terça-feira, 7 de maio de 2019

Atentados no Sri Lanka: todos os suspeitos estão mortos ou detidos


Todos os suspeitos ligados diretamente aos atentados suicidas no Sri Lanka, no domigo de Páscoa, foram mortos ou detidos, anunciou na segunda-feira a polícia.

De acordo com um comunicado do Ministério da Defesa, as forças de segurança confiscaram também todo o material explosivo destinado a futuros ataques, que as autoridades indicaram estarem a ser planeados por extremistas.

O primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, indicou que os atentados foram perpetrados por um “pequeno grupo, mas bem organizado”, cujos operacionais se fizeram explodir em três igrejas e três hotéis.

Pelo menos 257 pessoas morreram, 40 das quais estrangeiras, incluindo um cidadão português.

Uma centena de pessoas foi detida após os ataques, reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Segundo as autoridades, o Sri Lanka conta com cerca de 140 apoiantes do EI.

Bombistas suicidas eram de classe média e alta e 
Presidente pede a demissão de chefe da polícia 
e secretário da Defesa

Um dos bombistas suicidas envolvido nos ataques de Domingo de Páscoa terá estudado no Reino Unido e Austrália, confirmou o vice-ministro da Defesa do Sri Lanka, noticiou o jornal britânico The Guardian. Ruwan Wijewardene acrescentou que muitos dos bombistas terão estudado ou vivido fora do país. O Presidente Maithripala Sirisena pediu a demissão do inspetor-geral da Polícia e do secretário da Defesa, motivado pela falta de comunicação dos alertas em relação às ameaças de bomba, noticiou o jornal The Washington Post.

“Acreditamos que um dos bombistas suicidas estudou no Reino Unido e, mais tarde, fez uma pós-graduação na Austrália antes de voltar e se estabelecer no Sri Lanka”, disse o vice-ministro da Defesa, numa conferência de imprensa. “Este grupo de bombistas suicidas, a maior parte deles são instruídos e vêm da classe média e média-alta, por isso são independentes e as famílias têm estabilidade financeira. Isto é um fator de preocupação.”

Dois dos bombistas que se fizeram explodir durante o pequeno-almoço nos hóteis Shangri-La e Cinnamon Grand seriam Imsath Ahmed Ibrahim, de 33 anos, e Ilham Ahmed Ibrahim, de 31, irmãos e filhos de um negociante abastado de Colombo, noticia o jornal The Telegraph. O negociante de especiarias, Mohamed Ibrahim, foi um dos detidos depois de uma rusga na zona de Dermatagoda onde vive. Durante a rusga, a nora fez explodir uma bomba que a matou a ela e a outras três pessoas, refere o jornal The Washington Post.
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Observador

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