Jovem diz que foi uma forma de protesto por
universidade sem doutrinação.
Universidade na qual ele estuda não vai ser
pronunciar sobre o caso.
Um estudante universitário de Santa Catarina
se recusou a fazer um trabalho sobre cientista político e economista alemão
Karl Marx e resolveu escrever uma carta ao professor do curso de Relações
Internacionais e divulgar o conteúdo na internet.
A carta, segundo João Victor Gasparino da
Silva, de 22 anos, foi uma forma de protestar. "Queria uma universidade
com o mesmo espaço para todas as ideias e ideologias, sem proselitismo, sem
doutrinação", explicou. A Universidade do Vale do Itajaí (Univali), na
qual o jovem estuda, disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.
Segundo João Victor, que estuda Relações
Internacionais, o pedido do professor foi para que os estudantes respondessem
três questões sobre a teoria de Marx. Ele contou que chegou a pensar em
responder de forma neutra, mas mudou de ideia. "Algo me segurava, nem
cheguei a considerar dar a minha opinião no trabalho. Até que veio a ideia da
carta", disse.
Conforme o estudante, o protesto não foi
contra o professor, mas foi uma forma de demonstrar descontentamento em relação
à academia. "Faz tempo que estou indignado com o que vem acontecendo em
nosso país. Os meios acadêmicos e culturais cada vez mais fechados, os
intelectuais de direita cada vez mais lançados ao ostracismo. Resolvi ser a voz
de brasileiros que não encontravam espaço para se manifestar, seja por falta de
meios, seja pelo próprio medo", disse.
Ao escrever a carta, o estudante disse que já
sabia que iria divulgar na internet, não seria apenas destinada ao professor da
disciplina. "Uma amiga blogueira do Maranhão sugeriu divulgar na internet,
ela se encarregou disso. Se nosso país realmente tivesse um meio acadêmico e
cultural ideologicamente equilibrado, não seria tão necessária esta
carta", argumentou.
Confira abaixo a íntegra da carta:
Caro professor,
Como o senhor deve saber, eu repudio o filósofo Karl Marx e tudo o que
ele representa e representou na história da humanidade, sendo um profundo
exercício de resistência estomacal falar ou ouvir sobre ele por mais de meia
hora. Aproveito através deste trabalho, não para seguir as questões que o senhor
estipulou para a turma, mas para expor de forma livre minha crítica ao
marxismo, e suas ramificações e influências mundo afora. Quero começar falando
sobre a pressão psicológica que é, para uma pessoa defensora dos ideais
liberais e democráticos, ter que falar sobre o teórico em questão de uma forma
imparcial, sem fazer justiça com as próprias palavras.
Me é uma pressão terrível, escrever sobre Marx e sua ideologia nefasta,
enquanto em nosso país o marxismo cultural, de Antonio Gramsci, encontra seu estágio
mais avançado no mundo ocidental, vendo a cada dia, um governo comunista e
autoritário rasgar a Constituição e destruir a democracia, sendo que foram
estes os meios que chegaram ao poder, e até hoje se declararem como defensores
supremos dos mesmos ideais, no Brasil. Outros reflexos disso, a criminalidade
descontrolada, a epidemia das drogas cujo consumo só cresce (São aliados das
FARCs), a crise de valores morais, destruição do belo como alicerce da arte
(funk e outras coisas), desrespeito aos mais velhos, etc. Tudo isso sintomas da
revolução gramscista em curso no Brasil. A revolução leninista está para o
estupro, assim como a gramscista está para a sedução, ou seja, se no passado o
comunismo chegou ao poder através de uma revolução armada, hoje ele buscar
chegar por dentro da sociedade, moldando os cidadãos para pensarem como
socialistas, e assim tomar o poder. Fazem isso através da educação, o velho e
‘’bom’’ Paulo Freire, que chamam de ‘’educação libertadora’’ ou ‘’pedagogia do
oprimido’’, aplicando ao ensino, desde o infantil, a questão da luta de
classes, sendo assim os brasileiros sofrem lavagem cerebral marxista desde os
primeiros anos de vida. Em nosso país, os meios culturais, acadêmicos,
midiáticos e artísticos são monopolizados pela esquerda a meio século, na
universidade é quase uma luta pela sobrevivência ser de direita.
Agora gostaria de falar sobre as consequências físicas da ideologia
marxista no mundo, as nações que sofreram sob regimes comunistas, todos eles
genocidas, que apenas trouxeram miséria e morte para os seus povos. O professor
já sabe do ocorrido em países como URSS, China, Coréia do Norte, Romênia e
Cuba, dentre outros, mas gostaria de falar sobre um caso específico, o Camboja,
que tive o prazer de visitar em 2010. Esta pequena nação do Sudeste Asiático
talvez tenha testemunhado o maior terror que os psicopatas comunistas já foram
capazes de infligir sobre a humanidade, primeiro esvaziaram os centros urbanos
e transferiram toda a população para as zonas rurais. As estatísticas apontam
para uma porcentagem de entre 21% a 25% da população morta por fome, doenças,
cansaço, maus-tratos, desidratação e assassinadas compulsoriamente em campos de
concentração no interior. Crianças também não escaparam, separadas dos pais,
foram treinadas para serem ‘’vigias da Revolução’’, denunciando os próprios
familiares, quando estes cometiam ‘’crimes contra a Revolução’’. Quais eram os
crimes? Desde roubar uma saca de arroz para não morrer de fome, ou um pouco de
água potável, até o fato de ser alfabetizado, ou usar óculos, suposto sinal de
uma instrução elevada. Os castigos e formas de extermínio, mais uma vez preciso
de uma resistência estomacal, incluíam lançar bebês recém-nascidos para o alto,
e apanhá-los no ar, utilizando a baioneta do rifle, sim, isso mesmo, a baioneta
contra um recém-nascido indefeso.
Bem, com isto, acho que meu manifesto é suficiente, para expor meu
repúdio ao simples citar de Marx e tudo o que ele representa. Diante de um
mundo, e particularmente o Brasil, em que comunistas são ovacionados como os
verdadeiros defensores dos pobres e da liberdade, me sinto obrigado a me
manifestar dessa maneira, pois ele está aí ainda, assombrando este mundo
sofrido.
Para concluir gostaria de citar o decálogo de Lenin:
1. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação em massa;
3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões
sobre assuntos sociais;
4. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito mas, tão logo
haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo
6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em
descrédito a imagem do País, especialmente no Exterior e provoque o pânico e o
desassossego na população;
7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas
não as coíbam;
9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da
crença nas promessas dos governantes, nossos parlamentares infiltrados nos
partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de
expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa;
10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que
elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer
resistência à causa.
Obrigado, caro professor, pela compreensão.
Ass.: João Victor Gasparino da Silva
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AdurRJ/ G1
É sério que vocês estão reproduzindo uma matéria de 2013 e dando crédito a um falso "decálogo de Lênin" que ele jamais escreveu???? O tal "estudante" deve ter 28 anos atualmente e talvez tenha aprendido algo. Vocês é que não aprenderam!!!
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