Os bispos venezuelanos fizeram um apelo ao
regime de Nicolás Maduro para que "cesse a repressão" contra
manifestantes pacíficos que protestam em várias partes do país, por ocasião da
"Operação Liberdade" convocada pelo presidente interino Juan Guaidó.
Em um comunicado, o Presidente da Conferência
Episcopal Venezuelana, Dom José Luis Azuaje, assinalou que, "no dia 1º de
maio, tanto a repressão como a violência cometida pelos agentes de segurança do
Estado e por grupos armados se agravaram”.
"Os feridos e os presos estão
aumentando", disse.
As ruas da Venezuela foram tomadas por
manifestantes desde o dia 30 de abril, após o líder da oposição e presidente
interino, Juan Guaidó, convocar a população para a chamada "operação
liberdade" junto com um grupo de militares rebeldes ao regime de Maduro.
O governo de Maduro respondeu com violência,
prendendo manifestantes pacíficos. Diversos meios de comunicação divulgaram
vídeos de tanques blindados atropelando manifestantes.
A crise na Venezuela se intensificou no início
de 2019, depois que Nicolás Maduro, presidente do país desde 2013, assumiu o
cargo para um novo mandato no último dia 10 de janeiro.
Maduro venceu uma eleição presidencial
polêmica em 2018, cujos resultados não foram reconhecidos por vários países.
Após sua posse, o Conselho Permanente da
Organização dos Estados Americanos (OEA) declarou Maduro ilegítimo e pediu
novas eleições.
Em 23 de janeiro, Juan Guaidó, presidente da
Assembleia Nacional da Venezuela, órgão legislativo não reconhecido por Maduro
e substituído oficialmente pela Assembleia Constituinte, se autoproclamou
presidente interino.
Mais de cinquenta países, incluindo os Estados
Unidos, reconheceram Guaidó como presidente legítimo da Venezuela.
Em sua mensagem em 1º de maio, Dom Azuaje
assinalou que os bispos venezuelanos "fazemos um chamado ao respeito da
dignidade e dos direitos humanos dos cidadãos e à liberdade de poder protestar
pacificamente".
"Nós exigimos que cesse a
repressão", finalizou.
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ACI Digital
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