. E a CNBB vem me falar,
com um país praticamente quebrado, em "desconsideração da importância das
pesquisas"? O que esses Bispos sabem a respeito do ambiente e da pesquisa
universitária? Santa paciência...
A Conferência dos Bispos ainda repete o grito
de ordem comunista: "é necessário preservar os direitos dos trabalhadores
e trabalhadoras". Mas quais direitos foram cortados e suprimidos?
A CNBB desarmamentista prega: "o
verdadeiro discípulo de Jesus terá sempre no amor, no diálogo e na
reconciliação a via eficaz para responder à violência e à falta de segurança,
inspirado no mandamento 'Não matarás' e não em projetos que flexibilizem a
posse e o porte de armas". Prega com palavras de um falso
"amor", e esconde o próprio Catecismo da Igreja Católica, que prevê a
legítima defesa, inclusive armada e, se necessário for, ao ponto de matar o
agressor (CIC 2263, 2264 ss.).
"Povos originários". A CNBB fala da
"ameaça aos direitos dos povos indígenas", como se fosse realmente
representante dos índios. Expressa muito mais as posições dos
"índios" fabricados em universidades, fantasiados pelos
"movimentos sociais" e pelo CIMI. Conselho Indigenista Missionário,
ligado à própria CNBB, e envolvido em uma série de escândalos, sendo inclusive
objeto de CPI [2]. A Conferência dos Bispos estaria também explorando os
"povos indígenas"? Como responde a tantas denúncias?
A CNBB fala de "criminalização" e
levanta-se na defesa dos "movimentos sociais, as organizações populares e
demais instituições e grupos comprometidos com a defesa dos direitos humanos e
do Estado Democrático de Direito". Exige a "democracia
participativa" com os "Conselhos paritários" e denuncia a
extinção deles com o decreto 9.759/2019. Ora, nessa história não há mais
inocentes. Todos sabem - inclusive esses Bispos! - o que são os
"movimentos sociais" e "organizações populares", e para
quem trabalham. Eles, que transformaram os tais "conselhos", sob o
pretexto de aumentar a "democracia participativa", em verdadeiros
"soviets": o aparelhamento da administração e dos poderes públicos
com o intuito de ampliar e fortalecer o criminoso esquema de poder comunista
[3].
Sobre a Reforma da Previdência, a CNBB diz que
é "necessária", mas em seguida vem com a exigência da
"participação popular". Claro, com a população representada por
aqueles mesmos "movimentos sociais" e "organizações
populares" que estão a serviço do PT, do Foro de São Paulo e do esquema
comunista, isto é, que não querem saber de projeto, discussão, de nada: são
contra a reforma para, não só sabotar um governo, mas para sabotar o país, uma
vez que, se não for aprovada, o Brasil quebra. E a CNBB parece estar engajada
nisso: é contra a reforma [4] e está alinhada com a CUT, CTB, Intersindical,
etc., etc. [5].
Enfim, é o bastante para reconhecer que a
"mensagem" da CNBB é de fato um autêntico "manifesto" da
militância cnbbista. "Inspirados" pela nefasta Teologia da Libertação
- e por uma vergonhosa Campanha da Fraternidade [6] -, a Conferência dos Bispos
tornou-se isso ai. Não tem credibilidade mesmo para o fiel que tenha a noção
mais rasa da sua fé e pelo menos um pé na realidade. Fica cada vez mais
evidente que não tem a menor condição de representar a Santa Igreja e os
católicos, que estão cada vez mais percebendo isso.
Bruno Braga
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REFERÊNCIAS.
[1]. Cf. [Os bispos do Brasil em sua 57ª Assembleia Geral emitem “Mensagem da CNBB ao povo brasileiro”].
[2]. Cf. "A Campanha da Fraternidade 2019
e as "políticas públicas" da militância cnbbista", nota III [A Campanha da Fraternidade 2019 e as "políticas públicas" da militância cnbbista. ].
[3]. Cf. [Nota Facebook Bruno Braga].
[5]. Cf. [Nota Facebook Bruno Braga].
[6]. Cf. "A Campanha da Fraternidade 2019
e as 'políticas públicas' da militância cnbbista" [A Campanha da Fraternidade 2019 e as "políticas públicas" da militância cnbbista.].
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