Todos os suspeitos ligados diretamente aos
atentados suicidas no Sri Lanka, no domigo de Páscoa, foram mortos ou detidos,
anunciou na segunda-feira a polícia.
De acordo com um comunicado do Ministério da
Defesa, as forças de segurança confiscaram também todo o material explosivo
destinado a futuros ataques, que as autoridades indicaram estarem a ser
planeados por extremistas.
O primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe,
indicou que os atentados foram perpetrados por um “pequeno grupo, mas bem
organizado”, cujos operacionais se fizeram explodir em três igrejas e três
hotéis.
Pelo menos 257 pessoas morreram, 40 das quais
estrangeiras, incluindo um cidadão português.
Uma centena de pessoas foi detida após os
ataques, reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Segundo as autoridades, o Sri Lanka conta com
cerca de 140 apoiantes do EI.
Bombistas suicidas eram de classe média e alta
e
Presidente pede a demissão de chefe da polícia
e secretário da Defesa
Um dos bombistas suicidas envolvido nos
ataques de Domingo de Páscoa terá estudado no Reino Unido e Austrália,
confirmou o vice-ministro da Defesa do Sri Lanka, noticiou o jornal britânico
The Guardian. Ruwan Wijewardene acrescentou que muitos dos bombistas terão
estudado ou vivido fora do país. O Presidente Maithripala Sirisena pediu a
demissão do inspetor-geral da Polícia e do secretário da Defesa, motivado pela
falta de comunicação dos alertas em relação às ameaças de bomba, noticiou o
jornal The Washington Post.
“Acreditamos que um dos bombistas suicidas
estudou no Reino Unido e, mais tarde, fez uma pós-graduação na Austrália antes
de voltar e se estabelecer no Sri Lanka”, disse o vice-ministro da Defesa, numa
conferência de imprensa. “Este grupo de bombistas suicidas, a maior parte deles
são instruídos e vêm da classe média e média-alta, por isso são independentes e
as famílias têm estabilidade financeira. Isto é um fator de preocupação.”
Dois dos bombistas que se fizeram explodir
durante o pequeno-almoço nos hóteis Shangri-La e Cinnamon Grand seriam Imsath
Ahmed Ibrahim, de 33 anos, e Ilham Ahmed Ibrahim, de 31, irmãos e filhos de um
negociante abastado de Colombo, noticia o jornal The Telegraph. O negociante de
especiarias, Mohamed Ibrahim, foi um dos detidos depois de uma rusga na zona de
Dermatagoda onde vive. Durante a rusga, a nora fez explodir uma bomba que a
matou a ela e a outras três pessoas, refere o jornal The Washington Post.
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Observador
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