Já pensou em casar com você mesmo? Essa é a
ideia da empresária Jussara Dutra Couto de 38 anos, que fará o primeiro
casamento sologâmico do Brasil neste domingo (26). De acordo com a
belo-horizontina, a decisão não tem nada a ver com relacionamentos e sim uma
questão de amor próprio.
Jussara é empresária no ramo de casamento há
mais de 20 anos e também assessora diversas cerimônias. A ideia surgiu após uma
conversa com uma amiga. “Estou descobrindo, me amando. E, durante essa
conversa, percebi que eu estava tão feliz que queria casar comigo mesma”,
relata ao BHAZ.
A empresária jogou “casar comigo mesma” no
Google e descobriu o termo “casamento sologâmico”. “É uma tendência que já acontece
na Austrália e em algumas partes da Europa, agora quero trazer para o Brasil”,
explica.
A partir de tal conversa, Jussara e a sócia
dela, Daniele Cerqueira, resolveram criar o “Eu Comigo”, uma empresa
especializada em casamentos sologâmicos.
“Eu não acredito que eu seja a única mulher
que está sentindo o que estou sinto agora. Muitas mulheres têm o sonho de um
casamento. O ato mesmo de se casar, se vestir de noiva. Estou achando isso
muito natural”, comenta.
O casamento terá tudo o que envolve uma
cerimônia tradicional, exceto o noivo. “Vou me vestir de noiva, terá pajem,
cerimonialista, festa, bolo, bebidas, tudo”.
A cerimônia será realizada em uma praça, para
100 convidados. “Quero que tudo fique muito bonito, vamos decorar, colocar
cadeiras e teremos um altar”, explica.
A empresária já foi casada, se divorciou há
sete anos e tem uma filha, de 21. “Ela sairá do altar e virá até o meu
encontro. Será um momento muito bonito”.
Na cerimônia, a celebrante falará o que é o
casamento sologâmico. “Os votos serão feitos em frente a um espelho. Depois, os
convidados pegarão pequenos espelhos embaixo das cadeiras e faremos um momento
de reflexão. Serão votos coletivos”, diz.
Além disso, um carimbo com os dizeres “eu me
amo” será passado para os convidados que quiserem se comprometer. “Vamos
distribuir balões coloridos também, em um momento de reflexão, emanando energia
positiva. A gente tem que aprender a se amar, se respeitar. A gente só da
aquilo que a gente tem”.
O casamento não terá aliança. “Eu queria algo
que lembre desse compromisso. Uma amiga fez a arte do meu convite de casamento,
que tem uma borboleta. Com isso, eu decidi fazer uma tatuagem dessa arte, como
algo que eu poderei olhar sempre e lembrar desse compromisso comigo mesma”.
E Jussara tem a certeza que esse casamento
será eterno. “Eu sei que temos altos e baixos na vida. Eu vou lembrar desse dia
e dizer sempre que eu sou uma mulher forte. Eu entendi que a vida é uma
jornada, e podemos levá-la melhor se a gente se amar, se respeitar. Neste
casamento não tem divórcio”.
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Opinião Crítica
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