quinta-feira, 9 de maio de 2019

Considerações sobre a "Mensagem da CNBB ao povo brasileiro"



A "mensagem da CNBB ao povo brasileiro", publicada por ocasião da sua 57a. Assembleia Geral, está mais para "manifesto da militância cnbbista contra o povo brasileiro" [1].

Basta o mínimo de informação para ser capaz de identificar, no "manifesto" da Conferência dos Bispos, estereótipos, tipos, lugares comuns, distorções - e as falsificações! - que lotam o discurso comuno-esquerdista. Como é possível que Bispos católicos subscrevam uma "mensagem" que utilize o já batido e furado conceito de "feminicídio"? Mas não é só isso.

A CNBB - Conferência dos Bispos acusa o governo brasileiro de fazer a "opção" por um "liberalismo exacerbado e perverso, que desidrata o Estado quase ao ponto de eliminá-lo, ignorando as políticas sociais de vital importância para a maioria da população". É óbvio que não estou aqui para uma defesa do liberalismo, o bom senso mostra que sem os parâmetros devidos ele pode sim gerar problemas. Mas, onde está esse "liberalismo exacerbado e perverso" que a Conferência dos Bispos denuncia? Que políticas sociais foram "ignoradas", tendo em vista até mesmo a concessão de um "13o" para o Bolsa Família?

Fala-se no "cuidado especial" com a "educação" que, segundo os Bispos, está "gravemente ameaçada com corte de verbas, retirada de disciplinas necessárias à formação humana e desconsideração da importância das pesquisas". É patente que todo o alarde feito com o tal corte de verbas é instigado sobretudo pelos que mais usufruem das próprias verbas, ou por quem ainda se deixa enganar pelo discurso idealizado e embelezado a respeito da educação e das universidades. Falo com conhecimento de causa, pois sou formado em Filosofia, exatamente em uma das "disciplinas" que a CNBB diz ser "necessária" para a "formação humana". E eu vi com os meus próprios olhos o contrário: a mais absoluta degradação humana, moral e intelectual. Várias vezes dei o meu testemunho nas redes sociais sobre a universidade. Militância comunista, território livre para o tráfico e o consumo de drogas, o turismo acadêmico pelo país e pelo mundo, desvio de verbas e de bolsas de pesquisa, etc., etc. Pesquisas completamente estúpidas que eu mesmo conferia semanalmente estampadas pelos corredores. É que o cidadão não sabe que paga com o seu dinheiro suado "pesquisas" sobre a propaganda do sabão em pó OMO, ou para avaliar se na "Odisseia" de Homero, Penélope de fato ouviu o canto dos pretendentes - para não falar de outros absurdos que vieram a público. E a CNBB vem me falar, com um país praticamente quebrado, em "desconsideração da importância das pesquisas"? O que esses Bispos sabem a respeito do ambiente e da pesquisa universitária? Santa paciência...

A Conferência dos Bispos ainda repete o grito de ordem comunista: "é necessário preservar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras". Mas quais direitos foram cortados e suprimidos?

A CNBB desarmamentista prega: "o verdadeiro discípulo de Jesus terá sempre no amor, no diálogo e na reconciliação a via eficaz para responder à violência e à falta de segurança, inspirado no mandamento 'Não matarás' e não em projetos que flexibilizem a posse e o porte de armas". Prega com palavras de um falso "amor", e esconde o próprio Catecismo da Igreja Católica, que prevê a legítima defesa, inclusive armada e, se necessário for, ao ponto de matar o agressor (CIC 2263, 2264 ss.).

"Povos originários". A CNBB fala da "ameaça aos direitos dos povos indígenas", como se fosse realmente representante dos índios. Expressa muito mais as posições dos "índios" fabricados em universidades, fantasiados pelos "movimentos sociais" e pelo CIMI. Conselho Indigenista Missionário, ligado à própria CNBB, e envolvido em uma série de escândalos, sendo inclusive objeto de CPI [2]. A Conferência dos Bispos estaria também explorando os "povos indígenas"? Como responde a tantas denúncias?

A CNBB fala de "criminalização" e levanta-se na defesa dos "movimentos sociais, as organizações populares e demais instituições e grupos comprometidos com a defesa dos direitos humanos e do Estado Democrático de Direito". Exige a "democracia participativa" com os "Conselhos paritários" e denuncia a extinção deles com o decreto 9.759/2019. Ora, nessa história não há mais inocentes. Todos sabem - inclusive esses Bispos! - o que são os "movimentos sociais" e "organizações populares", e para quem trabalham. Eles, que transformaram os tais "conselhos", sob o pretexto de aumentar a "democracia participativa", em verdadeiros "soviets": o aparelhamento da administração e dos poderes públicos com o intuito de ampliar e fortalecer o criminoso esquema de poder comunista [3].

Sobre a Reforma da Previdência, a CNBB diz que é "necessária", mas em seguida vem com a exigência da "participação popular". Claro, com a população representada por aqueles mesmos "movimentos sociais" e "organizações populares" que estão a serviço do PT, do Foro de São Paulo e do esquema comunista, isto é, que não querem saber de projeto, discussão, de nada: são contra a reforma para, não só sabotar um governo, mas para sabotar o país, uma vez que, se não for aprovada, o Brasil quebra. E a CNBB parece estar engajada nisso: é contra a reforma [4] e está alinhada com a CUT, CTB, Intersindical, etc., etc. [5].

Enfim, é o bastante para reconhecer que a "mensagem" da CNBB é de fato um autêntico "manifesto" da militância cnbbista. "Inspirados" pela nefasta Teologia da Libertação - e por uma vergonhosa Campanha da Fraternidade [6] -, a Conferência dos Bispos tornou-se isso ai. Não tem credibilidade mesmo para o fiel que tenha a noção mais rasa da sua fé e pelo menos um pé na realidade. Fica cada vez mais evidente que não tem a menor condição de representar a Santa Igreja e os católicos, que estão cada vez mais percebendo isso.


Bruno Braga
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REFERÊNCIAS.


[2]. Cf. "A Campanha da Fraternidade 2019 e as "políticas públicas" da militância cnbbista", nota III [A Campanha da Fraternidade 2019 e as "políticas públicas" da militância cnbbista. ].




[6]. Cf. "A Campanha da Fraternidade 2019 e as 'políticas públicas' da militância cnbbista" [A Campanha da Fraternidade 2019 e as "políticas públicas" da militância cnbbista.].
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